Editorial do jornal Brasil de Fato:
O Brasil tem 455 municípios sem médicos, de um total de mais de 5.560 cidades no país. O problema é mais acentuado em regiões distantes dos maiores centros urbanos, como no Nordeste, que lidera a lista de cidades sem médicos com 117, 25,7% do total.
Além de nos faltarem profissionais, 70% dos médicos brasileiros concentram-se nas regiões Sudeste e Sul do país. E em geral trabalham nas grandes cidades.
Se a média nacional é de 1,95 médicos para cada mil habitantes, no Distrito Federal esse número chega a 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (3,57), São Paulo (2,58) e Rio Grande do Sul (2,31). No extremo oposto, porém, estados como Amapá, Pará e Maranhão registram menos de um médico para mil habitantes.
Um município sem médico implica em mães grávidas sem pré-natal, crianças morrendo de diarreia, enfermidades facilmente controladas se propagando. Algo inadmissível, que exige respostas imediatas.
Como enfrentar esse problema? Construir estruturas de saúde, proporcionar faculdades de medicina nas regiões carentes, possibilitar melhores condições de trabalho, atrativos de fixação para os profissionais da saúde. São as medidas de longo prazo que resolverão o problema. A questão, entretanto, é emergencial.
O que pode ser feito imediatamente, para atender uma população sem médico e qualquer posto de saúde? Com certeza investindo na formação de mais médicos. E isso vem sendo feito.
O numero de vagas cresceu de 7.800 (1993) para 16.852 (2011) e a razão entre o número de inscritos por vaga passou de 25,5 para 41,3 no mesmo período. Portanto, a demanda por vaga em curso de medicina cresceu mais que a oferta.
Mas o modelo de formação de profissionais de saúde, com quase 58% de escolas privadas, é voltado para um tipo de atendimento vinculado à indústria de equipamentos de alta tecnologia, aos laboratórios e às vantagens do regime híbrido, em que é possível conciliar plantões de 24 horas no sistema público com seus consultórios e clínicas particulares, alimentados pelos planos de saúde.
Formar mais médicos dentro desse modelo atual não resolve o problema de levá-los para as regiões distantes que mais necessitam.
O governo lançou nos últimos anos o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que oferece salários mensais de R$ 8 mil e pontos na progressão de carreira para os médicos que vão para as periferias e regiões sem médicos. A lógica corporativa da elite médica, pensando mais nos interesses da corporação do que na saúde do povo brasileiro organizou uma campanha contra essa iniciativa. Todavia, somente 4 mil médicos aceitaram participar do programa em que terão que trabalhar em condições precárias e com estruturas mínimas em regiões distantes de seus domicílios.
Seguimos com um problema grave. Para enfrentá-lo, o Ministério da Saúde anuncia a intenção de contratar médicos estrangeiros, com a possibilidade imediata de 6 mil médicos cubanos dispostos a atuar nas regiões mais carentes do país. Trata-se do Programa “Mais Médicos”.
Diante da notícia, o Conselho Federal de Medicina e os setores mais conservadores da classe dominante iniciam uma virulenta campanha preconceituosa, em defesa dos interesses corporativos da elite médica. E como querem desviar o foco do verdadeiro problema que é a falta de médicos, utilizam um repertório de mentiras.
A principal delas é a de atacar a qualificação da medicina cubana. Uma acusação que não suporta qualquer confronto com a realidade. A expectativa de vida em Cuba é maior do que a dos Estados Unidos. A relação médico-paciente pode ser comparada a qualquer país da Europa Ocidental. Há em Cuba um médico por cada 175 pessoas. Ninguém mais em nosso continente revela essa proporção.
Graças à sua medicina preventiva, tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em 1959, quando do triunfo da revolução) – inferior à do Canadá e dos Estados Unidos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é a nação melhor dotada do mundo neste setor.
