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Escrevo antes de o Tribunal Superior Eleitoral julgar o pedido de Marina Silva para que autorize a criação do (seu) partido “Rede Sustentabilidade” à revelia do parecer do vice-procurador-geral-eleitoral, Eugênio Aragão, que julgou que a pretensa legenda não cumpriu exigências.
Marina tem todo o direito e toda a legitimidade para criar “sua” legenda particular, que, ao que tudo indica, teria – ou terá – dono. Ou dona. E cabe à Justiça Eleitoral autorizar ou não, caso entenda que foram ou não cumpridas as exigências legais para tanto.
Aconteça o que acontecer, porém, o que dá causa a este texto não é o desfecho desse caso, mas o quanto reforça a percepção de que essa senhora está muito longe de provar ser o que apregoa, ou seja, uma política “diferente”.
Marina vem construindo uma imagem política calcada muito mais – ou exclusivamente – em sua imagem histórica do que em suas ideias e propostas.
Auferiu 20 milhões de votos na eleição presidencial de 2010 só dizendo ser “diferente”, porém ao lado de um mega empresário que foi candidato a vice-presidente em sua chapa, Guilherme Leal, então presidente da Natura.
A Natura foi processada por biopirataria pelo Ministério Público do Acre e, depois, foi inocentada pela Justiça, mas sempre fica a questão sobre se sua ligação com uma empresa que sequer registra em carteira (garantindo direitos trabalhistas básicos) a sua força de vendas, composta por mulheres que chama de “consultoras”, é assim tão “diferente”.
Marina tem entre os entusiastas de sua candidatura Maria Alice Setúbal, filha de Olavo Setúbal, o falecido fundador do banco Itaú. Maria Alice é “articuladora essencial” — cuida da captação de recursos — para o partido de Marina. É uma espécie de fada madrinha da “Rede Sustentabilidade”.
Com uma dona de banco cuidando do suporte financeiro do “seu” partido, por certo a “fadinha da floresta” não terá muitos problemas de dinheiro…
Mas tudo bem. Lula teve como vice um mega empresário, o falecido José Alencar. Só não se pode dizer que Marina é “diferente” do ex-presidente ou de tantos outros políticos. A “sustentabilidade” financeira é a mesma, no mínimo.
O que não é igual a Lula, em relação a Marina, são as suas ideias, suas propostas, sua ideologia. Ninguém sabe nada sobre o ideário da pré-candidata a governar o Brasil. Só o que se sabe é da empatia que a grande mídia, eternamente adepta do PSDB, tem pela candidata “verde”.
Marina é tão “diferente”, mas tão “diferente” que desperta esse apoio midiático-empresarial-financeiro totalmente “desinteressado”. Ora, vejam só…
O que preocupa é que, tal qual Fernando Collor, temos hoje no Brasil uma candidata que se projeta com frases feitas e uma imagem que pretende dizer o que suas palavras não dizem. E que tenta criar um partido para disputar uma eleição, quando não é essa a lógica que deveria nortear qualquer agremiação política.
Sem uma base política clara, sem um ideário, com dinheiro chovendo sobre si, Marina, agora, tenta conseguir que a legislação sobre criação de partidos políticos seja ignorada só por ela ser quem é.
Em um vídeo lançado há dias e que ainda só tem cerca de 2 mil visualizações, Marina diz que a Justiça Eleitoral autorizar a criação de seu partido mesmo sem ele ter reunido assinaturas suficientes iria “democratizar a democracia”.
Marina, seguramente, construiu uma imagem muito generosa de si mesma para si mesma, mas ela se auto elogiar e apresentar suas ambições políticas como determinantes da democracia da nação me parece um certo exagero…
Então pergunto: quais são as posições da pré-candidata Marina Silva sobre economia, área social, educação, saúde etc.? Tampouco encontrei nada que ela tenha dito claramente sobre tais temas, além de chavões e mais chavões.
Concluo pedindo que alguém me informe se esqueci de citar algum elemento que referende a tese de que Marina Silva é uma política “diferente”, porque não encontrei nenhum. Tudo o que encontrei foi um blábláblá que lhe justifica o apelido de “Blablarina”.
