Por Altamiro Borges
Dois frequentadores assíduos do Instituto Millenium, o antro dos barões da mídia brasileira, estão indignados com os chamados “rolezinhos”, os passeios dos jovens da periferia aos shoppings convocados através das redes sociais. Rodrigo Constantino, já apelidado de “menino maluquinho” da revista Veja, e Guilherme Fiuza, colunista de O Globo, esbanjaram elitismo e preconceito contra esta forma irreverente de manifestação. Em textos hidrófobos, os dois “intelectuais” do Millenium só faltaram exigir a volta do pelourinho ou clamar por um novo golpe militar no Brasil.
Para Rodrigo Constantino, os jovens que participam dos chamados rolezinhos “não toleram as ‘patricinhas’ e os ‘mauricinhos’, a riqueza alheia, a civilização mais educada. Não aceitam conviver com as diferenças, tolerar que há locais mais refinados que demandam um comportamento mais discreto, ao contrário de um baile funk. São bárbaros incapazes de reconhecer a própria inferioridade, e morrem de inveja da civilização”. Já para Guilherme Fiúza, com sua mentalidade conspirativa, o rolezinho é “um vocábulo patético, cafona, que poderia muito bem ter saído da cabeça de um soldado de José Dirceu” e virou “uma providência divina na vida ociosa dos governantes petistas”.
Em outro artigo, intitulado “O rolezinho dos abutres petistas”, Rodrigo Constantino elogia a “coragem” de Guilherme Fiuza, seu parceiro no covil do Instituto Millenium. “Companheiro em uma árdua luta para tirar parte do povo brasileiro da sonolência hipnótica, Fiuza expõe os absurdos do PT que nem causam mais indignação e revolta – o que é revoltante... Até quando o Brasil vai hibernar enquanto o PT dá seus ‘rolezinhos’ por aí, plantando as sementes bolivarianas do caos social?”. E conclui: “O povo está cego, hipnotizado, sonolento, encantado com as migalhas estatais, mas há de acordar! Não posso crer que o Brasil seja o PT. O Brasil é maior do que o PT!”.
Para quem ainda não conhece, o Instituto Millenium é financiado pelos principais barões da mídia nativa. Na história, eles sempre criminalizaram ou tentaram manipular as mobilizações sociais – sejam as greves organizadas por sindicatos ou as explosões espontâneas, como os “rolezinhos”. Na véspera do golpe militar de 1964, eles fundaram o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) com o objetivo de estimular a conspiração. Já na fase recente, a partir da eleição do presidente Lula, eles criaram o Instituto Millenium. Na sua “Câmara de Mantenedores” encontram-se os donos dos grupos Globo, Abril, Folha e Estadão, como se pode constatar no sítio da entidade – que não publica o valor das suas generosas doações.
Já entre os seus colaboradores mais assíduos, encontram-se figurinhas carimbadas do “jornalismo” brasileiro, como Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo, Carlos Alberto Sardenberg e Ali Kamel. Rodrigo Constantino e Guilherme Fiuza são dois expoentes da nova safra de direitistas raivosos do Instituto Millenium. A visão preconceituosa e delirante sobre os “rolezinhos” nos shoppings dos jovens da periferia expressa bem a visão conservadora e autoritária da turma deste covil!
*****
Leia também:
- Direitista do SBT ataca os "rolezinhos"
- Os "rolezinhos" e a truculência tucana
- A imprensa e os "rolezinhos"
- A histeria racista contra os "rolezinhos"
- Os "rolezinhos" e o racismo na internet
Dois frequentadores assíduos do Instituto Millenium, o antro dos barões da mídia brasileira, estão indignados com os chamados “rolezinhos”, os passeios dos jovens da periferia aos shoppings convocados através das redes sociais. Rodrigo Constantino, já apelidado de “menino maluquinho” da revista Veja, e Guilherme Fiuza, colunista de O Globo, esbanjaram elitismo e preconceito contra esta forma irreverente de manifestação. Em textos hidrófobos, os dois “intelectuais” do Millenium só faltaram exigir a volta do pelourinho ou clamar por um novo golpe militar no Brasil.
Para Rodrigo Constantino, os jovens que participam dos chamados rolezinhos “não toleram as ‘patricinhas’ e os ‘mauricinhos’, a riqueza alheia, a civilização mais educada. Não aceitam conviver com as diferenças, tolerar que há locais mais refinados que demandam um comportamento mais discreto, ao contrário de um baile funk. São bárbaros incapazes de reconhecer a própria inferioridade, e morrem de inveja da civilização”. Já para Guilherme Fiúza, com sua mentalidade conspirativa, o rolezinho é “um vocábulo patético, cafona, que poderia muito bem ter saído da cabeça de um soldado de José Dirceu” e virou “uma providência divina na vida ociosa dos governantes petistas”.
Em outro artigo, intitulado “O rolezinho dos abutres petistas”, Rodrigo Constantino elogia a “coragem” de Guilherme Fiuza, seu parceiro no covil do Instituto Millenium. “Companheiro em uma árdua luta para tirar parte do povo brasileiro da sonolência hipnótica, Fiuza expõe os absurdos do PT que nem causam mais indignação e revolta – o que é revoltante... Até quando o Brasil vai hibernar enquanto o PT dá seus ‘rolezinhos’ por aí, plantando as sementes bolivarianas do caos social?”. E conclui: “O povo está cego, hipnotizado, sonolento, encantado com as migalhas estatais, mas há de acordar! Não posso crer que o Brasil seja o PT. O Brasil é maior do que o PT!”.
Para quem ainda não conhece, o Instituto Millenium é financiado pelos principais barões da mídia nativa. Na história, eles sempre criminalizaram ou tentaram manipular as mobilizações sociais – sejam as greves organizadas por sindicatos ou as explosões espontâneas, como os “rolezinhos”. Na véspera do golpe militar de 1964, eles fundaram o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) com o objetivo de estimular a conspiração. Já na fase recente, a partir da eleição do presidente Lula, eles criaram o Instituto Millenium. Na sua “Câmara de Mantenedores” encontram-se os donos dos grupos Globo, Abril, Folha e Estadão, como se pode constatar no sítio da entidade – que não publica o valor das suas generosas doações.
Já entre os seus colaboradores mais assíduos, encontram-se figurinhas carimbadas do “jornalismo” brasileiro, como Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo, Carlos Alberto Sardenberg e Ali Kamel. Rodrigo Constantino e Guilherme Fiuza são dois expoentes da nova safra de direitistas raivosos do Instituto Millenium. A visão preconceituosa e delirante sobre os “rolezinhos” nos shoppings dos jovens da periferia expressa bem a visão conservadora e autoritária da turma deste covil!
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