Editorial do sítio Vermelho:
Os maiores símbolos da hegemonia financeira e econômica do imperialismo no sistema mundial que se formou ao final da 2ª Guerra Mundial – o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial – se defrontam desde a última semana com a evidência de seu desgaste e declínio.
A 5ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada em Durban, África do Sul, nos dias 26 a 27 de março, aprovou a criação do banco de investimentos do grupo, para financiar investimentos e apoiar a economia dos países do Brics e de outros países em desenvolvimento. Também de grande alcance foi a criação do fundo de reservas de divisas do grupo.
Trata-se de um golpe significativo contra a hegemonia financeira, que sustenta os interesses imperialistas dos EUA, da Grã-Bretanha e outras nações europeias que dominam a economia mundial e usam o FMI e o Banco Mundial como ferramenta para submeter os demais países e drenar riquezas acumuladas pelos centros capitalistas do planeta. Desde sua origem, em 1944, estes organismos internacionais foram instrumentos para defender – e impor – aos demais países os interesses dos grandes países capitalistas que são seus maiores acionistas: Estados Unidos, Alemanha, Japão, França e Reino Unido.
Ao fundar seu próprio banco de investimentos, os países do Brics criam um instrumento alternativo e capaz de atender às necessidades de desenvolvimento dos países do “sul”.
Hoje, o Brics acumula mais da metade das reservas de divisas no planeta, juntando um poderio financeiro contra o qual os tradicionais donos do mundo (EUA e Europa Ocidental) têm hoje dificuldades para se contrapor. Além disso, estas cinco nações são responsáveis hoje por mais de 21% do PIB global, fatia que pode dobrar em uma década. São países cujo crescimento contrasta com o marasmo e a estagnação que afeta os países ricos; representam, hoje, o maior mercado do planeta, constroem uma base industrial sólida, têm recursos humanos cada vez mais qualificados. Têm, juntos, quase metade da população mundial (42%) e da força de trabalho do planeta (45%).
A presidenta brasileira Dilma Rousseff – que, com seus colegas da Rússia, China, Índia e África do Sul – foi uma das fundadoras do novo banco, comemorou a decisão como "um passo à frente, com contornos concretos”, complementado por outra iniciativa importante representada pelo acordo, entre estes países, a respeito das reservas financeiras mantidas por cada um deles. Nesse sentido, foi criado um fundo de reservas de divisas de contingência com um valor inicial de US$ 100 bilhões.
As medidas anunciadas pelo Brics fortalecem os países emergentes em face das imposições do imperialismo. Permitem a construção de agendas próprias de desenvolvimento, fomentando o crescimento, a cooperação e o comércio fora – e contra – os ditames do imperialismo, mobilizando recursos para financiar projetos de infraestrutura e o desenvolvimento sustentável.
A integração financeira, autônoma, dos países do Brics foi complementada por outras decisões estratégicas. Uma delas foi a de interligar os países por meio de uma rede de cabos submarinos, favorecendo as comunicações sem a interferência de instrumentos controlados pelo imperialismo. Outra, referente ao uso das reservas já acumuladas, foi a de criar uma reserva de risco para o comércio e o desenvolvimento, permitindo que os países do Brics enfrentem, de maneira autônoma, dificuldades na balança de pagamentos, e funcione como um instrumento de estabilização econômica contra as crises financeiras globais.
Outra medida de extrema importância anunciada em Durban foi o acordo entre Brasil e China para eliminar o dólar no comércio entre os dois países. Com isso, protegem o intercâmbio mútuo das variações do valor da moeda dos EUA. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o empenho do governo brasileiro em envolver os demais países do bloco nesse acordo.
O Brics surgiu na cena política e econômica mundial há mais de dez anos, como uma sigla (que então era apenas Bric, quando ainda não incluía a África do Sul). Deste então o grupo se fortaleceu, tornando-se – sobretudo diante da grave crise da economia capitalista – um importante motor da economia mundial. Seu crescimento e fortalecimento econômico e político introduzem elementos novos no redesenho do mapa do poder no planeta e são um dos aspectos a assinalar o declínio das posições dos Estados Unidos e da ordem econômico-financeira fundada após a 2ª Grande Guerra, em meados do século passado. As decisões tomadas em Durban, na última semana, acrescentam novos elementos na luta das nações emergentes pela alteração desse quadro e criação de uma nova ordem.
Os maiores símbolos da hegemonia financeira e econômica do imperialismo no sistema mundial que se formou ao final da 2ª Guerra Mundial – o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial – se defrontam desde a última semana com a evidência de seu desgaste e declínio.
A 5ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada em Durban, África do Sul, nos dias 26 a 27 de março, aprovou a criação do banco de investimentos do grupo, para financiar investimentos e apoiar a economia dos países do Brics e de outros países em desenvolvimento. Também de grande alcance foi a criação do fundo de reservas de divisas do grupo.
