Por Bepe Damasco, em seu blog:
"Governos municipais e estaduais não existem mais no Brasil"
O título acima tomei emprestado do deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que durante uma palestra sobre o Marco Civil da Internet, na CUT-RJ, na noite desta quarta-feira, 14 de maio, usou essa expressão muito apropriada para mostrar a desfaçatez da cobertura midiática sobre os problemas atuais do Brasil. É que a julgar pelo insistência obsessiva da velha mídia de responsabilizar o governo federal por todas as mazelas do país, prefeitos e governadores tiveram seus mandatos cassados.
Tudo é culpa da presidenta Dilma. Greve dos professores da rede pública estadual e municipal do Rio? Culpa da Dilma e do PT. Greve dos vigilantes e rodoviários do Rio? Culpa da Dilma e do PT. Linchamentos como o que ceifou a vida de uma mulher no Guarujá? Culpa da Dilma e do PT. Protestos por melhorias na mobilidade urbana e contra o preço das passagens de ônibus? Seca de Cantareira, em São Paulo? Culpa da Dilma e do PT. Greve da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, na terra do oposicionista Eduardo Campos? Culpa da Dilma e do PT.
Essas manipulações grosseiras e orquestradas revelam uma tentativa desesperada do consórcio mídia golpista/PSDB/DEM/PPS/pseudos intelectuais de direita/setores do Judiciário e do MP de desmoralizar o governo federal, disseminando a desesperança e criando um ambiente eleitoral favorável à derrota da presidenta Dilma nas eleições do outubro.
No futuro, certamente essa quadra que vivemos será pautada pelos cursos de comunicação como um dos mais infames da história da imprensa brasileira. Só não dá para cravar que é mais infame porque logo vem à cabeça o cerco que levou Vargas ao suicídio, a luta dos barões da mídia contra a posse de Jango e o apoio decidido ao golpe de 1964.
Contudo, basta saber juntar A com B e ter mais de dois neurônios para perceber que quando o jornal O Globo, com sua vasta folha de serviços prestados às causas antidemocráticas e antipopulares, dedica uma primeira página inteirinha ao apoio à greves que pipocam em vários estados e chega a publicar um calendário de manifestações contra a Copa, alguma coisa está muito fora da ordem. Tirante os analfabetos políticos, os fanáticos antipetistas e a banda reaça até a medula e escravocrata da classe média, quem vai dar crédito a essa súbita conversão global às lutas trabalhistas e populares?
Esse é o ponto: estão indo longe demais e podem estar dando um tiro no pé. Senão vejamos: nunca antes na história deste país, um spot de alguns segundos de um partido na televisão virou manchete de capa de O Globo e teve grande destaque também no Estadão e na Folha. Sem falar nos espaços dedicados ao assunto nos telejornais da TV Globo, nos quais foram ouvidos os "especialistas" de sempre.
Bastou que o PT levasse ao ar uma peça inteligente e criativa de marketing político para causar um estrondo no mundo político conservador. Mas só causou tanto reboliço porque não era uma propaganda vazia. Ao contrário, tinha conteúdo. E um conteúdo avassalador para os neoliberais que sonham com a volta ao poder.
É que ao contrário do medo de Regina Duarte, em 2002, que apontava para as incertezas do futuro diante da iminência da derrota do seu candidato tucano, o medo de que fala o PT tem sólidas raízes na realidade. O povo brasileiro já o sentiu na pele pelos longos oito anos da era FHC. O esperneio midiático diante da simples comparação entre os governos do PT e do PSDB mostra mais uma vez que o monstro oposicionista tem pés de barro. Uma pena que o PT e o governo tenham passado tanto tempo rendidos, sem dispensar ao inimigo o tratamento adequado às circunstâncias, abdicando da contundência necessária nas respostas e no enfrentamento.
Contudo, como diz o Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, "é tarde, mão não muito tarde". Não custa lembrar que o monopólio midiático é quebrado nos períodos eleitorais, quando vai ao ar a propaganda gratuita de rádio e televisão, em horário nobre. E se a política, e não o marketing, estiver no posto de comando da propaganda do PT, Aécio Neves e seu aparato midiático têm muitos motivos para sentir medo da campanha eleitoral, afinal, Dilma terá o dobro de tempo de televisão do que seus adversários somados.
"Governos municipais e estaduais não existem mais no Brasil"
O título acima tomei emprestado do deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que durante uma palestra sobre o Marco Civil da Internet, na CUT-RJ, na noite desta quarta-feira, 14 de maio, usou essa expressão muito apropriada para mostrar a desfaçatez da cobertura midiática sobre os problemas atuais do Brasil. É que a julgar pelo insistência obsessiva da velha mídia de responsabilizar o governo federal por todas as mazelas do país, prefeitos e governadores tiveram seus mandatos cassados.
