Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Os doutos ministros do TSE e seus calendários eleitorais podem dizer o que quiserem, mas as eleições de outubro já começaram.
Aliás, seria muito melhor que elas começassem do modo legítimo e civilizado, através dos partidos e dos candidatos que irão disputá-las.
Mas, infelizmente – e não é novidade – elas começaram abertamente na mídia.
E não com debates, propostas ou planos para o país.
Mas apenas com uma torcida, desesperada, fanática.
E uma torcida organizada, com os mesmos métodos irracionais tristemente famosos das de futebol.
Só que, ao contrário destas, não usam o uniforme de seus times nem incentivam seus próprios jogadores.
A torcida é contra os seus adversários e, como seus adversários são o Governo, a torcida acaba sendo contra o país.
A ilustração aí de cima é um resumo – sei lá se posso chamar de irônico – do “programa da oposição”.
É pelo desastre, sem qualquer disfarce.
O amigo leito e a distinta leitora já se acostumou aos títulos, por exemplo do noticiário econômico. “O pior de X anos, o mais baixo/alto desde 2000 e X, a Petrobrás cai/desaba/fale, a energia, o gás, as vendas, a produção idem”….Só não está dando para dizer que a inflação dispara, mas se houver uma chance…
Há, parece, uma vibração nestes anúncios catastrofistas: hoje a Folha sustentou como manchete de economia que as vendas do comércio foram as “piores desde 2003″, embora tenham crescido 4,3%. Só lá no final do texto, um gráfico mostra que, antes de 2003, elas caíam, em lugar de subir: menos 1,6, em 2001; menos 0,7 em 2012 e menos 3,7, em 2003 , sob o impacto de herança maldita do segundo governo FHC. E que, além disso, a variação é compatível com a de metade dos anos da década usada como medida: 2004–2013 (confira aqui).
E o desequilíbrio é gritante: se uma linha de transmissão cai por meia hora e tudo se restabelece em duas horas, é a falta de planejamento energético.
Mas se o Metrô de São Paulo para, com uma multidão caminhando sobre os trilhos, foi alguém que apertou o “botão secreto”, tão secreto que ninguém sabe e ninguém viu.
Por isso, ao mesmo tempo em que temos de buscar, nestes estreitos espaços da blogosfera, restabelecer um pouco de verdade, não podemos ser tolos e muito menos tentar fazer de tolos nossos irmãos, o povo brasileiro.
Nem tudo está tão bom, nem tudo está tão bem.
A elite, a dominação colonialista – agora essencialmente financeira e cambial – está aí, vivinha da silva, espalhando a visão de um Brasil medíocre e inviável.
E a tudo ela oferece a solução que, embora falida desde 2008, continua a repercutir num país que segue dominado por um monólogo de comunicação. E essa solução é o mercado, o mercado e o mercado, o mesmo que, sozinho, até hoje não os levou a lugar nenhum senão ao atraso, embora ele possa, sim, dentro de estratégias públicas, contribuir para o progresso.
Numa tradução inteligível: ganhem dinheiro fazendo alguma coisa útil a todos.
Cabe, a quem pensa um Brasil justo e desenvolvido – e justiça e desenvolvimento, num país como o nosso, jamais podem ocorrer separadas, ao menos não numa democracia – conservar a serenidade.
Nós já fomos o não, numa época em que, em nome da dignidade humana e do sentimento nacional, esta era a única alternativa ao que se vivia.
Hoje podemos ser o sim, e o sim é generoso, fraterno, humano, quando é coletivo.
O sim autoritário é odioso.
O nosso não é nem pode ser.
Os homens que voam não se ajoelham.
Os doutos ministros do TSE e seus calendários eleitorais podem dizer o que quiserem, mas as eleições de outubro já começaram.
Aliás, seria muito melhor que elas começassem do modo legítimo e civilizado, através dos partidos e dos candidatos que irão disputá-las.
Mas, infelizmente – e não é novidade – elas começaram abertamente na mídia.
E não com debates, propostas ou planos para o país.
Mas apenas com uma torcida, desesperada, fanática.
E uma torcida organizada, com os mesmos métodos irracionais tristemente famosos das de futebol.
Só que, ao contrário destas, não usam o uniforme de seus times nem incentivam seus próprios jogadores.
A torcida é contra os seus adversários e, como seus adversários são o Governo, a torcida acaba sendo contra o país.
A ilustração aí de cima é um resumo – sei lá se posso chamar de irônico – do “programa da oposição”.
É pelo desastre, sem qualquer disfarce.
O amigo leito e a distinta leitora já se acostumou aos títulos, por exemplo do noticiário econômico. “O pior de X anos, o mais baixo/alto desde 2000 e X, a Petrobrás cai/desaba/fale, a energia, o gás, as vendas, a produção idem”….Só não está dando para dizer que a inflação dispara, mas se houver uma chance…
Há, parece, uma vibração nestes anúncios catastrofistas: hoje a Folha sustentou como manchete de economia que as vendas do comércio foram as “piores desde 2003″, embora tenham crescido 4,3%. Só lá no final do texto, um gráfico mostra que, antes de 2003, elas caíam, em lugar de subir: menos 1,6, em 2001; menos 0,7 em 2012 e menos 3,7, em 2003 , sob o impacto de herança maldita do segundo governo FHC. E que, além disso, a variação é compatível com a de metade dos anos da década usada como medida: 2004–2013 (confira aqui).
E o desequilíbrio é gritante: se uma linha de transmissão cai por meia hora e tudo se restabelece em duas horas, é a falta de planejamento energético.
Mas se o Metrô de São Paulo para, com uma multidão caminhando sobre os trilhos, foi alguém que apertou o “botão secreto”, tão secreto que ninguém sabe e ninguém viu.
Por isso, ao mesmo tempo em que temos de buscar, nestes estreitos espaços da blogosfera, restabelecer um pouco de verdade, não podemos ser tolos e muito menos tentar fazer de tolos nossos irmãos, o povo brasileiro.
Nem tudo está tão bom, nem tudo está tão bem.
A elite, a dominação colonialista – agora essencialmente financeira e cambial – está aí, vivinha da silva, espalhando a visão de um Brasil medíocre e inviável.
E a tudo ela oferece a solução que, embora falida desde 2008, continua a repercutir num país que segue dominado por um monólogo de comunicação. E essa solução é o mercado, o mercado e o mercado, o mesmo que, sozinho, até hoje não os levou a lugar nenhum senão ao atraso, embora ele possa, sim, dentro de estratégias públicas, contribuir para o progresso.
Numa tradução inteligível: ganhem dinheiro fazendo alguma coisa útil a todos.
Cabe, a quem pensa um Brasil justo e desenvolvido – e justiça e desenvolvimento, num país como o nosso, jamais podem ocorrer separadas, ao menos não numa democracia – conservar a serenidade.
Nós já fomos o não, numa época em que, em nome da dignidade humana e do sentimento nacional, esta era a única alternativa ao que se vivia.
Hoje podemos ser o sim, e o sim é generoso, fraterno, humano, quando é coletivo.
O sim autoritário é odioso.
O nosso não é nem pode ser.
Os homens que voam não se ajoelham.
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