Trata-se de um golpe significativo contra a hegemonia financeira, que sustenta os interesses imperialistas dos EUA, da Grã-Bretanha e outras nações europeias que dominam a economia mundial e usam o FMI e o Banco Mundial como ferramenta para submeter os demais países e drenar riquezas acumuladas pelos centros capitalistas do planeta. Desde sua origem, em 1944, estes organismos internacionais foram instrumentos para defender – e impor – aos demais países os interesses dos grandes países capitalistas que são seus maiores acionistas: Estados Unidos, Alemanha, Japão, França e Reino Unido.
Ao fundar seu próprio banco de investimentos, os países do Brics criam um instrumento alternativo e capaz de atender às necessidades de desenvolvimento dos países do “sul”.
Hoje, o Brics acumula mais da metade das reservas de divisas no planeta, juntando um poderio financeiro contra o qual os tradicionais donos do mundo (EUA e Europa Ocidental) têm hoje dificuldades para se contrapor. Além disso, estas cinco nações são responsáveis hoje por mais de 21% do PIB global, fatia que pode dobrar em uma década. São países cujo crescimento contrasta com o marasmo e a estagnação que afeta os países ricos; representam, hoje, o maior mercado do planeta, constroem uma base industrial sólida, têm recursos humanos cada vez mais qualificados. Têm, juntos, quase metade da população mundial (42%) e da força de trabalho do planeta (45%).
A presidenta brasileira Dilma Rousseff – que, com seus colegas da Rússia, China, Índia e África do Sul – foi uma das fundadoras do novo banco, comemorou a decisão como "um passo à frente, com contornos concretos”, complementado por outra iniciativa importante representada pelo acordo, entre estes países, a respeito das reservas financeiras mantidas por cada um deles. Nesse sentido, foi criado um fundo de reservas de divisas de contingência com um valor inicial de US$ 100 bilhões.
As medidas anunciadas pelo Brics fortalecem os países emergentes em face das imposições do imperialismo. Permitem a construção de agendas próprias de desenvolvimento, fomentando o crescimento, a cooperação e o comércio fora – e contra – os ditames do imperialismo, mobilizando recursos para financiar projetos de infraestrutura e o desenvolvimento sustentável.
A integração financeira, autônoma, dos países do Brics foi complementada por outras decisões estratégicas. Uma delas foi a de interligar os países por meio de uma rede de cabos submarinos, favorecendo as comunicações sem a interferência de instrumentos controlados pelo imperialismo. Outra, referente ao uso das reservas já acumuladas, foi a de criar uma reserva de risco para o comércio e o desenvolvimento, permitindo que os países do Brics enfrentem, de maneira autônoma, dificuldades na balança de pagamentos, e funcione como um instrumento de estabilização econômica contra as crises financeiras globais.
Outra medida de extrema importância anunciada em Durban foi o acordo entre Brasil e China para eliminar o dólar no comércio entre os dois países. Com isso, protegem o intercâmbio mútuo das variações do valor da moeda dos EUA. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o empenho do governo brasileiro em envolver os demais países do bloco nesse acordo.
O Brics surgiu na cena política e econômica mundial há mais de dez anos, como uma sigla (que então era apenas Bric, quando ainda não incluía a África do Sul). Deste então o grupo se fortaleceu, tornando-se – sobretudo diante da grave crise da economia capitalista – um importante motor da economia mundial. Seu crescimento e fortalecimento econômico e político introduzem elementos novos no redesenho do mapa do poder no planeta e são um dos aspectos a assinalar o declínio das posições dos Estados Unidos e da ordem econômico-financeira fundada após a 2ª Grande Guerra, em meados do século passado. As decisões tomadas em Durban, na última semana, acrescentam novos elementos na luta das nações emergentes pela alteração desse quadro e criação de uma nova ordem.
APR
ResponderExcluir2
Quem pagou a Conta? A CIA na guerra fria da cultura (Caixa Preta / Livro-bomba acusa FHC)
É sempre bom lembrar o que fez o FHC na Presidência!!!
FHC enterrou o sonho de todo brasileiro da minha geração. O "maior estadista do mundo" foi apenas, e tão somente, leiloeiro do Brasil no pós guerra fria, o cara que entregou o controle de nossa economia ao Império Anglo-saxão.
DEVERÍAMOS TODOS LER ESTE LIVRO!!!
Abaixo, informe do jornal Correio do Brasil sobre um livro recém editado por uma pesquisadora inglesa que abre algumas caixas pretas das ligações entre o alto tucanato e a CIA.
Livro-bomba acusa FHC de receber milhões de dólares da CIA