Nesta segunda-feira (22), a Folha tucana garantiu mais uma capa para o cambaleante Aécio Neves. O tucano até parece que venceu o pleito de outubro, tamanha a generosidade dos barões da mídia. Mais uma vez, o derrotado mostrou-se magoado com a surra na eleição. Para ele, o novo governo Dilma será um desastre - "ele vai provar do seu próprio veneno". Na entrevista, porém, o senador mineiro-carioca fez duas afirmações curiosas. Disse que não há mais espaço para a proposta do impeachment da presidenta, como insistem alguns brucutus do PSDB, pitbulls da mídia e fascistóides exóticos. E insinuou que não será candidato em 2018. Será que Aécio Neves já superou a embriaguez... eleitoral?
Sobre a tese do impeachment, ele foi taxativo: "Não trabalho com essa hipótese". Já sobre as marchas em defesa de um golpe militar, o neto de Tancredo Neves mostrou-se preocupado com seus reflexos negativos: "Não podemos permitir que os saudosistas do autoritarismo se transformem agora nos nossos black blocs e inibam manifestações democráticas". Ele também garantiu que não pretende ir aos protestos contra Dilma Rousseff organizados por Lobão e alguns grupelhos fascistas. "Não tenho programação para isso". O patético roqueiro deve ter ficado novamente com cara de otário!
Já sobre o seu futuro político, Aécio Neves parece que sentiu que o seu espaço no ninho tucano tende a diminuir com a derrota na disputa presidencial e a surra em Minas Gerais. Apesar das bravatas, ele sabe que não está com esta bola toda. "O senhor pensa em ser candidato novamente", pergunta o tão afável jornalista da Folha. "Não mesmo. Talvez já tenha cumprido o meu papel. O candidato vai ser aquele que tiver as melhores condições de enfrentar o governo. Meu papel é manter a oposição forte. O governador de São Paulo [Geraldo Alckmin] é um nome colocado e tem todas as condições".
Após estas afirmações aparentemente sóbrias - para quem estava tão alterado com o resultado das urnas -, alguns analistas políticos concluíram que o atual presidente do PSDB recuou e voltará às suas origens de conciliador, retomando as tradições do seu avô Tancredo Neves. A conferir! Na própria entrevista, Aécio Neves destila um bocado de veneno. Chega a fazer ironias com o "neoliberalismo petista" e garante que "o PT, pela primeira vez, enfrentará uma oposição que reflete o sentimento de uma sociedade". A sua surpreendente sobriedade talvez reflita apenas o espírito natalino!
*****
Leia também:
kidiota esse aéreo neves
ResponderExcluir