Do site Opera Mundi:
O ex-presidente Tabaré Vázquez, da FA (Frente Ampla), foi eleito para mais um mandato à frente da presidência do Uruguai.
Com 70% das urnas apuradas pela Comissão Eleitoral na madrugada desta segunda-feira (1º/12), Vázquez somava 53% dos votos para suceder seu correligionário José "Pepe Mujica", que voltará ao Senado uruguaio. Seu adversário neste segundo turno eleitoral, Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, já reconheceu o resultado e parabenizou o presidente eleito.
A participação no pleito foi inferior ao nível histórico de 90%, segundo projetou a Justiça Eleitoral do país. A taxa de comparecimento eleitoral foi afetada, de acordo com o ministro da Corte Eleitoral Gustavo Silveira, pelas fortes chuvas que alagaram algumas localidades no interior do país e obrigou a realização de algumas modificações nos circuitos eleitorais.
Em 26 de outubro, no primeiro turno do pleito, a FA obteve 47,9% dos votos e esteve perto dos 50% que lhe permitiria ter vencido a presidência de maneira direta. Por essa razão, Tabaré anunciou que irá propor uma reforma constitucional para impedir a realização de um segundo turno quando a diferença entre os partidos no primeiro turno dê não dê margens para a vitória do outro candidato.
O PN conquistou 30,9% no primeiro turno e, apesar de Lacalle Pou receber o apoio do Partido Colorado, que somou 12,9% no primeiro turno, ficou sem margem para apelar e tentar tirar a esquerda do poder.
Futuro
Pouco antes de votar, Vázquez, que já havia governado o país entre 2005 e 2010 e voltará o cargo a partir de 1º de março de 2015 até o ano de 2020, afirmou que convocará um "grande encontro nacional para analisar (com os demais partidos políticos) temas econômicos, políticos e sociais para entre todos desenhar o Uruguai do futuro". E anunciou sua vontade de "ajudar a impulsionar" a integração na América Latina que qualificou como "muito importante" para toda a região.
Durante uma entrevista coletiva improvisada, Tabaré também afirmou que Luis Lacalle Pou é um "homem jovem e inteligente", que terá "um futuro muito importante" na política uruguaia.
Apesar do favoritismo, para conseguir a vitória no segundo turno, Vázquez buscou os eleitores e militantes dos partidos de oposição, em especial, os “wilsonistas” do Partido Nacional e os “batllistas” do Partido Colorado. Dentro desses dois partidos tradicionais, ambas as correntes são as mais sensíveis às propostas da esquerda, e Vázquez tratou de enviar sinais assegurando a esses grupos a continuidade da política econômica em seu governo.
Pepe Mujica
O atual presidente José “Pepe” Mujica, que deixará o poder em março de 2015, uma vez que a reeleição é proibida no país, passará a atuar como senador. Ele encabeçou a lista da Frente Ampla para o cargo nas eleições legislativas de outubro.
Mujica, que assumiu a presidência em 2010 e deixa o poder com 64% de aprovação, não deixará a política. Em entrevista concedida à Televisão Nacional do Uruguai, ele afirmou que favorecerá uma transição fluida ao futuro mandatário e vai contribuir com o que for necessário.
“Assim, não sirvo para velho aposentado retirado em um rincão acariciando lembranças. Enquanto meus ossos e o chassis responderem, vou fazer tudo o que puder porque ainda restam muitas injustiças. E vou seguir lutando por isso, porque o prêmio não está no final, mas no caminho”, afirmou.
Ele disse ainda que em sua opinião, o novo executivo terá que seguir lutando pela justiça social e seguir trabalhando para eliminar a pobreza. Como outra prioridade, ressaltou um eventual acordo de todo o Mercosul pela navegabilidade em condições internacionais seguras, o que “significaria assegurar que Bolívia e Brasil utilizem os portos uruguaios”.
Entre as questões que o fizeram mundialmente conhecido estão o estilo de vida simples que adota, as críticas ao capitalismo e comunismo e as leis consideradas progressistas adotadas em sua gestão: a despenalização do aborto, o matrimônio homossexual e a legalização do cultivo, distribuição e comércio de maconha.