Desde 1963, com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, Cuba trabalha no atendimento de populações pobres no planeta. Atuando exatamente nas regiões mais difíceis e sem infraestrutura. No total, os médicos cubanos trataram de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas. São os mais experimentados em todo o mundo para essas missões, conforme reconhece a própria Organização Mundial de Saúde.
É muita arrogância da elite brasileira criticar a qualidade da medicina cubana, sem apontar qualquer solução imediata para resolver a falta de profissionais nas regiões carentes. Demonstram que não estão preocupados com os problemas do povo, mas apenas com seus interesses corporativos.
Defender o Programa Mais Médicos é fundamental para responder, no plano imediato, o desafio de proporcionar o atendimento básico aos brasileiros que mais necessitam.
O Brasil tem 455 municípios sem médicos, de um total de mais de 5.560 cidades no país. O problema é mais acentuado em regiões distantes dos maiores centros urbanos, como no Nordeste, que lidera a lista de cidades sem médicos com 117, 25,7% do total.
Além de nos faltarem profissionais, 70% dos médicos brasileiros concentram-se nas regiões Sudeste e Sul do país. E em geral trabalham nas grandes cidades.
Se a média nacional é de 1,95 médicos para cada mil habitantes, no Distrito Federal esse número chega a 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (3,57), São Paulo (2,58) e Rio Grande do Sul (2,31). No extremo oposto, porém, estados como Amapá, Pará e Maranhão registram menos de um médico para mil habitantes.
Um município sem médico implica em mães grávidas sem pré-natal, crianças morrendo de diarreia, enfermidades facilmente controladas se propagando. Algo inadmissível, que exige respostas imediatas.
Como enfrentar esse problema? Construir estruturas de saúde, proporcionar faculdades de medicina nas regiões carentes, possibilitar melhores condições de trabalho, atrativos de fixação para os profissionais da saúde. São as medidas de longo prazo que resolverão o problema. A questão, entretanto, é emergencial.
O que pode ser feito imediatamente, para atender uma população sem médico e qualquer posto de saúde? Com certeza investindo na formação de mais médicos. E isso vem sendo feito.
O numero de vagas cresceu de 7.800 (1993) para 16.852 (2011) e a razão entre o número de inscritos por vaga passou de 25,5 para 41,3 no mesmo período. Portanto, a demanda por vaga em curso de medicina cresceu mais que a oferta.
Mas o modelo de formação de profissionais de saúde, com quase 58% de escolas privadas, é voltado para um tipo de atendimento vinculado à indústria de equipamentos de alta tecnologia, aos laboratórios e às vantagens do regime híbrido, em que é possível conciliar plantões de 24 horas no sistema público com seus consultórios e clínicas particulares, alimentados pelos planos de saúde.
Formar mais médicos dentro desse modelo atual não resolve o problema de levá-los para as regiões distantes que mais necessitam.
O governo lançou nos últimos anos o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que oferece salários mensais de R$ 8 mil e pontos na progressão de carreira para os médicos que vão para as periferias e regiões sem médicos. A lógica corporativa da elite médica, pensando mais nos interesses da corporação do que na saúde do povo brasileiro organizou uma campanha contra essa iniciativa. Todavia, somente 4 mil médicos aceitaram participar do programa em que terão que trabalhar em condições precárias e com estruturas mínimas em regiões distantes de seus domicílios.
Seguimos com um problema grave. Para enfrentá-lo, o Ministério da Saúde anuncia a intenção de contratar médicos estrangeiros, com a possibilidade imediata de 6 mil médicos cubanos dispostos a atuar nas regiões mais carentes do país. Trata-se do Programa “Mais Médicos”.
Diante da notícia, o Conselho Federal de Medicina e os setores mais conservadores da classe dominante iniciam uma virulenta campanha preconceituosa, em defesa dos interesses corporativos da elite médica. E como querem desviar o foco do verdadeiro problema que é a falta de médicos, utilizam um repertório de mentiras.
