sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Preconceito e a loucura dos colunistas

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Tão deprimente quanto as manifestações violentamente preconceituosas contra nordestinos após o resultado da eleição presidencial é identificar em muitos dos tuítes e posts raivosos o DNA da intolerância de alguns colunistas e jornalistas.

Não se enganem, colegas. Esses crimes virtuais cometidos por zumbis incapazes de enxergar no outro um ser humano detentor do mesmo direito à dignidade foram alimentados por argumentos construídos e divulgados, ao longo do tempo, por pessoas que não se preocuparam com o resultado negativo de seus discursos. Mas, autoproclamando-se arautos da decência, sabem que são norte intelectual para muita gente.

Liberdade de expressão não é um direito fundamental absoluto. Não há direitos fundamentais absolutos. Pois a partir do momento em que alguém abusa de sua liberdade de expressão, indo além de expor a sua opinião, espalhando o ódio e incitando à violência, isso pode trazer consequências mais graves à vida de outras pessoas.

Como aqui já disse, liberdade de expressão não admite censura prévia. A lei garante que as pessoas não sejam proibidas de dizer o que pensam. Mas também afirma que elas são responsáveis pelo impacto causado pela divulgação de suas opiniões.

Esconder-se atrás da justificativa da “liberdade de expressão'' para a depreciação da dignidade humana é, portanto, a mais pura covardia.

Afinal, o exercício das liberdades pressupõe responsabilidade. Quem não consegue conviver com isso, não deveria nem fazer parte do debate público, recolhendo-se junto com sua raiva e ódio ao seu cantinho.

3 comentários:

  1. Sou paulista, e lamento que este Estado não tenha um senador desse naipe. Impossível São Paulo ficar mumificado em termos de senadores. A atual bancada paulista é contra o desenvolvimento, por questões históricas. Esse vídeo publicado pela TV Afiada deveria ser mostrado nas escolas como uma aula de democracia. Parabéns Senador Arruda e parabéns ao blog do Paulo Henrique Amorim pela postagem.

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  2. Intervenção psiquiátrica já. E com camisas-de-força bem resistentes.

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