Por Igor Felippe Santos, no blog Escrevinhador:
O governo Dilma Rousseff cedeu à pressão dos bancos, da mídia e do PSDB e aumentou os juros. O Banco Central elevou em 0,25% a taxa Selic, que chegou a 7,50% ao ano, na última quarta-feira (17).
Em mais uma disputa política, governo se acovardou e optou por atender os interesses do grande capital internacional e da fração da burguesia associada.
Essa luta tinha, de um lado, os interesses econômicos dos portadores de títulos da dívida pública, remunerados pela taxa Selic, e os objetivos políticos do PSDB nas eleições do próximo ano, que estão por trás da “crise do tomate”.
Ficaram contra o aumento dos juros as forças sociais que compõem a frente neodesenvolvimentista em torno governo, como as frações da burguesia, como a indústria, e a classe trabalhadora, que realizou protestos em todo o pais por meio das centrais sindicais.
O desfecho dessa disputa foi mais um ato de covardia e falta de compromisso do governo com os setores que sustentam o projeto em curso, em benefício daqueles que defendem o neoliberalismo.
A opção do Banco Central por aumentar os juros, que contraria as medidas tomadas para estimular a economia, pode sacrificar o crescimento neste ano, prejudicando a burguesia industrial e a classe trabalhadora. Além disso, representa uma derrota ideológica, porque legitima o discurso do controle da inflação como a questão central da política econômica, em vez do crescimento, do consumo, do trabalho e dos salários.
Sem crescimento, o governo enfrentará dificuldades para manter a unidade política e a composição de frações de classes sociais em torno do neodesenvolvimentismo.
Não há condições de manter os lucros da burguesia industrial, os aumentos de salários dos trabalhadores e as políticas sociais para os mais pobres sem crescimento da economia, que caracterizam esse modelo econômico.
Por não ter enfrentado os interesses dos setores que se contrapõem a essa aliança de classes, o governo será obrigado a cortar na própria carne. Se não conseguir contemplar as forças que compõem essa ampla coalizão, terá que fazer opções que ameaçam a sua conflituosa unidade.
Assim, cresce a possibilidade de defecções e rompimentos dessa grande frente política e econômica organizada em torno do governo, o que beneficiará a principal expressão política do projeto neoliberal, o PSDB, nas eleições de 2014.
Um dos sintomas desse quadro de instabilidade é a movimentação de Eduardo Campos (PSB), que tem ganhado força justamente pela falta de respostas da economia às medidas do governo para o crescimento econômico.
Por isso, o capital financeiro e o PSDB foram os vencedores da disputa das últimas semanas. Já o governo Dilma, que tem se limitado a gerenciar a frente neodesenvolvimentista e as políticas sociais construídas pelo presidente Lula, precisa aprofundar as mudanças para ampliar o horizonte político do projeto em curso, saindo das armadilhas impostas pelas forças que querem a retomada do neoliberalismo no Brasil.
Ao vencedores, os juros; aos perdedores, os tomates!
O governo Dilma Rousseff cedeu à pressão dos bancos, da mídia e do PSDB e aumentou os juros. O Banco Central elevou em 0,25% a taxa Selic, que chegou a 7,50% ao ano, na última quarta-feira (17).
Em mais uma disputa política, governo se acovardou e optou por atender os interesses do grande capital internacional e da fração da burguesia associada.
Essa luta tinha, de um lado, os interesses econômicos dos portadores de títulos da dívida pública, remunerados pela taxa Selic, e os objetivos políticos do PSDB nas eleições do próximo ano, que estão por trás da “crise do tomate”.
Ficaram contra o aumento dos juros as forças sociais que compõem a frente neodesenvolvimentista em torno governo, como as frações da burguesia, como a indústria, e a classe trabalhadora, que realizou protestos em todo o pais por meio das centrais sindicais.
O desfecho dessa disputa foi mais um ato de covardia e falta de compromisso do governo com os setores que sustentam o projeto em curso, em benefício daqueles que defendem o neoliberalismo.
A opção do Banco Central por aumentar os juros, que contraria as medidas tomadas para estimular a economia, pode sacrificar o crescimento neste ano, prejudicando a burguesia industrial e a classe trabalhadora. Além disso, representa uma derrota ideológica, porque legitima o discurso do controle da inflação como a questão central da política econômica, em vez do crescimento, do consumo, do trabalho e dos salários.
Sem crescimento, o governo enfrentará dificuldades para manter a unidade política e a composição de frações de classes sociais em torno do neodesenvolvimentismo.
Não há condições de manter os lucros da burguesia industrial, os aumentos de salários dos trabalhadores e as políticas sociais para os mais pobres sem crescimento da economia, que caracterizam esse modelo econômico.
Por não ter enfrentado os interesses dos setores que se contrapõem a essa aliança de classes, o governo será obrigado a cortar na própria carne. Se não conseguir contemplar as forças que compõem essa ampla coalizão, terá que fazer opções que ameaçam a sua conflituosa unidade.
Assim, cresce a possibilidade de defecções e rompimentos dessa grande frente política e econômica organizada em torno do governo, o que beneficiará a principal expressão política do projeto neoliberal, o PSDB, nas eleições de 2014.
Um dos sintomas desse quadro de instabilidade é a movimentação de Eduardo Campos (PSB), que tem ganhado força justamente pela falta de respostas da economia às medidas do governo para o crescimento econômico.
Por isso, o capital financeiro e o PSDB foram os vencedores da disputa das últimas semanas. Já o governo Dilma, que tem se limitado a gerenciar a frente neodesenvolvimentista e as políticas sociais construídas pelo presidente Lula, precisa aprofundar as mudanças para ampliar o horizonte político do projeto em curso, saindo das armadilhas impostas pelas forças que querem a retomada do neoliberalismo no Brasil.
Ao vencedores, os juros; aos perdedores, os tomates!
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