Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
“Tenho fé em Deus e na Justiça”, disse ontem Marina em sua conta no Twitter, horas antes da decisão do TSE sobre se sua Rede de Sustentabilidade poderia concorrer ou não em 2014.
Sua fé acabou duplamente frustrada. Sobrou o duvidoso consolo do voto de Gilmar Mendes a favor da Rede. Mas houve outros seis votos contra, e o sonho de Marina, pelo menos por ora, terminou.
Foi uma questão aritmética, e não política, como muitas pessoas erradamente estão afirmando. Faltaram assinaturas, simplesmente. Eram necessárias 492 000, e a Rede ficou 50 000 aquém disso. Ponto.
Chorar é livre, e muitos seguidores de Marina estão fazendo exatamente isso. Mas é mais produtivo para o comando da Rede entender, racionalmente, as razões do fracasso para correções futuras.
A Rede está fora de 2014, mas Marina pode estar dentro. E é essa a questão que mesmeriza o mundo político brasileiro nestas horas. Marina anunciou que até amanhã dirá se concorre ou não por outro partido.
Como o choro, o palpite também é livre, e minha crença é que Marina acabará concorrendo.
As vantagens para ela, e para a Rede, são muitas. Marina terá uma mídia colossal, como candidata, para promover a si própria, a suas ideias e a seu (futuro) partido.
As manifestações de junho criaram, ou reforçaram, em torno dela a aura de política “pura”, diferente de tudo que está aí. Quanto há de percepção e quanto há de realidade nisso é uma pergunta para a qual cada um de nós tem sua resposta.
Sem Marina, a tendência é que Dilma ganhe no primeiro turno, dada a fraqueza extrema dos prováveis candidatos a desafiá-la, como Aécio e Eduardo Campos.
Campos será, em 2014, um personagem regional, e portanto um coadjuvante. E Aécio vem espalhando ideias tão velhas que não serviriam sequer para seu avô Tancredo, a despeito de expressões pretensamente modernas e definitivamente ridículas como “papo reto”.
Com Marina, a disputa ficaria mais nervosa. O eleitorado de esquerda frustrado com o pragmatismo do PT vê nela – não importa se com razão ou não — a resposta para seu desencanto.
Para a sociedade, é bom que Marina esteja na disputa. Sua presença exigirá mais de Dilma como candidata à reeleição, e isso é positivo.
Situações de conforto podem levar a acomodações. As chamadas Jornadas de Junho, por exemplo, geraram o Mais Médicos, a melhor coisa que Dilma fez em seu governo.
Como o choro, o prognóstico é livre. Meu palpite é que Marina estará nas cédulas de 2014.
“Tenho fé em Deus e na Justiça”, disse ontem Marina em sua conta no Twitter, horas antes da decisão do TSE sobre se sua Rede de Sustentabilidade poderia concorrer ou não em 2014.
Sua fé acabou duplamente frustrada. Sobrou o duvidoso consolo do voto de Gilmar Mendes a favor da Rede. Mas houve outros seis votos contra, e o sonho de Marina, pelo menos por ora, terminou.
Foi uma questão aritmética, e não política, como muitas pessoas erradamente estão afirmando. Faltaram assinaturas, simplesmente. Eram necessárias 492 000, e a Rede ficou 50 000 aquém disso. Ponto.
Chorar é livre, e muitos seguidores de Marina estão fazendo exatamente isso. Mas é mais produtivo para o comando da Rede entender, racionalmente, as razões do fracasso para correções futuras.
A Rede está fora de 2014, mas Marina pode estar dentro. E é essa a questão que mesmeriza o mundo político brasileiro nestas horas. Marina anunciou que até amanhã dirá se concorre ou não por outro partido.
Como o choro, o palpite também é livre, e minha crença é que Marina acabará concorrendo.
As vantagens para ela, e para a Rede, são muitas. Marina terá uma mídia colossal, como candidata, para promover a si própria, a suas ideias e a seu (futuro) partido.
As manifestações de junho criaram, ou reforçaram, em torno dela a aura de política “pura”, diferente de tudo que está aí. Quanto há de percepção e quanto há de realidade nisso é uma pergunta para a qual cada um de nós tem sua resposta.
Sem Marina, a tendência é que Dilma ganhe no primeiro turno, dada a fraqueza extrema dos prováveis candidatos a desafiá-la, como Aécio e Eduardo Campos.
Campos será, em 2014, um personagem regional, e portanto um coadjuvante. E Aécio vem espalhando ideias tão velhas que não serviriam sequer para seu avô Tancredo, a despeito de expressões pretensamente modernas e definitivamente ridículas como “papo reto”.
Com Marina, a disputa ficaria mais nervosa. O eleitorado de esquerda frustrado com o pragmatismo do PT vê nela – não importa se com razão ou não — a resposta para seu desencanto.
Para a sociedade, é bom que Marina esteja na disputa. Sua presença exigirá mais de Dilma como candidata à reeleição, e isso é positivo.
Situações de conforto podem levar a acomodações. As chamadas Jornadas de Junho, por exemplo, geraram o Mais Médicos, a melhor coisa que Dilma fez em seu governo.
Como o choro, o prognóstico é livre. Meu palpite é que Marina estará nas cédulas de 2014.
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