Por Altamiro Borges
A mídia tucana parece estar muita preocupada com a decisão do ex-presidente Lula de ser um ativo “cabo eleitoral da Dilma”, como ele afirmou na convenção nacional do PT neste final de semana. Nos jornalões e tevês, os “calunistas” apostam na cizânia e garantem que esta postura revela a fragilidade da atual ocupante do Palácio do Planalto. Recentemente, porém, o PSDB exibiu FHC num programa de TV e Aécio Neves jurou que o tucano-mor seria a estrela da campanha do partido. A mídia não fez qualquer crítica, talvez porque nem ela acreditasse que o mineiro cometeria este erro crasso. Pesquisa recente do Datafolha comprova que o ex-presidente é o pior cabo eleitoral do país e afasta eleitores.
Quando FHC foi acionado, a Folha tucana comentou: “Pela primeira vez desde que deixou o Palácio do Planalto, há 12 anos, Fernando Henrique Cardoso terá um depoimento seu levado ao ar como trunfo de uma campanha presidencial do PSDB... A decisão de levar FHC para a TV foi do próprio senador. Aécio disse a interlocutores que o partido não pode ter ‘medo’ de fazer uma leitura política correta e ‘altiva’ de seu passado, nem ‘vergonha’ de nada que fez. De acordo com pessoas próximas ao mineiro, ele tratou a exibição de Fernando Henrique como uma deferência pessoal ao ex-presidente, principal defensor de seu nome dentro e fora do partido para a eleição deste ano”.
Nas campanhas de 2002, 2006 e 2010, os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin decidiram esconder FHC, temendo a fuga de votos. Afinal, ele deixou o governo com índices medíocres de popularidade. Ele não apareceu nos programas de rádio e tevê e nem foi acionado para os comícios da campanha. Vaidoso, o ex-presidente ficou magoado, segundo as especulações da velha imprensa. Neste ano, porém, o PSDB parecia que iria mudar de tática. Segundo a mesma Folha, “os tucanos avaliam que a imagem dele se recuperou do desgaste e que o ex-presidente vive o seu melhor momento. Há ainda a expectativa de que a associação de Aécio a FHC envie uma mensagem de ‘confiança’ ao mercado financeiro”.
A pesquisa Datafolha do sábado retrasado, porém, fez desabar o otimismo dos tucanos e da mídia – que continuam bem distantes da realidade. Ela indicou que 57% dos entrevistados não votariam, “de jeito nenhum”, num candidato indicado por FHC. Outros 23% disseram que “talvez” até votassem num nome apoiado pelo grão-tucano. Para desespero da oposição, o levantamento ainda confirmou que Lula segue sendo o maior cabo eleitoral do país: 37% garantiram que votariam, “com certeza”, no candidato indicado pelo líder petista. A influência de Lula é ainda mais forte entre os eleitores de renda baixa (47%), menor escolaridade (49%) e do Nordeste (55%) – para a histeria total da “zelite”.
Daí o acerto do comando da campanha de Dilma Rousseff de explorar ao máximo a imagem de Lula na TV. Ele é querido pelo povo, que sabe que a sua situação melhorou nos últimos doze anos. No reinado tucano de FHC, o desemprego bateu recorde, o arrocho foi brutal e os direitos trabalhistas foram surrupiados. Já nas gestões de Lula e Dilma, apesar das crônicas desigualdades do Brasil, a vida dos trabalhadores melhorou, com a geração de emprego e renda e as políticas públicas de justiça social. Isto explica a bronca da mídia tucana. E fica a pergunta: será que Aécio Neves, o cambaleante tucano, vai mesmo levar FHC para a TV? Ou ele será novamente descartado como bagaço?
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Leia também:
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- Os bonecos de papelão de Aécio Neves
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- FHC e o "jeitinho" do PSDB
A mídia tucana parece estar muita preocupada com a decisão do ex-presidente Lula de ser um ativo “cabo eleitoral da Dilma”, como ele afirmou na convenção nacional do PT neste final de semana. Nos jornalões e tevês, os “calunistas” apostam na cizânia e garantem que esta postura revela a fragilidade da atual ocupante do Palácio do Planalto. Recentemente, porém, o PSDB exibiu FHC num programa de TV e Aécio Neves jurou que o tucano-mor seria a estrela da campanha do partido. A mídia não fez qualquer crítica, talvez porque nem ela acreditasse que o mineiro cometeria este erro crasso. Pesquisa recente do Datafolha comprova que o ex-presidente é o pior cabo eleitoral do país e afasta eleitores.
Quando FHC foi acionado, a Folha tucana comentou: “Pela primeira vez desde que deixou o Palácio do Planalto, há 12 anos, Fernando Henrique Cardoso terá um depoimento seu levado ao ar como trunfo de uma campanha presidencial do PSDB... A decisão de levar FHC para a TV foi do próprio senador. Aécio disse a interlocutores que o partido não pode ter ‘medo’ de fazer uma leitura política correta e ‘altiva’ de seu passado, nem ‘vergonha’ de nada que fez. De acordo com pessoas próximas ao mineiro, ele tratou a exibição de Fernando Henrique como uma deferência pessoal ao ex-presidente, principal defensor de seu nome dentro e fora do partido para a eleição deste ano”.