Com 70% das urnas apuradas pela Comissão Eleitoral na madrugada desta segunda-feira (1º/12), Vázquez somava 53% dos votos para suceder seu correligionário José "Pepe Mujica", que voltará ao Senado uruguaio. Seu adversário neste segundo turno eleitoral, Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, já reconheceu o resultado e parabenizou o presidente eleito.
A participação no pleito foi inferior ao nível histórico de 90%, segundo projetou a Justiça Eleitoral do país. A taxa de comparecimento eleitoral foi afetada, de acordo com o ministro da Corte Eleitoral Gustavo Silveira, pelas fortes chuvas que alagaram algumas localidades no interior do país e obrigou a realização de algumas modificações nos circuitos eleitorais.
Em 26 de outubro, no primeiro turno do pleito, a FA obteve 47,9% dos votos e esteve perto dos 50% que lhe permitiria ter vencido a presidência de maneira direta. Por essa razão, Tabaré anunciou que irá propor uma reforma constitucional para impedir a realização de um segundo turno quando a diferença entre os partidos no primeiro turno dê não dê margens para a vitória do outro candidato.
O PN conquistou 30,9% no primeiro turno e, apesar de Lacalle Pou receber o apoio do Partido Colorado, que somou 12,9% no primeiro turno, ficou sem margem para apelar e tentar tirar a esquerda do poder.
Futuro
Pouco antes de votar, Vázquez, que já havia governado o país entre 2005 e 2010 e voltará o cargo a partir de 1º de março de 2015 até o ano de 2020, afirmou que convocará um "grande encontro nacional para analisar (com os demais partidos políticos) temas econômicos, políticos e sociais para entre todos desenhar o Uruguai do futuro". E anunciou sua vontade de "ajudar a impulsionar" a integração na América Latina que qualificou como "muito importante" para toda a região.
Durante uma entrevista coletiva improvisada, Tabaré também afirmou que Luis Lacalle Pou é um "homem jovem e inteligente", que terá "um futuro muito importante" na política uruguaia.
Apesar do favoritismo, para conseguir a vitória no segundo turno, Vázquez buscou os eleitores e militantes dos partidos de oposição, em especial, os “wilsonistas” do Partido Nacional e os “batllistas” do Partido Colorado. Dentro desses dois partidos tradicionais, ambas as correntes são as mais sensíveis às propostas da esquerda, e Vázquez tratou de enviar sinais assegurando a esses grupos a continuidade da política econômica em seu governo.
Pepe Mujica
O atual presidente José “Pepe” Mujica, que deixará o poder em março de 2015, uma vez que a reeleição é proibida no país, passará a atuar como senador. Ele encabeçou a lista da Frente Ampla para o cargo nas eleições legislativas de outubro.
Mujica, que assumiu a presidência em 2010 e deixa o poder com 64% de aprovação, não deixará a política. Em entrevista concedida à Televisão Nacional do Uruguai, ele afirmou que favorecerá uma transição fluida ao futuro mandatário e vai contribuir com o que for necessário.
“Assim, não sirvo para velho aposentado retirado em um rincão acariciando lembranças. Enquanto meus ossos e o chassis responderem, vou fazer tudo o que puder porque ainda restam muitas injustiças. E vou seguir lutando por isso, porque o prêmio não está no final, mas no caminho”, afirmou.
Ele disse ainda que em sua opinião, o novo executivo terá que seguir lutando pela justiça social e seguir trabalhando para eliminar a pobreza. Como outra prioridade, ressaltou um eventual acordo de todo o Mercosul pela navegabilidade em condições internacionais seguras, o que “significaria assegurar que Bolívia e Brasil utilizem os portos uruguaios”.
Entre as questões que o fizeram mundialmente conhecido estão o estilo de vida simples que adota, as críticas ao capitalismo e comunismo e as leis consideradas progressistas adotadas em sua gestão: a despenalização do aborto, o matrimônio homossexual e a legalização do cultivo, distribuição e comércio de maconha.
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