Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kostcho:
Três institutos estão com pesquisas em campo neste momento para medir os efeitos da Copa no Brasil na campanha presidencial: Ibope, Datafolha e o mineiro Sensus. É grande a ansiedade nas redações do Instituto Millenium, que apostaram tudo no fracasso do evento, e agora esperam que a decepção causada pela seleção brasileira abale a recandidatura da presidente Dilma Rousseff. Em lugar do anunciado caos, tivemos a maior festa do futebol mundial em todos os tempos.
"Vai sobrar para ela?", pergunta discretamente a "Veja" desta semana, com Dilma na capa, e já vai logo dando a resposta, em 17 páginas que não deixam dúvidas: sim, apesar do retumbante sucesso do governo federal na organização do evento, a presidente vai pagar a conta pelo "azedume geral", após as biabada de 7 a 1 que tomamos da Alemanha.
À beira da histeria e sem medo de cair no ridículo, alguns colunistas e editores renomados chegaram a apostar na vitória da Argentina para que Dilma passasse a "suprema vergonha" de entregar a taça a Messi, capitão do nosso "maior inimigo". A Copa do Mundo ficou com a Alemanha e eles perderam mais uma.
Os números divulgados nesta terça-feira pelo Datafolha com a avaliação dos turistas estrangeiros sobre a Copa no Brasil foram mais um balde de água fria para a urubuzada, que esperneia, mas não desiste: 92% gostaram do conforto e da segurança nos estádios, 83% elogiaram a organização, 82% sentiram-se seguros e 69% responderam que gostariam de morar no nosso país.
Chega a ser comovente a ginástica feita nos últimos dias por certos coleguinhas para inverter o resultado do jogo depois que a Copa acabou, jogando no colo de Dilma o fracasso dentro de campo e atribuindo o sucesso fora dele a outras instâncias, como se o governo não tivesse nada com isso. Em lugar de publicar um imenso "ERRAMOS" coletivo e pedir desculpas ao distinto público, brigam com os fatos e nos mandam esquecer tudo o que escreveram ou falaram antes. São uns pândegos.
Sem piscar o olho, com aquela vozinha fina inconfundível, o senador José Agripino Maia, presidente do moribundo DEM e coordenador geral da campanha do presidenciável Aécio Neves, teve a coragem de dizer, em resposta à prestação de contas feita pelo governo, que quem garantiu tudo, das obras de infraestrutura aos estádios, foi a iniciativa privada.
Queimado este cartucho, só resta à oposição midiático-partidária-empresarial jogar no quanto pior, melhor, na área econômica, mas isto poderá não pegar muito bem com o eleitorado, que seria o maior prejudicado.
Na minha modesta avaliação, pelo que ouço por aí, apesar de toda torcida em contrário, nenhum candidato ganhou ou perdeu muito com a Copa no Brasil e tudo deve continuar mais ou menos como estava era antes da bola rolar no Mundial. Se as pesquisas apontarem um empate em 0 a 0, a vantagem seria de Dilma, que lidera as pesquisas, com larga vantagem sobre os dois principais concorrentes. Qualquer outro resultado para mim seria zebra.
Três institutos estão com pesquisas em campo neste momento para medir os efeitos da Copa no Brasil na campanha presidencial: Ibope, Datafolha e o mineiro Sensus. É grande a ansiedade nas redações do Instituto Millenium, que apostaram tudo no fracasso do evento, e agora esperam que a decepção causada pela seleção brasileira abale a recandidatura da presidente Dilma Rousseff. Em lugar do anunciado caos, tivemos a maior festa do futebol mundial em todos os tempos.
"Vai sobrar para ela?", pergunta discretamente a "Veja" desta semana, com Dilma na capa, e já vai logo dando a resposta, em 17 páginas que não deixam dúvidas: sim, apesar do retumbante sucesso do governo federal na organização do evento, a presidente vai pagar a conta pelo "azedume geral", após as biabada de 7 a 1 que tomamos da Alemanha.
À beira da histeria e sem medo de cair no ridículo, alguns colunistas e editores renomados chegaram a apostar na vitória da Argentina para que Dilma passasse a "suprema vergonha" de entregar a taça a Messi, capitão do nosso "maior inimigo". A Copa do Mundo ficou com a Alemanha e eles perderam mais uma.
Os números divulgados nesta terça-feira pelo Datafolha com a avaliação dos turistas estrangeiros sobre a Copa no Brasil foram mais um balde de água fria para a urubuzada, que esperneia, mas não desiste: 92% gostaram do conforto e da segurança nos estádios, 83% elogiaram a organização, 82% sentiram-se seguros e 69% responderam que gostariam de morar no nosso país.
Chega a ser comovente a ginástica feita nos últimos dias por certos coleguinhas para inverter o resultado do jogo depois que a Copa acabou, jogando no colo de Dilma o fracasso dentro de campo e atribuindo o sucesso fora dele a outras instâncias, como se o governo não tivesse nada com isso. Em lugar de publicar um imenso "ERRAMOS" coletivo e pedir desculpas ao distinto público, brigam com os fatos e nos mandam esquecer tudo o que escreveram ou falaram antes. São uns pândegos.
Sem piscar o olho, com aquela vozinha fina inconfundível, o senador José Agripino Maia, presidente do moribundo DEM e coordenador geral da campanha do presidenciável Aécio Neves, teve a coragem de dizer, em resposta à prestação de contas feita pelo governo, que quem garantiu tudo, das obras de infraestrutura aos estádios, foi a iniciativa privada.
Queimado este cartucho, só resta à oposição midiático-partidária-empresarial jogar no quanto pior, melhor, na área econômica, mas isto poderá não pegar muito bem com o eleitorado, que seria o maior prejudicado.
Na minha modesta avaliação, pelo que ouço por aí, apesar de toda torcida em contrário, nenhum candidato ganhou ou perdeu muito com a Copa no Brasil e tudo deve continuar mais ou menos como estava era antes da bola rolar no Mundial. Se as pesquisas apontarem um empate em 0 a 0, a vantagem seria de Dilma, que lidera as pesquisas, com larga vantagem sobre os dois principais concorrentes. Qualquer outro resultado para mim seria zebra.
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