Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
O governo de São Paulo e a Sabesp colocaram a Grande São Paulo no maior risco de abastecimento de água da história. Se até outubro não voltarem as chuvas, o quadro será trágico. Esta foi a conclusão de três especialistas reunidos no programa Brasilianas.org – Paulo Canedo, da COPPE (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Mateus Simonato e Benedito Braga, Presidente do Conselho Mundial de Água, a mais importante instituições mundial do setor.
*****
Foram dois os erros centrais.
O primeiro, o não cumprimento dos termos acordados para a renovação da concessão do sistema Cantareira.
Em 2004 a ANA (Agência Nacional de Águas) e o DAE (Departamento de Águas e Energia do estado de São Paulo) renovaram para a Sabesp a outorga do sistema Cantareira. Pela outorga, a Sabesp deveria providenciar em até trinta meses "estudos e projetos que viabilizem a redução de sua dependência do Sistema Cantareira". E em doze meses, um plano de contingência para situações de emergência.
Nada foi feito. O prazo da concessão vence agora.
*****
Para o ex-presidente da ANA, Jerson Kelman, não havia como prever a maior seca da história. Mas já havia sinais claros no final do ano passado.
E aí se entra no segundo erro: nada foi feito quando eram evidentes os sinais de crise à vista.
De maio a dezembro de 2013 o nível do reservatório despencou 25 pontos percentuais - de 64% para 30% - ou seja, perdeu 53% de sua capacidade.
Foi uma queda alarmante. Mas não se adotou nenhuma medida preventiva e em abril, com o nível da represa abaixo de 20%, o governador Geraldo Alckmin ainda insistia em não adotar providências.
*****
Agora, a Sabesp vai retirar o chamado volume morto da represa. Trata-se de água mais profunda, que fica no fundo dos reservatórios.
Ontem, anunciou-se que o Ministério Público Estadual estaria questionando o uso da água, por vislumbrar riscos para a saúde.
Para Kelman – e para os participantes do programa – não há risco algum. Existe essa possibilidade em algumas hidrelétricas, não na Cantareira.
Apesar do nome aterrorizador – “volume morto” – trata-se apenas de água que corre abaixo da última janela de captação dos tubos que carreiam a água para o sistema Sabesp. Mas é água corrente normal.
Se a Justiça demorar a se pronunciar ou se negar o uso da água – na opinião de Kelman – a alternativa única será o racionamento imediato de água.
*****
Com o uso do volume morto, tem-se água até outubro. Se as chuvas não melhorarem, não haverá como fugir de um racionamento bravo. E as melhores previsões climáticas não avançam além do horizonte de três dias.
Portanto, é contar com São Paulo.
*****
As soluções definitivas não sairão antes de 2020.
Como toda grande região metropolitana, o quadro em São Paulo não é fácil. Há uma disponibilidade hídrica per capita inferior à do nordeste – devido ao grande adensamento populacional. E há um nível de consumo de primeiro mundo.
Agora, se terá que buscar água cada vez mais longe. Na fronteira oeste - diz Kelman - o rio Piracicaba já forneceu o que podia. Há o Paraíba do Sul, de onde se poderá tirar 5 m3 por segundo.
E resta a alternativa da fronteira sul, com o rio Juquiá. Lá, haverá conflito com a produção de energia. Mas a água sempre tem prioridade.
O governo de São Paulo e a Sabesp colocaram a Grande São Paulo no maior risco de abastecimento de água da história. Se até outubro não voltarem as chuvas, o quadro será trágico. Esta foi a conclusão de três especialistas reunidos no programa Brasilianas.org – Paulo Canedo, da COPPE (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Mateus Simonato e Benedito Braga, Presidente do Conselho Mundial de Água, a mais importante instituições mundial do setor.
*****
Foram dois os erros centrais.
O primeiro, o não cumprimento dos termos acordados para a renovação da concessão do sistema Cantareira.
Em 2004 a ANA (Agência Nacional de Águas) e o DAE (Departamento de Águas e Energia do estado de São Paulo) renovaram para a Sabesp a outorga do sistema Cantareira. Pela outorga, a Sabesp deveria providenciar em até trinta meses "estudos e projetos que viabilizem a redução de sua dependência do Sistema Cantareira". E em doze meses, um plano de contingência para situações de emergência.
Nada foi feito. O prazo da concessão vence agora.
*****
Para o ex-presidente da ANA, Jerson Kelman, não havia como prever a maior seca da história. Mas já havia sinais claros no final do ano passado.
E aí se entra no segundo erro: nada foi feito quando eram evidentes os sinais de crise à vista.
De maio a dezembro de 2013 o nível do reservatório despencou 25 pontos percentuais - de 64% para 30% - ou seja, perdeu 53% de sua capacidade.
Foi uma queda alarmante. Mas não se adotou nenhuma medida preventiva e em abril, com o nível da represa abaixo de 20%, o governador Geraldo Alckmin ainda insistia em não adotar providências.
*****
Agora, a Sabesp vai retirar o chamado volume morto da represa. Trata-se de água mais profunda, que fica no fundo dos reservatórios.
Ontem, anunciou-se que o Ministério Público Estadual estaria questionando o uso da água, por vislumbrar riscos para a saúde.
Para Kelman – e para os participantes do programa – não há risco algum. Existe essa possibilidade em algumas hidrelétricas, não na Cantareira.
Apesar do nome aterrorizador – “volume morto” – trata-se apenas de água que corre abaixo da última janela de captação dos tubos que carreiam a água para o sistema Sabesp. Mas é água corrente normal.
Se a Justiça demorar a se pronunciar ou se negar o uso da água – na opinião de Kelman – a alternativa única será o racionamento imediato de água.
*****
Com o uso do volume morto, tem-se água até outubro. Se as chuvas não melhorarem, não haverá como fugir de um racionamento bravo. E as melhores previsões climáticas não avançam além do horizonte de três dias.
Portanto, é contar com São Paulo.
*****
As soluções definitivas não sairão antes de 2020.
Como toda grande região metropolitana, o quadro em São Paulo não é fácil. Há uma disponibilidade hídrica per capita inferior à do nordeste – devido ao grande adensamento populacional. E há um nível de consumo de primeiro mundo.
Agora, se terá que buscar água cada vez mais longe. Na fronteira oeste - diz Kelman - o rio Piracicaba já forneceu o que podia. Há o Paraíba do Sul, de onde se poderá tirar 5 m3 por segundo.
E resta a alternativa da fronteira sul, com o rio Juquiá. Lá, haverá conflito com a produção de energia. Mas a água sempre tem prioridade.
Acho que este morto, vai matar Algkimin na reeleição, os tucanos são incopetentes, o FHC nos deixou o Apagão agora vem o SECÃO, dizem por ai que se deixar 2 tartarugas para um tucano cuidar, elas fogem, eu acho que não fogem, por que eles(tucano) matam as tartarugas para não cuidar.
ResponderExcluirE a imprensa de São Paulo abafando. E tentando colocar a culpa no povo.
ResponderExcluirPerigos do Volume Morto dos Tucanos/Sabesp que os Paulistanos começam a usar hoje-MERCÚRIO:metal que deteriora o sistema nervoso, causa perturbações motoras e sensitivas, tremores e demência.CHUMBO:causa alterações genéticas, ataca o sistema nervoso, a medula óssea e os rins, além de causar câncer.CÁDMIO:causa câncer de pulmão e de próstata, anemia e osteoporose.
ResponderExcluir