Tudo é culpa da presidenta Dilma. Greve dos professores da rede pública estadual e municipal do Rio? Culpa da Dilma e do PT. Greve dos vigilantes e rodoviários do Rio? Culpa da Dilma e do PT. Linchamentos como o que ceifou a vida de uma mulher no Guarujá? Culpa da Dilma e do PT. Protestos por melhorias na mobilidade urbana e contra o preço das passagens de ônibus? Seca de Cantareira, em São Paulo? Culpa da Dilma e do PT. Greve da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, na terra do oposicionista Eduardo Campos? Culpa da Dilma e do PT.
Essas manipulações grosseiras e orquestradas revelam uma tentativa desesperada do consórcio mídia golpista/PSDB/DEM/PPS/pseudos intelectuais de direita/setores do Judiciário e do MP de desmoralizar o governo federal, disseminando a desesperança e criando um ambiente eleitoral favorável à derrota da presidenta Dilma nas eleições do outubro.
No futuro, certamente essa quadra que vivemos será pautada pelos cursos de comunicação como um dos mais infames da história da imprensa brasileira. Só não dá para cravar que é mais infame porque logo vem à cabeça o cerco que levou Vargas ao suicídio, a luta dos barões da mídia contra a posse de Jango e o apoio decidido ao golpe de 1964.
Contudo, basta saber juntar A com B e ter mais de dois neurônios para perceber que quando o jornal O Globo, com sua vasta folha de serviços prestados às causas antidemocráticas e antipopulares, dedica uma primeira página inteirinha ao apoio à greves que pipocam em vários estados e chega a publicar um calendário de manifestações contra a Copa, alguma coisa está muito fora da ordem. Tirante os analfabetos políticos, os fanáticos antipetistas e a banda reaça até a medula e escravocrata da classe média, quem vai dar crédito a essa súbita conversão global às lutas trabalhistas e populares?
Esse é o ponto: estão indo longe demais e podem estar dando um tiro no pé. Senão vejamos: nunca antes na história deste país, um spot de alguns segundos de um partido na televisão virou manchete de capa de O Globo e teve grande destaque também no Estadão e na Folha. Sem falar nos espaços dedicados ao assunto nos telejornais da TV Globo, nos quais foram ouvidos os "especialistas" de sempre.
Bastou que o PT levasse ao ar uma peça inteligente e criativa de marketing político para causar um estrondo no mundo político conservador. Mas só causou tanto reboliço porque não era uma propaganda vazia. Ao contrário, tinha conteúdo. E um conteúdo avassalador para os neoliberais que sonham com a volta ao poder.
É que ao contrário do medo de Regina Duarte, em 2002, que apontava para as incertezas do futuro diante da iminência da derrota do seu candidato tucano, o medo de que fala o PT tem sólidas raízes na realidade. O povo brasileiro já o sentiu na pele pelos longos oito anos da era FHC. O esperneio midiático diante da simples comparação entre os governos do PT e do PSDB mostra mais uma vez que o monstro oposicionista tem pés de barro. Uma pena que o PT e o governo tenham passado tanto tempo rendidos, sem dispensar ao inimigo o tratamento adequado às circunstâncias, abdicando da contundência necessária nas respostas e no enfrentamento.
Contudo, como diz o Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, "é tarde, mão não muito tarde". Não custa lembrar que o monopólio midiático é quebrado nos períodos eleitorais, quando vai ao ar a propaganda gratuita de rádio e televisão, em horário nobre. E se a política, e não o marketing, estiver no posto de comando da propaganda do PT, Aécio Neves e seu aparato midiático têm muitos motivos para sentir medo da campanha eleitoral, afinal, Dilma terá o dobro de tempo de televisão do que seus adversários somados.
ISTO É MATÉRIA SÉRIA QUE TODOS DEVERIAM LER. POIS NOS TRAZ A BAILA COM TODAS AS LETRAS ESTA VERGONHA NACIONAL QUE SE CHAMA MONOPÓLIO DE IMPRENSA QUE A NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL NOS ARTIGOS 220 A 223 MANDA FAZER A LEI E ELIMINAR ESTE MONOPÓLIO.
ResponderExcluirÉ a mesma coisa que eu falo aqui em casa. De repente Prefeitos e Governadores simplesmente sumiram.
ResponderExcluirO PIG e a oposição estão apostando todas suas fichas nas manifestações de encomendada, visando ofuscar o brilhantismo de uma Copa do Mundo. Se pudessem, até antecipariam a eleição para o mês de julho. Que pena, a eleição será em outubro e as manchetes dos jornalões usadas nos programas eleitorais, atacando o governo desde 2003, não tem conseguido mudar o resultado da eleição. O PIG vai perder novamente. O povo não é bobo...
ResponderExcluirSomente agora após 500 anos descobriram a Copa, não olham o que foi e esta sendo feito nestes ultimos 13 anos, Coxinhas diga quanto ganhas para isto e lhe direi quanto perdes sendo manipulado.
ResponderExcluirdifícil encontrar isso na mídia vendida, como comunicador social, sinto-me de alma lavada
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