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As organizações sociais que participam do Movimento Passe Livre, que luta em favor dos direitos civis e contra os aumentos dos passes de transportes públicos, denunciam a presença nas manifestações de policiais infiltrados que estimulam os manifestantes a destruírem bens públicos e particulares.
Segundo apurou Carta Maior, os policiais civis e militares provêm das segundas sessões, como são oficialmente denominados os serviços reservados das forças repressivas.
A denúncia foi feita na tarde de quinta-feira (13) – portanto, antes dos distúrbios ocorridos à noite, no Rio e em São Paulo – na reunião ordinária da Associação Nacional de Anistiados Políticos (Anapi), realizada na capital paulista.
Presentes no encontro também criticaram que alguns adolescentes presos permanecem em unidades de centros de detenção provisória dividindo espaço com adultos acusados de graves delitos. A avaliação é que a polícia procura, dessa forma, reforçar junto à população a imagem dos manifestantes como "agitadores e baderneiros".
Vale lembrar que o próprio governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, havia prometido intensificar a repressão nas próximas manifestações de rua que ocorressem.
Segundo as denúncias apresentadas na reunião da Anapi, os policiais são orientados por seus comandantes a fazerem as propostas mais radicais possíveis aos manifestantes e para provocarem os policiais fardados, com o objetivo de acirrar o clima de violência urbana.
A polícia está também sendo orientada a obter o máximo de informações sobre os líderes dos movimentos de protestos, utilizando, para isso, principalmente as redes sociais na internet, como o Facebook. As informações coletadas servirão para eventuais medidas mais repressivas e punitivas contra as lideranças populares.
Ainda conforme presentes no encontro de anistiados políticos, esse tipo de atuação policial "configura um perfil nazi-facista, reproduzindo, em pleno século XXI, os métodos preconizados por Joseph Goebells, Adolf Hitler e Benito Mussolini.
Ainda antes do advento da internet, as táticas de contra-insurgência foram amplamente ensinadas aos policiais e militares latino-americanos pelos técnicos da CIA e do FBI na Escola das Américas.
A Anapi estuda medidas judiciais para investigar essa intervenção que fere os direitos constitucionais da cidadania.
Fico me perguntando nessas horas onde está a ABIN, o serviço de inteligência da PF para realmente identificar, policiais infiltrados, baderneiros de plantão, agitadores, etc.
ResponderExcluirNao só se infiltram, também intrujam e maqueam. Quebraram o vidro de uma viatura. E aqueles coquetéis molotovs na invasão da USP? A SS nao faria melhor.
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