Foto: Roberto Stuckert Filho/PR |
O discurso da presidenta Dilma Rousseff na abertura da 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas ainda repercute, especialmente nas redes sociais. E o que se vê, em boa quantidade, infelizmente, é o complexo de vira-lata arraigado em muita gente, aliado a quem tenta, de uma forma ou de outra, desmerecer a postura de nossa presidenta.
É pertinente levantar que espionagem acontece em todos os países; também o é questionar a espionagem interna, feita por indivíduos – esses dotados de algum poder, empresas e até pelo próprio Estado Brasileiro. Mas esses são problemas de ordem doméstica e, sim, devem ser tratados e resolvidos. Mas daí a negar o papel cumprido por Dilma essa semana é uma pouco demais.
Nunca chefes de estado brasileiros se manifestaram contra o caudilhismo estadunidense. FHC era capacho, Sarney fingia que não era com ele e os militares, bem, os militares se tornaram chefes de estado graças ao apoio logístico e financeiro dos EUA para executar o golpe de 1964. Para ficarmos apenas desse período até hoje.
Desde os governos de Lula que o Brasil não mais pede a benção dos senhores da guerra – grande papel dos presidentes dos Estados Unidos – e a postura de Dilma reafirmou a nova postura internacional do país. Imaginem se a notícia fosse ao contrário: Descoberta espionagem brasileira em ligações telefônicas e e-mails de Barack Obama. Com o perdão do termo chulo, mas isso seria um “jabuzão” daqueles bem descompensados, ou não?
Alguns que tentam desqualificar o discurso de Dilma na ONU, o fazem para tentar mostrar um ar de “independência” ou mesmo de sobriedade. Como se independência opinativa não fosse meramente questão de convencimento individual. Acreditar no que se defende, isso é o que vale e pronto. O resto é linguiça.
Agora dilema vive a nossa autoproclama “grande imprensa”, ou parte dela: ou defende os interesses do Brasil contra os desmandos dos EUA ou, mais uma vez, se assumem subalternos do império.
O Estadão chegou a defender o discurso de defesa de nossa soberania, mas criticou a proposta de garantias à neutralidade de rede por que, segundo o período da família Mesquita, China e Rússia não vão aceitar. Parece que só se pode defender algo se for consenso. China e Rússia não emitiram uma única nota de roda pé sobre o assunto.
Já Veja assumiu de vez o que realmente é: uma revista vira-lata escrita para vira-latas. Em seu site, Veja acusou Dilma de fazer discurso eleitoral. Numa tentativa de diminuir a importância de sua fala perante representação da maioria de países do planeta. Ao contrário de veículos do mundo inteiro que trataram o assunto como foi: Dilma reage à espionagem dos Estados Unidos, considerando-a uma afronta.
Para os adoradores da terra do Tio Sam, vale lembrar que suas guerras são motivadas pelo acesso a petróleo. O Brasil tem sua camada pré-sal que, estipula-se, em 2017 chegará à produção de um milhão de barris por dia.
É também evidente que o discurso de nossa presidenta por si só não reverterá a correlação de forças na geopolítica internacional, mas ele faz parte dos esforços de nações que não mais aceitam o jugo dos EUA – cada um a seu jeito – e entre eles está o Brasil.
Ser contra a fala de Dilma na ONU é sim, por qualquer ângulo que se veja, ser contra o nosso país. Sua fala defende nossa soberania, mas não esconde e nunca se pretendeu, esconder problemas domésticos. Isso é besteira de que quer desqualificar a presidenta.
É pertinente levantar que espionagem acontece em todos os países; também o é questionar a espionagem interna, feita por indivíduos – esses dotados de algum poder, empresas e até pelo próprio Estado Brasileiro. Mas esses são problemas de ordem doméstica e, sim, devem ser tratados e resolvidos. Mas daí a negar o papel cumprido por Dilma essa semana é uma pouco demais.
Nunca chefes de estado brasileiros se manifestaram contra o caudilhismo estadunidense. FHC era capacho, Sarney fingia que não era com ele e os militares, bem, os militares se tornaram chefes de estado graças ao apoio logístico e financeiro dos EUA para executar o golpe de 1964. Para ficarmos apenas desse período até hoje.
Desde os governos de Lula que o Brasil não mais pede a benção dos senhores da guerra – grande papel dos presidentes dos Estados Unidos – e a postura de Dilma reafirmou a nova postura internacional do país. Imaginem se a notícia fosse ao contrário: Descoberta espionagem brasileira em ligações telefônicas e e-mails de Barack Obama. Com o perdão do termo chulo, mas isso seria um “jabuzão” daqueles bem descompensados, ou não?
Alguns que tentam desqualificar o discurso de Dilma na ONU, o fazem para tentar mostrar um ar de “independência” ou mesmo de sobriedade. Como se independência opinativa não fosse meramente questão de convencimento individual. Acreditar no que se defende, isso é o que vale e pronto. O resto é linguiça.
Agora dilema vive a nossa autoproclama “grande imprensa”, ou parte dela: ou defende os interesses do Brasil contra os desmandos dos EUA ou, mais uma vez, se assumem subalternos do império.
O Estadão chegou a defender o discurso de defesa de nossa soberania, mas criticou a proposta de garantias à neutralidade de rede por que, segundo o período da família Mesquita, China e Rússia não vão aceitar. Parece que só se pode defender algo se for consenso. China e Rússia não emitiram uma única nota de roda pé sobre o assunto.
Já Veja assumiu de vez o que realmente é: uma revista vira-lata escrita para vira-latas. Em seu site, Veja acusou Dilma de fazer discurso eleitoral. Numa tentativa de diminuir a importância de sua fala perante representação da maioria de países do planeta. Ao contrário de veículos do mundo inteiro que trataram o assunto como foi: Dilma reage à espionagem dos Estados Unidos, considerando-a uma afronta.
Para os adoradores da terra do Tio Sam, vale lembrar que suas guerras são motivadas pelo acesso a petróleo. O Brasil tem sua camada pré-sal que, estipula-se, em 2017 chegará à produção de um milhão de barris por dia.
É também evidente que o discurso de nossa presidenta por si só não reverterá a correlação de forças na geopolítica internacional, mas ele faz parte dos esforços de nações que não mais aceitam o jugo dos EUA – cada um a seu jeito – e entre eles está o Brasil.
Ser contra a fala de Dilma na ONU é sim, por qualquer ângulo que se veja, ser contra o nosso país. Sua fala defende nossa soberania, mas não esconde e nunca se pretendeu, esconder problemas domésticos. Isso é besteira de que quer desqualificar a presidenta.
Limerique
ResponderExcluirImportantes, somos espionados
Eles coletam todos nossos dados
Arapongas xeretas
Pejados de tretas
Sobre nós mantêm-se antenados.
Com todo respeito ao cão vira-latas,um grande amigo do homem. Tem ser humano que não leva vida de cão, por isso, bajulam, se prostituem. Como dizia Fernando Pessoa "Vindo do bicho homem, nada me estranha".
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