Marina tem todo o direito e toda a legitimidade para criar “sua” legenda particular, que, ao que tudo indica, teria – ou terá – dono. Ou dona. E cabe à Justiça Eleitoral autorizar ou não, caso entenda que foram ou não cumpridas as exigências legais para tanto.
Aconteça o que acontecer, porém, o que dá causa a este texto não é o desfecho desse caso, mas o quanto reforça a percepção de que essa senhora está muito longe de provar ser o que apregoa, ou seja, uma política “diferente”.
Marina vem construindo uma imagem política calcada muito mais – ou exclusivamente – em sua imagem histórica do que em suas ideias e propostas.
Auferiu 20 milhões de votos na eleição presidencial de 2010 só dizendo ser “diferente”, porém ao lado de um mega empresário que foi candidato a vice-presidente em sua chapa, Guilherme Leal, então presidente da Natura.
A Natura foi processada por biopirataria pelo Ministério Público do Acre e, depois, foi inocentada pela Justiça, mas sempre fica a questão sobre se sua ligação com uma empresa que sequer registra em carteira (garantindo direitos trabalhistas básicos) a sua força de vendas, composta por mulheres que chama de “consultoras”, é assim tão “diferente”.
Marina tem entre os entusiastas de sua candidatura Maria Alice Setúbal, filha de Olavo Setúbal, o falecido fundador do banco Itaú. Maria Alice é “articuladora essencial” — cuida da captação de recursos — para o partido de Marina. É uma espécie de fada madrinha da “Rede Sustentabilidade”.
Com uma dona de banco cuidando do suporte financeiro do “seu” partido, por certo a “fadinha da floresta” não terá muitos problemas de dinheiro…
Mas tudo bem. Lula teve como vice um mega empresário, o falecido José Alencar. Só não se pode dizer que Marina é “diferente” do ex-presidente ou de tantos outros políticos. A “sustentabilidade” financeira é a mesma, no mínimo.
O que não é igual a Lula, em relação a Marina, são as suas ideias, suas propostas, sua ideologia. Ninguém sabe nada sobre o ideário da pré-candidata a governar o Brasil. Só o que se sabe é da empatia que a grande mídia, eternamente adepta do PSDB, tem pela candidata “verde”.
Marina é tão “diferente”, mas tão “diferente” que desperta esse apoio midiático-empresarial-financeiro totalmente “desinteressado”. Ora, vejam só…
O que preocupa é que, tal qual Fernando Collor, temos hoje no Brasil uma candidata que se projeta com frases feitas e uma imagem que pretende dizer o que suas palavras não dizem. E que tenta criar um partido para disputar uma eleição, quando não é essa a lógica que deveria nortear qualquer agremiação política.
Sem uma base política clara, sem um ideário, com dinheiro chovendo sobre si, Marina, agora, tenta conseguir que a legislação sobre criação de partidos políticos seja ignorada só por ela ser quem é.
Em um vídeo lançado há dias e que ainda só tem cerca de 2 mil visualizações, Marina diz que a Justiça Eleitoral autorizar a criação de seu partido mesmo sem ele ter reunido assinaturas suficientes iria “democratizar a democracia”.
Marina, seguramente, construiu uma imagem muito generosa de si mesma para si mesma, mas ela se auto elogiar e apresentar suas ambições políticas como determinantes da democracia da nação me parece um certo exagero…
Então pergunto: quais são as posições da pré-candidata Marina Silva sobre economia, área social, educação, saúde etc.? Tampouco encontrei nada que ela tenha dito claramente sobre tais temas, além de chavões e mais chavões.
Concluo pedindo que alguém me informe se esqueci de citar algum elemento que referende a tese de que Marina Silva é uma política “diferente”, porque não encontrei nenhum. Tudo o que encontrei foi um blábláblá que lhe justifica o apelido de “Blablarina”.
Numa manifestação frente a prefeitura reclamando por falte de democracia com participação da população na deliberação da obras em execução.
ResponderExcluirRecebidos pelo prefeito.
O prefeito chamou o mais ativo na manifestação e lhe perguntou: “A obra poderia ser melhorada? O que está faltando na obra?” - Ele respondeu.