Por Altamiro Borges
Apesar da melhoria na imagem, a popularidade da presidente Dilma ainda está muito longe do que ela pontuava antes da explosão dos protestos de junho. Em março, a taxa de aprovação do governo chegou a atingir 63%, segundo sondagem do mesmo instituto. Os protesto de rua, amplificados pela mídia oposicionista, revelaram que a sociedade quer mais avanços no país. A presidenta escutou o "clamor da rua", deixou de lado seu estilo de "gerentona" e passou a fazer mais política, e procurou se reaproximar dos movimentos sociais. Ela também apresentou propostas concretas para atender as demandas das mobilizações. A melhora na pesquisa não pode fazê-la refluir nesta postura mais proativa. Pelo contrário. Ela mostra que este caminho deve ser ainda mais acelerado!
Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (23), feita pelo Ibope em parceria com o Estadão, apontou leve recuperação da popularidade do governo Dilma. A taxa de ótimo/bom cresceu de 31% para 38%; já as avaliações de ruim/péssimo caíram de 31% para 24%; o índice de regular seguiu estacionado em 37%. A pesquisa não deve ter agradado a oposição tucana nem os setores que ameaçavam iniciar uma dissidência no bloco governista. Ela, porém, não pode ser interpretada como um sinal de que tudo está bem, no pêndulo que vai da depressão à euforia e resulta sempre em salto alto.
Para Márcia Cavallari, executiva do Ibope, a recuperação de parte da popularidade de Dilma está relacionada ao refluxo das manifestações de rua. "Os protestos diminuíram de tamanho e de alvo. A presidente não está mais no foco", afirma. Ela também aponta que a melhoria de alguns indicadores econômicos, como a redução da inflação e do desemprego, como fator que explica a reversão da queda - apontada em pesquisas nos meses de junho e julho. "São todos indicadores concretos, que fazem diferença no dia-a-dia do eleitor", explica a chefona do Ibope.
Apesar da melhoria na imagem, a popularidade da presidente Dilma ainda está muito longe do que ela pontuava antes da explosão dos protestos de junho. Em março, a taxa de aprovação do governo chegou a atingir 63%, segundo sondagem do mesmo instituto. Os protesto de rua, amplificados pela mídia oposicionista, revelaram que a sociedade quer mais avanços no país. A presidenta escutou o "clamor da rua", deixou de lado seu estilo de "gerentona" e passou a fazer mais política, e procurou se reaproximar dos movimentos sociais. Ela também apresentou propostas concretas para atender as demandas das mobilizações. A melhora na pesquisa não pode fazê-la refluir nesta postura mais proativa. Pelo contrário. Ela mostra que este caminho deve ser ainda mais acelerado!
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ResponderExcluirconta secreta do propinoduto
Documentos vindos da Suíça revelam que conta conhecida como "Marília", aberta no Multi Commercial Bank, em Genebra, movimentou somas milionárias para subornar homens públicos e conseguir vantagens para as empresas Siemens e Alstom nos governos do PS
Claudio Dantas Sequeira e Pedro Marcondes de Moura
Na edição da semana passada, ISTOÉ revelou quem eram as autoridades e os servidores públicos que participaram do esquema de cartel do Metrô em São Paulo, distribuíram a propina e desviaram recursos para campanhas tucanas, como operavam e quais eram suas relações com os políticos do PSDB paulista.
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A CONTA DA PROPINA
Dinheiro para tucanos saiu da “conta Marília” no
Leumi Private Bank, em Genebra, na Suíça
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Agora, com base numa pilha de documentos que o Ministério da Justiça recebeu das autoridades suíças com informações financeiras e quebras de sigilo bancário, já é possível saber detalhes do que os investigadores avaliam ser uma das principais contas usadas para abastecer o propinoduto tucano. De acordo com a documentação obtida com exclusividade por ISTOÉ, a até agora desconhecida “conta Marília”, aberta no Multi Commercial Bank, hoje Leumi Private Bank AG, sob o número 18.626, movimentou apenas entre 1998 e 2002 mais de 20 milhões de euros, o equivalente a R$ 64 milhões. O dinheiro é originário de um complexo circuito financeiro que envolve offshores, gestores de investimento e lobistas.