Por Altamiro Borges
A pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (17) mostra o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) com 54% das intenções de voto, o que lhe garantiria a reeleição já no primeiro turno. Seus dois principais concorrentes parecem não incomodar. Paulo Skaf, presidente licenciado da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e postulante do PMDB, caiu de 21 para 16%; já o petista Alexandre Padilha manteve o mesmo índice da sondagem anterior – com 4% das intenções de voto. Diante desta fotografia do momento, alguns simpatizantes do tucanato já afirmam que o governador é imbatível. Recentemente, o jornalista Josias de Souza, da Folha, escreveu que o Geraldo Alckmin “tornou-se um candidato-teflon. Nada gruda!”.
Blindado pela mídia tucana, o governador realmente parece um teflon. Tanto que a avaliação positiva da sua gestão subiu de 41 para 46%. O resultado parece estranho. Afinal, São Paulo vive um período de enormes dificuldades. Há o risco de que mais de 8 milhões de moradores da região metropolitana fiquem sem água nas torneiras até o final do ano. Já na segurança pública, os índices de roubos e homicídios são elevados e assustadores. No quesito transporte, o Metrô dá sinais de esgotamento, sempre lotado e com falhas de manutenção quase diárias. A famosa locomotiva paulista, fator dinâmico da economia brasileira, emperrou na gestão tucana, que já dura quase duas décadas.
Além do choque de indigestão, crescem as denúncias do envolvimento de tucanos de alta plumagem em esquemas bilionários de corrupção. O escândalo do “cartel dos trens” – como a mídia amiga trata a relação promíscua entre poderosas multinacionais do setor de transporte e secretários dos cinco últimos governos do PSDB no estado – confirma a montagem de um antigo esquema de Caixa-2 de campanha, que também serviu para enricar alguns tucanos. Robson Marinho é um dos principais envolvidos, mas ele integra exatamente o Tribunal de Contas do Estado – é a raposa tomando conta do galinheiro. Pelo interior, vários tucaninhos também se chafurdam na lama da corrupção.
Estes e outros fatos gravíssimos tendem a arranhar a imagem de “teflon” – ou de “picolé de chuchu”, segundo o irreverente José Simão – de Geraldo Alckmin durante a campanha eleitoral. A partir de 19 de agosto, no programa de rádio e tevê – que felizmente ainda não é controlado pela mídia tucana – muitas verdades poderão ser ditas e repetidas. Caberá à oposição, em especial a Alexandre Padilha, uma postura corajosa de denúncia dos estragos causados pelo tucanato em São Paulo. A conversa fiada de alguns marqueteiros, de que a propaganda deve ser apenas propositiva, não se encaixa numa disputa tão difícil e que terá fortes reflexos, inclusive, na disputa presidencial.
Como disse Lula no comício de apoio a Alexandre Padilha na sexta-feira (18), é preciso desmascarar a desastrosa gestão do PSDB em São Paulo. “Nem água para beber os tucanos estão garantindo ao povo... Eu não sei quantos banhos por dia está tomando o governador, mas tenho certeza de que na periferia as pessoas não estão tomando banho para ter água pra lavar roupa ou lavar a louça”. Para o líder petista, é fundamental que a campanha desmonte a blindagem da mídia. “Eu fico imaginando se São Paulo fosse governado pelo PT, o que a imprensa já teria feito com esse governador”. A batalha está apenas começando e as pesquisas não devem abater o ânimo. Alckmin não é imbatível!
*****
Leia também:
- Metrô de SP: a greve e o caos tucano
- Mídia tucana abafa crise da água em SP
- CPI dos Pedágios e o cinismo tucano
- Robson Marinho, o tucano intocável
- O patrimônio dos citados no "trensalão"
- Freio tucano: Alckmin atola São Paulo
- Folha dá água para Alckmin
A pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (17) mostra o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) com 54% das intenções de voto, o que lhe garantiria a reeleição já no primeiro turno. Seus dois principais concorrentes parecem não incomodar. Paulo Skaf, presidente licenciado da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e postulante do PMDB, caiu de 21 para 16%; já o petista Alexandre Padilha manteve o mesmo índice da sondagem anterior – com 4% das intenções de voto. Diante desta fotografia do momento, alguns simpatizantes do tucanato já afirmam que o governador é imbatível. Recentemente, o jornalista Josias de Souza, da Folha, escreveu que o Geraldo Alckmin “tornou-se um candidato-teflon. Nada gruda!”.
Blindado pela mídia tucana, o governador realmente parece um teflon. Tanto que a avaliação positiva da sua gestão subiu de 41 para 46%. O resultado parece estranho. Afinal, São Paulo vive um período de enormes dificuldades. Há o risco de que mais de 8 milhões de moradores da região metropolitana fiquem sem água nas torneiras até o final do ano. Já na segurança pública, os índices de roubos e homicídios são elevados e assustadores. No quesito transporte, o Metrô dá sinais de esgotamento, sempre lotado e com falhas de manutenção quase diárias. A famosa locomotiva paulista, fator dinâmico da economia brasileira, emperrou na gestão tucana, que já dura quase duas décadas.
Além do choque de indigestão, crescem as denúncias do envolvimento de tucanos de alta plumagem em esquemas bilionários de corrupção. O escândalo do “cartel dos trens” – como a mídia amiga trata a relação promíscua entre poderosas multinacionais do setor de transporte e secretários dos cinco últimos governos do PSDB no estado – confirma a montagem de um antigo esquema de Caixa-2 de campanha, que também serviu para enricar alguns tucanos. Robson Marinho é um dos principais envolvidos, mas ele integra exatamente o Tribunal de Contas do Estado – é a raposa tomando conta do galinheiro. Pelo interior, vários tucaninhos também se chafurdam na lama da corrupção.
Estes e outros fatos gravíssimos tendem a arranhar a imagem de “teflon” – ou de “picolé de chuchu”, segundo o irreverente José Simão – de Geraldo Alckmin durante a campanha eleitoral. A partir de 19 de agosto, no programa de rádio e tevê – que felizmente ainda não é controlado pela mídia tucana – muitas verdades poderão ser ditas e repetidas. Caberá à oposição, em especial a Alexandre Padilha, uma postura corajosa de denúncia dos estragos causados pelo tucanato em São Paulo. A conversa fiada de alguns marqueteiros, de que a propaganda deve ser apenas propositiva, não se encaixa numa disputa tão difícil e que terá fortes reflexos, inclusive, na disputa presidencial.
Como disse Lula no comício de apoio a Alexandre Padilha na sexta-feira (18), é preciso desmascarar a desastrosa gestão do PSDB em São Paulo. “Nem água para beber os tucanos estão garantindo ao povo... Eu não sei quantos banhos por dia está tomando o governador, mas tenho certeza de que na periferia as pessoas não estão tomando banho para ter água pra lavar roupa ou lavar a louça”. Para o líder petista, é fundamental que a campanha desmonte a blindagem da mídia. “Eu fico imaginando se São Paulo fosse governado pelo PT, o que a imprensa já teria feito com esse governador”. A batalha está apenas começando e as pesquisas não devem abater o ânimo. Alckmin não é imbatível!
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Tenho 45 anos e sempre votei em candidatos do PT, com exceção da última eleição que votei na Erundina. Se o PT não for pra cima do PSDB nessa e fizer aquele marketing branquinho, tipo paz e amor, vou repensar e anular meu voto no Estado.
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