Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Macumba ideológica: uma receita de como defender o indefensável e impedir as mudanças.
Confiram:
1. FIFA e CBF manobrando interesses gigantescos do marketing esportivo e dos direitos de transmissão montaram uma estrutura mundial de corrupção.
2. Aí, a CBF impõe ao Brasil o maior vexame futebolístico da história.
3. O efeito positivo é abrir a discussão para reformular o futebol brasileiro.
4. Reformulação passa por definir futebol como política pública. Ou seja, criar uma agência reguladora, acabar com os abusos de poder econômico da CBF, impor uma lei fiscal para os clubes, definir uma legislação que liquide, de vez, com o poder corrupto da CBF, acabar com a eternização dos dirigentes esportivos e coibir a cooptação esportiva nas eleições da entidade.
5. Basta, no entanto, levantar uma palavrinha mágica - Futebobras - para desviar totalmente a discussão. É estatização, não é estatização. Repórteres atilados - desses que conseguiram montar matérias sobre a estratégia do Planalto para enfrentar a derrota de 7 x 1 mal o jogo tinha acabado – alimentam a fogueira, dizendo que a presidente puxou a orelha do Ministro dos Esportes pelo fato de ele ter sugerido a estatização. Apesar do episódio Pasadena mostrar que tudo é possível, duvido que Dilma tenha embarcado nessa jogada.
6. Regulação é elemento central de funcionamento de qualquer mercado. E a regulação sempre é encaminhada pelo Executivo.
7. Disse-não-disse-porque disse-se não disse e agora a discussão vem para o nível abaixo da terra, onde costuma ser enterrada qualquer ideia que signifique modernização do país.
Quando escrevi “O caso de Veja” (clique aqui) contei como se dava a esperteza do macartismo, da ideologização rasteira. Monte a teoria conspiratória, crie a ameaça vermelha. Depois, aproveite a radicalização para jogar para debaixo do manto macartista todas as jogadas e malandragens do seu interesse.
Enfrentar uma organização suspeita, agora, passa a ser estatização. Conte outra!
O futebol conseguiu colocar na sala do poder a mais corrupta estrutura da vida pública brasileira. O homem que comanda a CBF é amigo do Aécio; o dirigente que implodiu o Clube dos 13 é amigo de Lula.
Espera-se que a inclusão da CBF entre os valores de mercado desta vez não cole. A CBF não representa o mercado, não representa o setor privado e não representa a modernização. É como o jogo de bicho para as escolas de samba.
Um princípio básico do papel da lei na democracia: "entre o forte e o fraco é a liberdade que escraviza e é a lei que liberta". O forte é a CBF e a cadeia improdutiva dos patrocínios e das transmissões.
Macumba ideológica: uma receita de como defender o indefensável e impedir as mudanças.
Confiram:
1. FIFA e CBF manobrando interesses gigantescos do marketing esportivo e dos direitos de transmissão montaram uma estrutura mundial de corrupção.
2. Aí, a CBF impõe ao Brasil o maior vexame futebolístico da história.
3. O efeito positivo é abrir a discussão para reformular o futebol brasileiro.
4. Reformulação passa por definir futebol como política pública. Ou seja, criar uma agência reguladora, acabar com os abusos de poder econômico da CBF, impor uma lei fiscal para os clubes, definir uma legislação que liquide, de vez, com o poder corrupto da CBF, acabar com a eternização dos dirigentes esportivos e coibir a cooptação esportiva nas eleições da entidade.
5. Basta, no entanto, levantar uma palavrinha mágica - Futebobras - para desviar totalmente a discussão. É estatização, não é estatização. Repórteres atilados - desses que conseguiram montar matérias sobre a estratégia do Planalto para enfrentar a derrota de 7 x 1 mal o jogo tinha acabado – alimentam a fogueira, dizendo que a presidente puxou a orelha do Ministro dos Esportes pelo fato de ele ter sugerido a estatização. Apesar do episódio Pasadena mostrar que tudo é possível, duvido que Dilma tenha embarcado nessa jogada.
6. Regulação é elemento central de funcionamento de qualquer mercado. E a regulação sempre é encaminhada pelo Executivo.
7. Disse-não-disse-porque disse-se não disse e agora a discussão vem para o nível abaixo da terra, onde costuma ser enterrada qualquer ideia que signifique modernização do país.
Quando escrevi “O caso de Veja” (clique aqui) contei como se dava a esperteza do macartismo, da ideologização rasteira. Monte a teoria conspiratória, crie a ameaça vermelha. Depois, aproveite a radicalização para jogar para debaixo do manto macartista todas as jogadas e malandragens do seu interesse.
Enfrentar uma organização suspeita, agora, passa a ser estatização. Conte outra!
O futebol conseguiu colocar na sala do poder a mais corrupta estrutura da vida pública brasileira. O homem que comanda a CBF é amigo do Aécio; o dirigente que implodiu o Clube dos 13 é amigo de Lula.
Espera-se que a inclusão da CBF entre os valores de mercado desta vez não cole. A CBF não representa o mercado, não representa o setor privado e não representa a modernização. É como o jogo de bicho para as escolas de samba.
Um princípio básico do papel da lei na democracia: "entre o forte e o fraco é a liberdade que escraviza e é a lei que liberta". O forte é a CBF e a cadeia improdutiva dos patrocínios e das transmissões.
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