A principal delas é a de atacar a qualificação da medicina cubana. Uma acusação que não suporta qualquer confronto com a realidade. A expectativa de vida em Cuba é maior do que a dos Estados Unidos. A relação médico-paciente pode ser comparada a qualquer país da Europa Ocidental. Há em Cuba um médico por cada 175 pessoas. Ninguém mais em nosso continente revela essa proporção.
Graças à sua medicina preventiva, tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em 1959, quando do triunfo da revolução) – inferior à do Canadá e dos Estados Unidos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é a nação melhor dotada do mundo neste setor.
Desde 1963, com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, Cuba trabalha no atendimento de populações pobres no planeta. Atuando exatamente nas regiões mais difíceis e sem infraestrutura. No total, os médicos cubanos trataram de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas. São os mais experimentados em todo o mundo para essas missões, conforme reconhece a própria Organização Mundial de Saúde.
É muita arrogância da elite brasileira criticar a qualidade da medicina cubana, sem apontar qualquer solução imediata para resolver a falta de profissionais nas regiões carentes. Demonstram que não estão preocupados com os problemas do povo, mas apenas com seus interesses corporativos.
Defender o Programa Mais Médicos é fundamental para responder, no plano imediato, o desafio de proporcionar o atendimento básico aos brasileiros que mais necessitam.
boa noite !Só faltou o sr falar de onde foi transcrito tal artigo. por coincidência ele está igualzinho em outro site.
ResponderExcluirMédicos de Cuba, tudo bem, assim como argentinos, portugueses, ingleses, canadenses.
ResponderExcluirEu estou preocupado com médicos espanhóis, pelo amor de Deus isto não pode ser verdade.....
As estatísticas sobre a saúde em Cuba, enviadas à ONU, são falsas. Puro marketing de um governo falido. Quem vive em Cuba sabe disso e muita gente na ONU também. O que esse médicos fazem é exportar a revolução castrista pelo mundo, como já ocorreu no Brasil: em 1969, guerrilheiros cubanos, se passando por médicos, chegaram no Bico do Papagaio (PA) com o objetivo de implantar ali um foco guerrilheiro ao molde de Sierra Maestra. Sugiro, seo Miro, que o senhor vá estudar.
ResponderExcluirNão minta para os seus leitores.
ResponderExcluirDitadura da mídia é vc censurar os comentários que os leitores deixam aqui, típico de jornalistas covardes, normalmente, da esquerda.
ResponderExcluirÉ triste ver o país na mão de entreguistas como vocês. E ganhando para fazer propaganda mentirosa nazi-petista. Não existem 6 mil médicos cubanos, as 2 faculdades de medicina de Cuba formam apenas 300 médicos por ano, necessitariam 20 anos só formando médicos para o Brasil. Falácia para disfarçar "importação" de guerrilheiros à la Dilma e desviar um bilhão de dólares para a ditadura cubana, sócia da lulopetista.
ResponderExcluirCabem algumas explicacoes:
ResponderExcluirO que evita diarreia em crianças são vacinas e esgoto, e água encanada.
O que evita doenças transmitidas por insetos e outros animais é urbanização controlada.
Dessas coisas quem cuida não são os médicos e sim os políticos que não cuidam dos cidadãos que os elejeram.
Portanto, se o jornalista quer usar argumentos deve sim procurar apurar corretamente e estudar mais profundamente o tema.
A OPAS, Organizacao Pan Americana de Saúde, não reconhece como confiáveis os dados que chegam de Cuba.
SAÚDE SE FAZ COM INFRAESTRUTURA E NÃO COM FALÁCIA.
Só falta lembrar um princípio básico da relação entre os países - A Reciprocidade - para aqueles que não lembram. Se algo é exigido de um cidadão estrangeiro por algum governo é direito que se cobre o mesmo, quando no seu país. Médicos brasileiros devem validar seu diploma em outros países. Cobrar o mesmo segue o mesmo princípio.
Portanto, faltou ler um pouquinho mais antes de falar.