Por Vanessa Silva, no site Vermelho:
Maria Corina Machado se orgulha de ter apertado a mão do ex-presidente estadunidense Geoge W. Bush. O mesmo que Hugo Chávez chamara de demônio na ONU em 2006. Engenheira industrial, mãe de três filhos, Corina é líder da extrema direita venezuelana e está à frente do processo de desestabilização, ou golpe, contra o governo de Nicolás Maduro. Nesta quarta (2), ela veio ao Brasil dizer “verdades” sobre o governo bolivariano.
Com o mandato de deputada cassado por ter aceitado a oferta feita pelo governo panamenho para discursar — utilizando a cadeira do Panamá na Organização dos Estados Americanos (OEA) — a respeito da situação em seu país, ato considerado inconstitucional pela justiça venezuelana, Corina deu ao Senado brasileiro sua versão para os fatos ocorridos na Venezuela. Na próxima semana, os senadores escutarão a deputada governista Blanca Eekhout, uma das maiores liderança do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Para o governo venezuelano, tanto Corina, quanto Leopoldo López estão envolvidos com os atos violentos praticados no país nos últimos meses.
Em sua exposição na Comissão de Relações Exteriores no Senado, Maria Corina recebeu os cumprimentos do senador tucano Aécio Neves, a solidariedade da senadora Ana Amélia (PP-RS), flores do senador Ricardo Ferraço (PMDB) e os protestos da esquerda comandada por militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que a chamaram de golpista. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) desmascarou o vídeo sobre a crise na Venezuela exposto pela deputada, dizendo que o material é "uma montagem que até uma criança poderia ver". Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou documento no qual comprova que a deputada apoiou a tentativa de golpe contra Hugo Chávez em 2002.
Trajetória
Em 2002, Maria Corina figurou entre os que assinaram o decreto de Pedro Carmona Estanga que aboliu a Constituição aprovada por voto popular em 1999 e todas as instituições do Estado, enquanto Chávez era mantido em prisão militar na ilha La Orchila.
No mesmo ano, Corina, juntamente com Alejandro Plaz fundou o Súmate, “organização não governamental dedicada à promoção e defesa dos direitos políticos dos cidadãos”. Na prática, tanto a ONG como Corina ganharam notoriedade com a realização do referendo revogatório de 2004 que consultou a população a respeito da continuidade do governo do presidente Chávez. O mandatário venceu a consulta com ampla maioria, apesar das manipulações realizadas pela ONG.
A credibilidade do Súmate é contestada por muitos venezuelanos visto que um de seus principais financiadores é a NED (Fundação Nacional para a Democracia, por sua sigla em inglês). Segundo porta-vozes da entidade, até 2004, o aporte da NED ao Súmare foi de meio milhão de dólares. Tal mecanismo autodenominado um “projeto pró-democracia”, foi criado, segundo o New York Times “há 15 anos para levar a cabo publicamente o que a Agência Central de Inteligência (CIA) fez ocultamente durante décadas. Gasta 30 milhões de dólares por ano para apoiar partidos políticos, sindicatos, movimentos dissidentes e meios informativos em dezenas de países”, como esclareceu o professor e jornalista francês Salim Lamrani, na Opera Mundi. (1)
A respeito de sua participação no processo de desestabilização que a Venezuela vem vivendo desde a morte de Chávez em 5 de março de 2013 e que se agravou em fevereiro de 2014, o dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) Jorge Rodríguez divulgou uma conversa entre a deputada e o historiador Germán Carrera Damas sobre as ações da oposição diante dos resultados das eleições de 14 de abril de 2013 na Venezuela, nas quais Maduro venceu o opositor Henrique Capriles por uma pequena diferença de votos. Na ocasião, Capriles tentou não reconhecer a vitória de Maduro, mas diante do isolamento internacional de sua posição, teve que recuar. Posicionamento criticado por Corina. Assista ao vídeo abaixo:
Ela também menciona que o secretário geral da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, expôs, diante do Departamento de Estado dos Estados Unidos que o objetivo era provocar uma crise no país. O que, após certo empenho, conseguiram diante das “guarimbas”, barricadas violentas que provocaram a morte de mais de 30 pessoas no país.
De acordo com a transcrição do áudio feita pelo jornal Correo del Orinoco, na ocasião, Corina afirma que “Aveledo disse ao Departamento de Estado que a única maneira de sair disto [de um governo chavista], é provocar e acentuar uma crise. Um Golpe de Estado, um autogolpe, ou um processo de pressão e domesticação onde se gere um sistema de controle social total”. E segue em sua explanação: “temos que elevar o custo político destes vagabundos (SIC), começando pelos gringos e seguindo pelos colombianos e os brasileiros”.
Após o escândalo do áudio, ela confirmou suas intenções: “o que se escuta nesta gravação não revela mais do que já temos defendido em público. O áudio revela as bases desta Unidade Democrática”, argumentou Corina, que foi ao Peru e veio ao Brasil defender a democracia e denunciar atitudes “ditatoriais” do governo Maduro, bem como criticar a posição brasileira e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) na crise.
Maria Corina Machado se orgulha de ter apertado a mão do ex-presidente estadunidense Geoge W. Bush. O mesmo que Hugo Chávez chamara de demônio na ONU em 2006. Engenheira industrial, mãe de três filhos, Corina é líder da extrema direita venezuelana e está à frente do processo de desestabilização, ou golpe, contra o governo de Nicolás Maduro. Nesta quarta (2), ela veio ao Brasil dizer “verdades” sobre o governo bolivariano.
