Por Izaías Almada
Ainda tenho viva na memória a lembrança dos dois encontros da candidata Dilma Roussef à reeleição com artistas e intelectuais brasileiros. Um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. Ambos com os respectivos anfiteatros lotados e mais alguns milhares de pessoas nas ruas em apoio a uma candidatura que vinha sendo ameaçada por uma vitória da direita. Aliás, o mesmo se deu na eleição de 2010, que chegou a contar com a presença de Oscar Niemeyer ainda em cadeira de rodas
Eram milhares de pessoas ligadas às várias atividades artísticas e ao saber, acadêmico ou não, a emprestarem sua solidariedade a uma pessoa que sofria ataques diários da mídia e de seus adversários políticos, numa campanha que fazia vir à tona o ódio de classe.
Reeleita, a presidente, após ligeiro e merecido descanso, se dedicou à formação de um novo ministério, sob bombardeio e pressão da mídia direitista e a grande expectativa de todos aqueles que, acusados de “vagabundos, corruptos e desinformados”, votarem em Dilma e no PT.
Do dia 26 de outubro passado até hoje, dia 29 de dezembro já no final da tarde, uma enorme interrogação se colocou sobre o palácio do Planalto, já que centenas de análises feitas nacional e internacionalmente, ainda não deram conta de “adivinhar” como será o segundo mandado de Dilma Roussef. Tende ao centro? Será mais à esquerda? Favorecerá à direita?
Tarefa difícil mesmo para quem está acostumado à dança das cadeiras na política brasileira. No Brasil, infelizmente, troca-se de partido político e de ideologia como se troca de roupa.
Ministros não são necessariamente indicados e nomeados pelas suas competências ou pela experiência naquela área específica da administração do país. São cotas distribuídas entre os partidos e o presidente, o que - muitas vezes cria alguns curtos circuitos nas relações institucionais.
Na minha área de atuação, o que chama a atenção é o desapreço com que é tratada a área da cultura, cujo representante é sempre um dos últimos, senão mesmo o último, a ser indicado para o cargo de ministro.
Cultura? O que é isso? Ah, sim, aquele negócio de novelas, música sertaneja, hip-hop, feira de livro e bienais de arte? Claro, claro, vejam aí uma pessoa bem relacionada nessas áreas, se possível alguém ligado às camadas mais populares.
E daqui a quatro anos estaremos todos saltando nos teatros Casa Grande e Tuca e cantando: quem não pula é tucano!
Ainda tenho viva na memória a lembrança dos dois encontros da candidata Dilma Roussef à reeleição com artistas e intelectuais brasileiros. Um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. Ambos com os respectivos anfiteatros lotados e mais alguns milhares de pessoas nas ruas em apoio a uma candidatura que vinha sendo ameaçada por uma vitória da direita. Aliás, o mesmo se deu na eleição de 2010, que chegou a contar com a presença de Oscar Niemeyer ainda em cadeira de rodas
Eram milhares de pessoas ligadas às várias atividades artísticas e ao saber, acadêmico ou não, a emprestarem sua solidariedade a uma pessoa que sofria ataques diários da mídia e de seus adversários políticos, numa campanha que fazia vir à tona o ódio de classe.
Reeleita, a presidente, após ligeiro e merecido descanso, se dedicou à formação de um novo ministério, sob bombardeio e pressão da mídia direitista e a grande expectativa de todos aqueles que, acusados de “vagabundos, corruptos e desinformados”, votarem em Dilma e no PT.
Do dia 26 de outubro passado até hoje, dia 29 de dezembro já no final da tarde, uma enorme interrogação se colocou sobre o palácio do Planalto, já que centenas de análises feitas nacional e internacionalmente, ainda não deram conta de “adivinhar” como será o segundo mandado de Dilma Roussef. Tende ao centro? Será mais à esquerda? Favorecerá à direita?
Tarefa difícil mesmo para quem está acostumado à dança das cadeiras na política brasileira. No Brasil, infelizmente, troca-se de partido político e de ideologia como se troca de roupa.
Ministros não são necessariamente indicados e nomeados pelas suas competências ou pela experiência naquela área específica da administração do país. São cotas distribuídas entre os partidos e o presidente, o que - muitas vezes cria alguns curtos circuitos nas relações institucionais.
Na minha área de atuação, o que chama a atenção é o desapreço com que é tratada a área da cultura, cujo representante é sempre um dos últimos, senão mesmo o último, a ser indicado para o cargo de ministro.
Cultura? O que é isso? Ah, sim, aquele negócio de novelas, música sertaneja, hip-hop, feira de livro e bienais de arte? Claro, claro, vejam aí uma pessoa bem relacionada nessas áreas, se possível alguém ligado às camadas mais populares.
E daqui a quatro anos estaremos todos saltando nos teatros Casa Grande e Tuca e cantando: quem não pula é tucano!
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