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A partir desta semana, abre-se nova etapa da campanha eleitoral, com o início da propaganda partidária no rádio e na televisão.
Importante conquista democrática, a propaganda eleitoral de rádio e TV é necessária para que os candidatos fiquem conhecidos do grande público. Não somente os que disputam os cargos majoritários – a Presidência da República, os governos estaduais e as cadeiras do Senado -, mas também os milhares de candidatos a deputado estadual e federal.
O período da propaganda pelo rádio e a TV é um momento crucial da campanha eleitoral. É nesta fase que a disputa entra nos lares de milhões de brasileiros e desperta a atenção do eleitor para o que está em jogo. A propaganda por meio dos grandes meios de comunicação não exclui as mobilizações nas ruas, as panfletagens, as visitas aos bairros, os comícios, enfim, todas as formas de contato direto com o eleitor, mas nas condições atuais é inegável o seu peso estratégico e decisivo.
É natural que em tais condições, as técnicas publicitárias, a estética, o apuro na forma e os fatores circunstanciais e emocionais ganhem relevo, principalmente nos primeiros dias. É forte também a tendência a centralizar a propaganda nas qualidades pessoais dos candidatos. Tudo isso pode facilitar a assimilação da mensagem pelo eleitorado.
Mas é preciso não cair na armadilha da despolitização e desqualificação da luta de ideias, caminho fácil numa sociedade e numa época fortemente influenciadas pelos meios de comunicação, em que as pessoas são submetidas à ditadura do mercado e a padrões culturais pasteurizados. O menoscabo à grande política, ao embate ideológico, ao debate programático é um dos recursos das classes dominantes reacionárias para manter as amplas massas populares distantes da tomada de consciência da natureza e causa dos problemas que lhes afligem e mais distante ainda da compreensão sobre os caminhos para sua solução.
Do ponto de vista das forças progressistas, na propaganda de rádio e TV vale muito o debate programático, a comparação de projetos, a discussão dos cruciais problemas brasileiros.
O que está em jogo nestas eleições é se o Brasil continuará trilhando o caminho do aprofundamento da democracia, do desenvolvimento com justiça social, do reforço da soberania nacional, da integração regional e empenho por uma nova ordem mundial, de paz e democratização das relações internacionais; ou se optará por uma regressão civilizacional, um retorno à era de entreguismo, violação de direitos sociais e mutilação da democracia, como foi o período que o País atravessou sob o governo tucano.
Desde o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e durante o mandato da presidenta Dilma Rousseff, o Brasil avançou em todos os terrenos. A mandatária e candidata à reeleição tem um balanço riquíssimo de realizações. É indispensável que a propaganda eleitoral no rádio e na TV evidencie esta realidade, que a mídia conservadora procura esconder e deturpar, e faça a necessária comparação com o período de retrocesso do governo tucano. Igualmente, o debate de ideias no rádio e na TV deve explicitar a luta entre os dois caminhos que se oferecem na atual conjuntura – avançar com mais mudanças e reformas estruturais democráticas ou sucumbir às pressões e chantagens do imperialismo e da burguesia monopolista-financeira, com políticas neoliberais, conservadoras e de arrocho, tão prejudiciais aos interesses nacionais e das massas populares.
A propaganda no rádio e na TV é um momento propício também à campanha dos candidatos e partidos de esquerda às casas legislativas, principalmente a Câmara Federal. Nunca o Brasil precisou tanto de uma esquerda lúcida, consequente, vibrante e combativa, pela mensagem que transmite e a simbologia com que se revela ao grande público.
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