sexta-feira, 14 de junho de 2013

Liberdade de expressão de Alckmin dói!

Por Altamiro Borges

Para quem acredita nas bravatas dos tucanos em defesa da liberdade de expressão, os últimos dias foram bem instrutivos – e doídos. Na sua fúria para reprimir os protestos de jovens contra o aumento das tarifas do transporte, o governador Geraldo Alckmin não vacilou em atacar os próprios profissionais da imprensa. Segundo balanço da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), somente na manifestação desta quinta-feira (13) pelo menos 15 jornalistas foram feridos pela PM. A repressão não poupou nem os funcionários da mídia aliada, que sentiram no lombo o “modo tucano de governar”. Haja democracia!

A lista das agressões sofridas pelos jornalistas inclui tiros de bala de borracha, golpes de cassetete, bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e até atropelamento por viatura da Polícia Militar. Além disso, dois repórteres – da revista CartaCapital e do portal Terra – foram presos durante a cobertura da manifestação. O caso mais grave de violência foi o do fotógrafo Sérgio Silva, da Futura Press, atingido no olho por uma bala de borracha. Ele já passou por uma cirurgia para reparação do globo ocular no Hospital de Olhos Paulista. Segundo o boletim médico, as chances de recuperação da sua visão são de apenas 5%.

Entre as vítimas da violência encontram-se sete jornalistas da Folha – o que talvez explique a mudança da linha editorial do jornal, que até a véspera exigia do governador ainda maior truculência contra os jovens manifestantes. Dois deles foram atingidos por bala de borracha no rosto - o fotógrafo Fábio Braga e a repórter Giuliana Vallone, também atingida na região do olho. Também foram agredidos dois repórteres do Estadão, uma jornalista da Rede Brasil Atual e mais dois profissionais do jornal Metro.

Um comentário:

  1. Assustador! Usando as palavras daquela atriz global tucana: Estou com medo! Mas medo da gente dela e da "liberdade" que defende.
    Espero que este ato de violência sensibilize e mobilize uma grande parcela da sociedade para que saiam às ruas para lutar por direitos e justiça.

    Elisa

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