Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Poucas pessoas são tão exemplares do poder corrosivo do ódio quanto Joaquim Barbosa.
Reduz a figura de um ministro do Supremo – e seu presidente! – a um mero carcereiro doentio, destes que se comprazem em provocar sofrimento.
Pior; subverte e usurpa funções autônomas do Judiciário, como faz agora, “tomando as dores” do pupilo que fez ascender à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, afastado pelo Tribunal Distrital por ter atropelado as regras e interpelado direta – e grosseiramente – o governador, o que é legalmente atribuição do Tribunal.
Produziu um despacho que reproduz, quase que ipsis literis, o ato ilegal.
Quer que o governador explique suposições que não estão mencionadas em lugar algum, a não ser em reportagens sensacionalistas e, pior ainda, se é capaz de cumprir suas funções.
Janio de Freitas, hoje, na Folha, descreve bem:
“No despacho em que acusa o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, de não investigar as denúncias contra os presos do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa ora lhes atribui “irregularidades”, como certeza consumada; ora “fatos narrados”, o que nada assegura sobre fatos reais; “aparentes regalias”, ou meros aspectos; e, de repente, seguro e definitivo, ‘ilegalidades’.”
Mas é mais grave o que se passa.
Barbosa, segundo o Estadão, “também quer saber quais medidas serão tomadas a curto prazo para a retomada do comando do sistema prisional.”
O sistema prisional está desgovernado? Com que base o Dr. Joaquim faz essa afirmação?
Mesmo que tudo o que os jornais dizem, com base em informações vagas e anônimas, fosse verdade, um telefonema e um sanduíche do McDonald’s, por acaso, não são sintomas de um sistema prisional “descontrolado”, quando se sabe que tráfico, assassinatos e esquemas mafiosos são comandados de dentro das cadeias, sem que isso jamais tenha comovido o Dr. Joaquim.
Só uma coisa o move, aliás, o ódio.
E esse ódio o faz desrespeitar, com chicanas e pretextos, uma decisão judicial: a de que José Dirceu foi condenado a um regime semi-aberto.
Decisão que Barbosa não aceita e sobre a qual, usando seu poder de Presidente do Supremo, despeja sua “sanha reformadora” para transformar, se puder, em prisão fechada, de preferência em solitária e perpétua.
Talvez não perceba, mas acabou o tempo em que a imprensa lhe dava a cobertura necessária para ser um atrabiliário.
O poder de Joaquim Barbosa chegou ao fim.
Poucas pessoas são tão exemplares do poder corrosivo do ódio quanto Joaquim Barbosa.
Reduz a figura de um ministro do Supremo – e seu presidente! – a um mero carcereiro doentio, destes que se comprazem em provocar sofrimento.
Pior; subverte e usurpa funções autônomas do Judiciário, como faz agora, “tomando as dores” do pupilo que fez ascender à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, afastado pelo Tribunal Distrital por ter atropelado as regras e interpelado direta – e grosseiramente – o governador, o que é legalmente atribuição do Tribunal.
Produziu um despacho que reproduz, quase que ipsis literis, o ato ilegal.
Quer que o governador explique suposições que não estão mencionadas em lugar algum, a não ser em reportagens sensacionalistas e, pior ainda, se é capaz de cumprir suas funções.
Janio de Freitas, hoje, na Folha, descreve bem:
“No despacho em que acusa o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, de não investigar as denúncias contra os presos do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa ora lhes atribui “irregularidades”, como certeza consumada; ora “fatos narrados”, o que nada assegura sobre fatos reais; “aparentes regalias”, ou meros aspectos; e, de repente, seguro e definitivo, ‘ilegalidades’.”
Mas é mais grave o que se passa.
Barbosa, segundo o Estadão, “também quer saber quais medidas serão tomadas a curto prazo para a retomada do comando do sistema prisional.”
O sistema prisional está desgovernado? Com que base o Dr. Joaquim faz essa afirmação?
Mesmo que tudo o que os jornais dizem, com base em informações vagas e anônimas, fosse verdade, um telefonema e um sanduíche do McDonald’s, por acaso, não são sintomas de um sistema prisional “descontrolado”, quando se sabe que tráfico, assassinatos e esquemas mafiosos são comandados de dentro das cadeias, sem que isso jamais tenha comovido o Dr. Joaquim.
Só uma coisa o move, aliás, o ódio.
E esse ódio o faz desrespeitar, com chicanas e pretextos, uma decisão judicial: a de que José Dirceu foi condenado a um regime semi-aberto.
Decisão que Barbosa não aceita e sobre a qual, usando seu poder de Presidente do Supremo, despeja sua “sanha reformadora” para transformar, se puder, em prisão fechada, de preferência em solitária e perpétua.
Talvez não perceba, mas acabou o tempo em que a imprensa lhe dava a cobertura necessária para ser um atrabiliário.
O poder de Joaquim Barbosa chegou ao fim.
Ele tem muitos motivos para ter ódio dele mesmo. Que se há de fazer?
ResponderExcluirPunhos cerrados desafiam a direita
ResponderExcluirPor Altamiro Borges
Num gesto corajoso de protesto contra as arbitrariedades cometidas no midiático julgamento do “mensalão”, o deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara Federal, ergueu o punho cerrado na sessão de reabertura do Congresso Nacional, na tarde de segunda-feira. Sentado bem ao seu lado, o presidente do STF, o “supremo” Joaquim Barbosa, ficou aparentemente irritado. De imediato, “calunistas” da mídia tucana e expoentes da oposição saíram em defesa do carrasco do Supremo. O líder dos tucanos, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), inclusive já anunciou que pretende propor a cassação do mandato do petista paranaense por “quebra de decoro parlamentar”.