Nas campanhas de 2002, 2006 e 2010, os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin decidiram esconder FHC, temendo a fuga de votos. Afinal, ele deixou o governo com índices medíocres de popularidade. Ele não apareceu nos programas de rádio e tevê e nem foi acionado para os comícios da campanha. Vaidoso, o ex-presidente ficou magoado, segundo as especulações da velha imprensa. Neste ano, porém, o PSDB parecia que iria mudar de tática. Segundo a mesma Folha, “os tucanos avaliam que a imagem dele se recuperou do desgaste e que o ex-presidente vive o seu melhor momento. Há ainda a expectativa de que a associação de Aécio a FHC envie uma mensagem de ‘confiança’ ao mercado financeiro”.
A pesquisa Datafolha do sábado retrasado, porém, fez desabar o otimismo dos tucanos e da mídia – que continuam bem distantes da realidade. Ela indicou que 57% dos entrevistados não votariam, “de jeito nenhum”, num candidato indicado por FHC. Outros 23% disseram que “talvez” até votassem num nome apoiado pelo grão-tucano. Para desespero da oposição, o levantamento ainda confirmou que Lula segue sendo o maior cabo eleitoral do país: 37% garantiram que votariam, “com certeza”, no candidato indicado pelo líder petista. A influência de Lula é ainda mais forte entre os eleitores de renda baixa (47%), menor escolaridade (49%) e do Nordeste (55%) – para a histeria total da “zelite”.
Daí o acerto do comando da campanha de Dilma Rousseff de explorar ao máximo a imagem de Lula na TV. Ele é querido pelo povo, que sabe que a sua situação melhorou nos últimos doze anos. No reinado tucano de FHC, o desemprego bateu recorde, o arrocho foi brutal e os direitos trabalhistas foram surrupiados. Já nas gestões de Lula e Dilma, apesar das crônicas desigualdades do Brasil, a vida dos trabalhadores melhorou, com a geração de emprego e renda e as políticas públicas de justiça social. Isto explica a bronca da mídia tucana. E fica a pergunta: será que Aécio Neves, o cambaleante tucano, vai mesmo levar FHC para a TV? Ou ele será novamente descartado como bagaço?
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- FHC e o "jeitinho" do PSDB
Uma vez me disseram: "O bonde da história já passou para você!" em uma questão pessoal que não vêm ao caso agora.
ResponderExcluirNesta postagem bato de frente com a oportunidade de usar este chavão para Aécio Neves: "O bonde da história já passou para você caro amigo Aécio (tratamento com certeza também usado com sabedoria por Lula para com ele, o caro amigo Aécio, apesar de seu opositor político.).
E quando este bonde passou? Quando Aécio e seus fiéis correligionários partidários deixaram de se filiarem ao PMDB há alguns anos atrás. Pois os seus maiores inimigos políticos estão dentro do próprio PSDB.
Falando mais claramente, o PSDB paulista é inimigo do PSDB mineiro, seu único concorrente para a Presidência da República.
Vou citar dois fatos históricos que desconstroem desde muitos anos a imagem de Aécio Neves para o Brasil e um tanto em Minas Gerais, estado que, diga-se de passagem, ele fez uma das ou a melhor administração de Governo Estadual de todo o país nos derradeiros 20 anos.
Os fatos históricos foram os seguintes:
Primeiro; pó pará Aécio, frase plantada por um jornalista que não mais está entre nós e por isso não vou adentrar em seus deméritos, da frase, por que ele não pode se defender. Frase esta que circulou uma nada sutil insinuação na Internet que teria sido plantada a pedido de José Serra.
O segundo; E segundo, de atribuiição, o jornalista e político comunista radical do PCB Laerte Braga, candidato a prefeito de seu partido a prefeito de Juiz de Fora - MG na derradeira eleição para este pleito. No jornal Diário da Liberdade (Internet) na época da candidatura a Presidência da República do pleito passado, quando o PSDB paulista insistia no nome de Serra enquanto Aécio cavava candidatura própria. Em uma matéria sob o Título: Laerte Braga: ‘FHC diz a americanos que domou Aécio e que Nordeste não vai vencer São Paulo’, o jornalista afirma que Fernando Henrique Cardoso em 2010 numa reunião a portas fechadas no Hotel das Cataratas em Foz do Iguaçu, organizada por um dos diretores da Globo para investidores para as privatizações da Petrobrás, Correios e Banco do Brasil.
Caso seu candidato, José Serra, ao passar na convenção de seu partido e ganhasse a eleição para presidente, as faria, é, segundo Laerte Braga, José Serra faria as tais privatizações acima citadas.
Usando, FHC, como argumento para acalmar os ânimos dos investidores também o seguinte:
“Aécio está domado. É só um menino que acha que pode ser presidente por ser neto de Tancredo. É neto, não é Tancredo”.
Por isto eu digo que o "Bonde da história passou para Aécio Neves", porque como é que ele vai ganhar uma eleição para Presidente da República se os seus maiores concorrente estão dentro do próprio partido, o PSDB paulista.
Cujo político-mor nacional é FHC o mor-político do PSDB paulista. Que tempo de União é este que Aécio Neves convoca o eleitorado? Se a desunião vêm primeiro das atitudes, que valem mais do que qualquer palavra, do partido dele, o PSDB, paulista.
Como FHC vai ser garoto propaganda de Aécio depois de ter afirmado o que afirmou sobre ele?
Independente das suas rejeições nas pesquisas. Que crédito ele teria?
Dentro deste quadro político só resta uma saída para eles, FHC e José Serra, saída mesmo, da política e principalmente do PSDB.
Para daí sim darem início a uma renovação começando com o exemplo dentro de casa. Ganhando crédito, por mérito, para o chavão "É tempo de União" de Aécio Neves.