Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:
Na última quarta-feira (10), foi anunciada a formação de um bloco parlamentar para atuação em 2015 no Congresso Nacional, assembleias legislativas e câmaras municipais, com projeção para a campanha eleitoral municipal de 2016. Até o final de 2014 devem ser anunciadas novas formações, delineando no âmbito parlamentar o novo alinhamento político.
O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire. O bloco será integrado, além desta legenda, que atua na prática como linha auxiliar do PSDB, pelo PSB, o Solidariedade (SD) e o PV. Na Câmara dos Deputados, contará com 67 deputados federais (34 do PSB, 15 do SD, 10 do PPS e oito do PV).
No quadro político brasileiro, as aparências normalmente enganam. Pomposos nomes, siglas e autoproclamações quase sempre encobrem o oposto, velharias que se apresentam como novidades. É o caso do mencionado bloco, cujos integrantes são tidos como da família da “centro-esquerda”, mas em essência são formações políticas que atuam como uma frente auxiliar das forças neoliberais e conservadoras, hoje nucleadas e comandadas pelo PSDB.
Na campanha eleitoral, os quatro partidos se alinharam à candidatura de Aécio Neves e com este formaram uma coalizão representativa das forças reacionárias, com a ativa participação da oligarquia financeira, da mídia privada monopolista e do imperialismo. Tudo está a indicar que atuarão em conjunto, no âmbito de uma frente de oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff, que em 1º de janeiro de 2015 tomará posse para exercer seu segundo mandato.
A rigor, não surpreende. O PPS, surgido das entranhas do oportunismo de direita no ambiente de reação política e ideológica posterior à derrocada do socialismo na antiga União Soviética e no Leste europeu, atua na cena política brasileira com visceral anticomunismo e logo depois de fundado se tornou um partido contrário à esquerda em geral. Adotou como estratégia constituir-se como linha auxiliar do governo de FHC e apêndice eleitoral do PSDB. Hoje é uma estridente boca alugada dos tucanos para reverberar posições antipetistas.
Quanto ao PV, não é sequer uma sombra das posições progressistas da corrente ecologista histórica. O Solidariedade, formação partidária recente, é uma aglutinação de sindicalistas pelegos que faz da oposição sistemática ao governo da presidente Dilma a nova estratégia política de colaboração de classe com a burguesia monopolista-financeira.
A participação do PSB num bloco de forças oposicionistas, esta sim, é uma novidade política que começou a tomar conteúdo e forma a partir de 2012, quando, ainda na condição de integrante da base do governo Dilma, começou a constituir-se como dissidência, que evoluiu para a ruptura, em setembro de 2013, e o lançamento de uma candidatura à Presidência da República. O alvo de ataque do PSB foi a presidenta Dilma e sua condução tática foi a aproximação com a direita. O ponto culminante do retrocesso político-ideológico do PSB foi a adesão à candidatura de Aécio Neves no segundo turno, o que inclusive levou a rupturas internas.
A formação do bloco PSB-PPS-SD-PV é parte da movimentação das forças da oposição neoliberal e conservadora, que tem por núcleo e vértice o PSDB de Aécio Neves, cujo comportamento no período imediatamente pós-eleitoral tem revelado um acentuado viés golpista. É diversionismo pregar a união nacional incluindo o PSDB e considerar a hipótese de que este partido, que se tornou a brigada de choque da nova direita brasileira, possa integrar qualquer tipo de frente democrática.
No provável quadro de renhida luta política, as forças progressistas têm diante de si o desafio de se unir, dentro e fora parlamento. Uma ampla frente política e social democrática, patriótica e popular, uma união de partidos, movimentos sociais e personalidades independentes, com afinidades progressistas e de esquerda será a sólida base de apoio para avançar na realização das mudanças e reformas democráticas estruturais que a nação reclama.
Na última quarta-feira (10), foi anunciada a formação de um bloco parlamentar para atuação em 2015 no Congresso Nacional, assembleias legislativas e câmaras municipais, com projeção para a campanha eleitoral municipal de 2016. Até o final de 2014 devem ser anunciadas novas formações, delineando no âmbito parlamentar o novo alinhamento político.
O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire. O bloco será integrado, além desta legenda, que atua na prática como linha auxiliar do PSDB, pelo PSB, o Solidariedade (SD) e o PV. Na Câmara dos Deputados, contará com 67 deputados federais (34 do PSB, 15 do SD, 10 do PPS e oito do PV).
No quadro político brasileiro, as aparências normalmente enganam. Pomposos nomes, siglas e autoproclamações quase sempre encobrem o oposto, velharias que se apresentam como novidades. É o caso do mencionado bloco, cujos integrantes são tidos como da família da “centro-esquerda”, mas em essência são formações políticas que atuam como uma frente auxiliar das forças neoliberais e conservadoras, hoje nucleadas e comandadas pelo PSDB.
Na campanha eleitoral, os quatro partidos se alinharam à candidatura de Aécio Neves e com este formaram uma coalizão representativa das forças reacionárias, com a ativa participação da oligarquia financeira, da mídia privada monopolista e do imperialismo. Tudo está a indicar que atuarão em conjunto, no âmbito de uma frente de oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff, que em 1º de janeiro de 2015 tomará posse para exercer seu segundo mandato.
A rigor, não surpreende. O PPS, surgido das entranhas do oportunismo de direita no ambiente de reação política e ideológica posterior à derrocada do socialismo na antiga União Soviética e no Leste europeu, atua na cena política brasileira com visceral anticomunismo e logo depois de fundado se tornou um partido contrário à esquerda em geral. Adotou como estratégia constituir-se como linha auxiliar do governo de FHC e apêndice eleitoral do PSDB. Hoje é uma estridente boca alugada dos tucanos para reverberar posições antipetistas.
Quanto ao PV, não é sequer uma sombra das posições progressistas da corrente ecologista histórica. O Solidariedade, formação partidária recente, é uma aglutinação de sindicalistas pelegos que faz da oposição sistemática ao governo da presidente Dilma a nova estratégia política de colaboração de classe com a burguesia monopolista-financeira.
A participação do PSB num bloco de forças oposicionistas, esta sim, é uma novidade política que começou a tomar conteúdo e forma a partir de 2012, quando, ainda na condição de integrante da base do governo Dilma, começou a constituir-se como dissidência, que evoluiu para a ruptura, em setembro de 2013, e o lançamento de uma candidatura à Presidência da República. O alvo de ataque do PSB foi a presidenta Dilma e sua condução tática foi a aproximação com a direita. O ponto culminante do retrocesso político-ideológico do PSB foi a adesão à candidatura de Aécio Neves no segundo turno, o que inclusive levou a rupturas internas.
A formação do bloco PSB-PPS-SD-PV é parte da movimentação das forças da oposição neoliberal e conservadora, que tem por núcleo e vértice o PSDB de Aécio Neves, cujo comportamento no período imediatamente pós-eleitoral tem revelado um acentuado viés golpista. É diversionismo pregar a união nacional incluindo o PSDB e considerar a hipótese de que este partido, que se tornou a brigada de choque da nova direita brasileira, possa integrar qualquer tipo de frente democrática.
No provável quadro de renhida luta política, as forças progressistas têm diante de si o desafio de se unir, dentro e fora parlamento. Uma ampla frente política e social democrática, patriótica e popular, uma união de partidos, movimentos sociais e personalidades independentes, com afinidades progressistas e de esquerda será a sólida base de apoio para avançar na realização das mudanças e reformas democráticas estruturais que a nação reclama.
As forças progressistas precisam se articular para combater esse bloco conservador que pretende obstruir as mudanças implementadas pela gestão petista!
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