Por Vito Giannotti, no jornal Brasil de Fato:
No 50º aniversário do golpe militar-empresarial que implantou a ditadura que durou 21 anos, as chamadas reformas de base voltaram à tona. Isso não é por causa de um ou outro político que as ressuscitou. As reformas que o governo Goulart estava por decretar eram a esperança de um Brasil totalmente diferente do que existia. O que a esquerda queria era um país mais justo, menos desigual, enfim, menos injusto.
A primeira era a reforma agrária. O Brasil era a terra dos latifúndios. Desde Pedro Álvares Cabral o Brasil foi doado a alguns donatários que se declararam donos de imensas terras em nome do rei de Portugal e de Deus. Assim se criou o país mais injusto do mundo, com um punhado de parasitas donos de toda terra e milhões de escravos trabalhando para eles e os parasitas da corte. Até hoje a reforma agrária não foi feita e o Brasil, segundo a ONU, é o quarto país mais injusto do mundo em distribuição de terras. Esta era uma das reformas de base que em 1961-64 o povo exigia. No Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 13/3/1964, Goulart começou a tocar neste assunto.
Mas não se tratava só de reforma agrária. Eram várias. Reforma fiscal, administrativa, educacional, urbana e outras que tinham o mesmo sentido da primeira. Mudar a política do país que sempre foi a serviço dos donos da Casa Grande. Queria-se uma política a serviço do povo. Mas a direita tinha alergia a esta palavra “povo”. Não admitia mudar os rumos do país. Os grandes empresários, a classe média assustada pelo medo de socialismo e comunismo e, sobretudo, o imperialismo estadunidense e mundial, não admitiam mudanças. Por isso deram o golpe que foi executado pelos militares a serviço da classe dos empresários brasileiros associados ao imperialismo.
E hoje como estamos? Sim, o Brasil cresceu, melhorou em vários aspectos, mas continuamos campeões de injustiça. Nosso salário mínimo é o que é. A saúde é um caso de quase genocídio. Claro, para os pobres. Para os de cima é uma maravilha. A educação é uma vergonha, claro com “ilhas de excelência”. O que falta? Faltam as reformas de base que a esquerda começava a fazer em 1964. Falta coragem, vontade e decisão de mobilizar o povo por seus direitos. Mas primeiro precisa-se esclarecer, informar, inflamar este povo. E isso não se fará sem uma reforma que democratize a mídia. Sem essa reforma, não haverá as outras. A direita dona de todas as comunicações não vai permitir.
No 50º aniversário do golpe militar-empresarial que implantou a ditadura que durou 21 anos, as chamadas reformas de base voltaram à tona. Isso não é por causa de um ou outro político que as ressuscitou. As reformas que o governo Goulart estava por decretar eram a esperança de um Brasil totalmente diferente do que existia. O que a esquerda queria era um país mais justo, menos desigual, enfim, menos injusto.
A primeira era a reforma agrária. O Brasil era a terra dos latifúndios. Desde Pedro Álvares Cabral o Brasil foi doado a alguns donatários que se declararam donos de imensas terras em nome do rei de Portugal e de Deus. Assim se criou o país mais injusto do mundo, com um punhado de parasitas donos de toda terra e milhões de escravos trabalhando para eles e os parasitas da corte. Até hoje a reforma agrária não foi feita e o Brasil, segundo a ONU, é o quarto país mais injusto do mundo em distribuição de terras. Esta era uma das reformas de base que em 1961-64 o povo exigia. No Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 13/3/1964, Goulart começou a tocar neste assunto.
Mas não se tratava só de reforma agrária. Eram várias. Reforma fiscal, administrativa, educacional, urbana e outras que tinham o mesmo sentido da primeira. Mudar a política do país que sempre foi a serviço dos donos da Casa Grande. Queria-se uma política a serviço do povo. Mas a direita tinha alergia a esta palavra “povo”. Não admitia mudar os rumos do país. Os grandes empresários, a classe média assustada pelo medo de socialismo e comunismo e, sobretudo, o imperialismo estadunidense e mundial, não admitiam mudanças. Por isso deram o golpe que foi executado pelos militares a serviço da classe dos empresários brasileiros associados ao imperialismo.
E hoje como estamos? Sim, o Brasil cresceu, melhorou em vários aspectos, mas continuamos campeões de injustiça. Nosso salário mínimo é o que é. A saúde é um caso de quase genocídio. Claro, para os pobres. Para os de cima é uma maravilha. A educação é uma vergonha, claro com “ilhas de excelência”. O que falta? Faltam as reformas de base que a esquerda começava a fazer em 1964. Falta coragem, vontade e decisão de mobilizar o povo por seus direitos. Mas primeiro precisa-se esclarecer, informar, inflamar este povo. E isso não se fará sem uma reforma que democratize a mídia. Sem essa reforma, não haverá as outras. A direita dona de todas as comunicações não vai permitir.
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