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O destempero do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa contra seu colega Luís Roberto Barroso - pelo fato de ter proferido um voto contrário ao seu entendimento - é prova maior do fundo do poço em que o Tribunal foi colocado pelas intenções políticas de alguns ministros.
Quem conhece Joaquim Barbosa de perto, assegura: não é desonesto, não é malicioso, não se mete em negócios obscuros nem em más companhias, como seu colega Gilmar Mendes. Mas é um completo desequilibrado.
Dias desses conversava com um ex-conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Dizia ele que, se Barbosa entrar em um recinto e ver duas pessoas cochichando, imediatamente armará encrenca, supondo que estejam falando dele.
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Na sessão do STF – que deliberou sobre a acusação de formação de quadrilha para os réus da AP 470 – Barbosa interrompeu várias vezes Barroso, foi grosseiro, atropelou todos os códigos de conduta, ao insinuar que o colega teria negociado seu voto para conseguir o cargo. Mas quem vai tirar o piloto do Boeing em pleno vôo?
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Tempos atrás, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso alertou para os riscos da aventura Joaquim Barbosa. Mostrou sua falta de tato, de cintura política, a intolerância a qualquer opinião contrária.
Ocorre que o mito Barbosa surgiu impulsionado pelo clima de radicalização, de criminalização da política, do denuncismo desvairado que a oposição levantou a partir de 2006 e, especialmente, a partir da era José Serra.
Trouxeram de volta para a cena política o macartismo, abusaram da religiosidade, despertaram os piores demônios existentes no tecido social brasileiro, aqueles que demonizam as leis e propõem o linchamento, transformaram a disputa política em um vale-tudo.
Não valia denunciar aparelhamento da máquina, a política econômica, apontar erros na gestão pública, como em qualquer disputa política civilizada.
Repetiram nos mínimos detalhes a radicalização da política norte-americana, o movimento da mídia e do Partido Republicano dos Estados Unidos adotando o discurso virulento de ultra-direita do Tea Party.
Durante toda a campanha eleitoral nos EUA, comentaristas vociferantes espalhavam toda espécie de boatos contra Barack Obama. A campanha viciou o eleitorado republicano nas catarses do Tea Party e o partido terminou refém da radicalização. Hoje em dia, as vozes mais preparadas e ponderadas dos republicanos têm enorme dificuldade em reconduzir o partido para o caminho da moderação e da responsabilidade política.
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Por aqui, caminha-se para o mesmo desfecho. Só que esse espaço catártico, que Serra preparou para ele próprio, foi ocupado por um jacobino autêntico. Serra era um simulacro de radical, Barbosa é um radical em estado bruto.
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Na semana passada, em visita a São Paulo, Aécio Neves relembrou figuras referenciais mais nobres do PSDB, como Mário Covas e Franco Montoro. Tenta, de alguma forma, recuperar os valores partidários, destroçados na era Serra.
O próprio Serra andou dando entrevistas minimizando a crise econômica, tentando (inutilmente) ocupar um espaço de racionalidade que um dia foi seu. Ou – o que é mais factível – tentando prejudicar o candidato que ocupou um lugar que era seu por direito divino.
2014 não está cheirando bem.
ResponderExcluirOráculo:
Pois eu acho que está cheirando bem.
A cada curva que viramos com dificuldade o país dá uma virada cívica.
Zé Dirceu nos ajudou mais uma vez.
Caro Nassif
ResponderExcluirContinua pensando que a Direita vai dar golpe Branco para a tomado do poder. Os EUA já estão de saco cheio do PT, e como fizeram em Honduras, Ucrânia, Venezuela (estão tentando), Equador (estão tentando), Egito, Tunísia; então quem garante que não tentarão aqui também? A mim eles não enganam, com GAFE-globo-abril-folha-estadão em ação vão até as últimas pelo poder. Olha aí general é quem faltam, tá cheio! Aguardem!
ResponderExcluir[ESCÂNDALO! IMPEACHMENT!... ENTENDA]
Jornalista Felipe Recondo, a quem o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, mandou “chafurdar no lixo”, afirma que o ministro calculou as penas dos condenados na Ação Penal 470 para que, uma vez, confirmado o crime de formação de quadrilha, todos fossem colocados no regime fechado; por isso, reação tão desmedida na sessão da quinta.
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A porta mal abrira e ele iniciava um desabafo. Dizia estar muito preocupado com o julgamento do mensalão. A instrução criminal, com depoimentos e coleta de provas e perícias, tinha acabado. E, disse o ministro, não havia provas contra o principal dos envolvidos, o ministro José Dirceu. O então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fizera um trabalho deficiente, nas palavras do ministro.
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Dias depois, o assunto provocava debates na televisão. Novamente, Joaquim Barbosa, de pé em seu gabinete, pergunta de onde saiu aquela informação. A pergunta era surpreendente. Afinal, a informação tinha saído de sua boca. Ele então questiona com certa ironia: “E se eu der (como pena) 2 anos e 1 semana?”.
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Barroso não sabia dessa conversa ao atribuir ao tribunal uma manobra para punir José Dirceu e companhia e manter vivo um dos símbolos do escândalo: a quadrilha montada no centro do governo Lula para a compra de apoio político no Congresso Nacional. Barbosa, por sua vez, nunca admitira o que falava em reserva. Na quarta-feira, para a crítica de muitos, falou com a sinceridade que lhe é peculiar. Sim, ele calculara as penas para evitar a prescrição. “Ora!”
Felipe Recondo é repórter do jornal O Estado de S. Paulo em Brasília
Então eu não sei mais o que vem a ser "desonesto".
ResponderExcluirTemos que tomar muito cuidado com a eleições que se aproximam. Não podemos esquecer que comandará estas eleições é alguém altamente suspeito , inimigo declarado do Partido dos Trabalhadores , da democracia e que serve de linha de combate de infantaria de uma oposição sem votos , dentro do Supremo , sem falar nas alianças maviosas com Banqueiros Condenados e Advogados poderosos . Estamos falando do Gilmar Dantas , ops Gilmar Mendes . Eles estão criando várias novas regras eleitorais , em silêncio , muitas até parecem boas mas dependerá de contra quem serão usadas . Por exemplo , proibiram o uso de Centrais de Telemarketing . A priori uma boa medida . Mas e se comprarem os serviços de alguma para fazer um telemarketing falso para a Candidata Dilma , sair na primeira página da Folha , Estadão , Veja e O Globo, virar verdade e motivo de impugnação de candidaturas ? Lembrem-se que quando Marco Aurélio Mello, confesso defensor do Golpe Militar era presidente da comissão eleitoral fez tudo para não declarar a vitoria do Partido dos Trabalhadores. A guerra suja da extrema direita irá percorrer todos os subterrâneos . Todo cuidado é pouco. Lembrem-se dos seqüestradores do Abílio Diniz usando a Camisa do PT !!!!
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