Com o mandato de deputada cassado por ter aceitado a oferta feita pelo governo panamenho para discursar — utilizando a cadeira do Panamá na Organização dos Estados Americanos (OEA) — a respeito da situação em seu país, ato considerado inconstitucional pela justiça venezuelana, Corina deu ao Senado brasileiro sua versão para os fatos ocorridos na Venezuela. Na próxima semana, os senadores escutarão a deputada governista Blanca Eekhout, uma das maiores liderança do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Para o governo venezuelano, tanto Corina, quanto Leopoldo López estão envolvidos com os atos violentos praticados no país nos últimos meses.
Em sua exposição na Comissão de Relações Exteriores no Senado, Maria Corina recebeu os cumprimentos do senador tucano Aécio Neves, a solidariedade da senadora Ana Amélia (PP-RS), flores do senador Ricardo Ferraço (PMDB) e os protestos da esquerda comandada por militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que a chamaram de golpista. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) desmascarou o vídeo sobre a crise na Venezuela exposto pela deputada, dizendo que o material é "uma montagem que até uma criança poderia ver". Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou documento no qual comprova que a deputada apoiou a tentativa de golpe contra Hugo Chávez em 2002.
Trajetória
Em 2002, Maria Corina figurou entre os que assinaram o decreto de Pedro Carmona Estanga que aboliu a Constituição aprovada por voto popular em 1999 e todas as instituições do Estado, enquanto Chávez era mantido em prisão militar na ilha La Orchila.
No mesmo ano, Corina, juntamente com Alejandro Plaz fundou o Súmate, “organização não governamental dedicada à promoção e defesa dos direitos políticos dos cidadãos”. Na prática, tanto a ONG como Corina ganharam notoriedade com a realização do referendo revogatório de 2004 que consultou a população a respeito da continuidade do governo do presidente Chávez. O mandatário venceu a consulta com ampla maioria, apesar das manipulações realizadas pela ONG.
A credibilidade do Súmate é contestada por muitos venezuelanos visto que um de seus principais financiadores é a NED (Fundação Nacional para a Democracia, por sua sigla em inglês). Segundo porta-vozes da entidade, até 2004, o aporte da NED ao Súmare foi de meio milhão de dólares. Tal mecanismo autodenominado um “projeto pró-democracia”, foi criado, segundo o New York Times “há 15 anos para levar a cabo publicamente o que a Agência Central de Inteligência (CIA) fez ocultamente durante décadas. Gasta 30 milhões de dólares por ano para apoiar partidos políticos, sindicatos, movimentos dissidentes e meios informativos em dezenas de países”, como esclareceu o professor e jornalista francês Salim Lamrani, na Opera Mundi. (1)
A respeito de sua participação no processo de desestabilização que a Venezuela vem vivendo desde a morte de Chávez em 5 de março de 2013 e que se agravou em fevereiro de 2014, o dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) Jorge Rodríguez divulgou uma conversa entre a deputada e o historiador Germán Carrera Damas sobre as ações da oposição diante dos resultados das eleições de 14 de abril de 2013 na Venezuela, nas quais Maduro venceu o opositor Henrique Capriles por uma pequena diferença de votos. Na ocasião, Capriles tentou não reconhecer a vitória de Maduro, mas diante do isolamento internacional de sua posição, teve que recuar. Posicionamento criticado por Corina. Assista ao vídeo abaixo:
Ela também menciona que o secretário geral da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, expôs, diante do Departamento de Estado dos Estados Unidos que o objetivo era provocar uma crise no país. O que, após certo empenho, conseguiram diante das “guarimbas”, barricadas violentas que provocaram a morte de mais de 30 pessoas no país.
De acordo com a transcrição do áudio feita pelo jornal Correo del Orinoco, na ocasião, Corina afirma que “Aveledo disse ao Departamento de Estado que a única maneira de sair disto [de um governo chavista], é provocar e acentuar uma crise. Um Golpe de Estado, um autogolpe, ou um processo de pressão e domesticação onde se gere um sistema de controle social total”. E segue em sua explanação: “temos que elevar o custo político destes vagabundos (SIC), começando pelos gringos e seguindo pelos colombianos e os brasileiros”.
Após o escândalo do áudio, ela confirmou suas intenções: “o que se escuta nesta gravação não revela mais do que já temos defendido em público. O áudio revela as bases desta Unidade Democrática”, argumentou Corina, que foi ao Peru e veio ao Brasil defender a democracia e denunciar atitudes “ditatoriais” do governo Maduro, bem como criticar a posição brasileira e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) na crise.
Cuba e Venezuela não tem a menor chance a não ser que Jesus volte ele mesmo não tem.
ResponderExcluirMiro, uma coisa que estou achando engraçado é o novelão do Datafolha, em outubro do ano passado o DATAFALHA resolveu fazer pesquisa UM dia depois do programa de tv do Eduardo Campos, isso dia 11 de outubro. Teve 15% naquela pesquisa e depois despencou para 11% em novembro quando não foi beneficiado pelo instituto.
ResponderExcluirEm 2014 a novela se repete, amanhã sai pesquisa deles depois de uma série de programas do Eduardo. É claro que ele vai ser beneficiado. E vai a campo justamente nos dias em que nossa querida presidenta é alvo de ataques por causa da Petrobras. Isto é um absurdo! Este instituto não é sério.
Fico preocupado os meus sobrinhos fazem direito e estudam nas melhores faculdades e são seguidores do JB o admiram suas ideias e atitudes e veem nele algo a ser seguido para mudar o Brasil fico a imaginar o que pensam os estudantes nas piores faculdades.
ResponderExcluirE aqui foi recebida pela fina flor do reacionarismo pátrio.
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