A “divertidíssima” jornalista Silvia Pilz, que utilizava seu blog para difundir preconceitos e esbanjar elitismo, não aguentou a saraivada de críticas e decidiu encerrar suas postagens no site do jornal O Globo. Não se sabe ao certo se ela “se suicidou” ou se foi “suicidada” pela direção global. No post intitulado “Me cago en la hostia”, ela se faz de vítima dos “politicamente corretos” e tenta explicar “o fim do blog Zona de Desconforto”, que estava hospedado no jornalão da famiglia Marinho. Garante, porém, que seguirá escrevendo as suas bobagens elitistas em sua própria página.
Segundo afirma, o objetivo do seu blog “era trazer ao jornal alguns assuntos que não são naturalmente abordados em jornais e discuti-los aberta e francamente. Dizer o que ninguém tem coragem de dizer. Fazer com que as pessoas reavaliassem hábitos e costumes. O blog foi concebido para tratar de hipocrisia, questionar valores e comportamento. A proposta funcionou enquanto o debate girava em torno de questões sexuais ou temas da família. Mas desandou quando resolvi abordar com a mesma franqueza temas que envolvem minorias, desvalidos e desfavorecidos”.
Ela mesma reconhece que seu patético artigo “O plano cobre” – no qual esbanja seu ódio de classe aos trabalhadores que usam planos de saúde – detonou a bronca dos internautas. “[Ele] desencadeou uma onda de reprovação inesperada. A situação tornou-se tragicômica e insustentável para a imagem do jornal O Globo”, afirma, deixando no ar se ela desistiu do blog ou se foi aconselhada pelos patrões a não escrever com “tanta franqueza” o que vários outros colunistas do império global também pensam, mas são mais hábeis e dissimulados no seu oficio de manipulação.
Posando de coitadinha, ela ainda reclama das críticas. “Depois desse post, que gerou um terremoto nas redes sociais, leitores revoltados foram buscar outros textos no acervo do blog. A onda de reprovação cresceu e tomou proporções insuportáveis quando começaram ofensas pessoais. Fui chamada de nazista e fascista por dizer – em um desses posts – que os adultos escondem o desconforto que sentem quando se deparam com crianças com síndrome de Down ou anões. Enfim, preconceitos velados e disfarçados, de um modo geral, não foram bem aceitos pelos leitores politicamente corretos. Zona de Desconforto deixa de ser publicado no Globo. Os textos, a partir de hoje, serão publicados aqui”.
Para que não acompanhou a risível história da “divertidíssima” blogueira de O Globo reproduzo abaixo um texto postado em 7 de fevereiro:
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Até Romário detona blogueira de O Globo
Por Altamiro Borges
A blogueira Silvia Pilz, que se acha “divertidíssima” com as suas postagens preconceituosas no jornal O Globo, está colecionando rapidamente uma legião de oponentes. Talvez até seja este seu intento narcisista e egocêntrico. Nesta quinta-feira (5), o senador Romário Faria (PSB-RJ), que desde os seus tempos de gramado sempre manteve boas relações com o império global, resolveu dar uma canelada na jornalista. Em sua página no Facebook, ele postou uma dura mensagem de repúdio às “tolices de uma pessoa com visão de mundo muito limitada”. O ex-craque da seleção brasileira, que é pai de uma menina de nove anos com Síndrome de Down, ficou irritado com um artigo escroto da blogueira contra os portadores da doença. “De cara, um anão assusta, assim como, de cara, crianças com Síndrome de Down também nos causam certo desconforto” – obrou Silvia Pilz.
Diante destes absurdos, que apenas reforçam estereótipos e visões preconceituosas, Romário bateu pesado: “Ela vive em um tempo que não lhe cabe mais... Já vivemos um tempo em que pessoas eram escravizadas pela cor da pele, por disputas territoriais ou guerras. Neste mesmo tempo, crianças nascidas com deficiência não tinham vez, eram abandonadas, doadas, escondidas. Anões (sim, eles continuam sendo chamados assim) eram expostos em feiras de bizarrices. E tudo isso era considerado normal. Este tempo passou”. O jogador chega a sugerir que Silvia Pilz dê um tempo no jornalismo para “reflexão”. Ele mandou a “divertidíssima” blogueira do jornal O Globo para o vestiário!
Jornalista tem nojo de pobres
Silvia Pilz conquistou certa fama – e que fama! – no início deste ano ao postar outro texto asqueroso, intitulado “O plano cobre”. Entre outras barbaridades, ela ironizou as pessoas de baixa renda com os seus problemas de saúde: “Todo pobre tem problema de pressão. Seja real ou imaginário. É uma coisa impressionante. E todos têm fascinação por aferir [verificar] a pressão constantemente. Pobre desmaia em velório, tem queda ou pico de pressão. Em churrascos, não. Atualmente, com as facilidades que os planos de saúde oferecem, fazer exames tornou-se um programa sofisticado. Hemograma completo, chapa do pulmão, ressonância magnética, etc.”. Ela ainda seguiu nas asneiras:
“Acontece que o pobre – normalmente – alega que se não tomar café da manhã tem queda de pressão. Como o hemograma completo exige jejum de 8 ou 12 horas, o pobre, sempre bem arrumado, chega bem cedo no laboratório, pega sua senha, já suando de emoção [uma mistura de medo e prazer, como se estivesse entrando pela primeira vez em um avião] e fica obcecado pelo lanchinho que o laboratório oferece gratuitamente depois da coleta. Deve ser o ambiente. Piso brilhante de porcelanato, ar condicionado, TV ligada na Globo, pessoas uniformizadas. O pobre provavelmente se sente em um cenário de novela”.
Egocêntrica e “divertidíssima”
O artigo – se é possível chamá-lo desta forma – gerou um vendaval de ataques nas redes sociais. Sobraram adjetivos carinhosos para a jornalista, que virou motivo de chacota. Diante das críticas, Silvia Pilz até ficou irritadinha numa entrevista à BBC britânica: “A reação foi ridícula. E hipócrita também, porque as pessoas são todas bem hipócritas. Fui vítima de um linchamento digital dos militantes da ditadura do politicamente correto. Não ofendi ninguém e fiz um texto divertidíssimo”, afirmou. Na sequência, percebendo que não convenceu ninguém, ela recuou e postou: “Humor cáustico perde a graça quando precisa ser explicado. Falhei. Poucos se divertiram e muitos se ofenderam”.
Seu recuo, porém, também não convenceu. Em artigo postado no Jornal do Brasil, o líder comunitário Davison Coutinho, morador da Rocinha (RJ), detonou a colunista “que não consegue aceitar que os menos favorecidos tenham acesso às ‘coisas de rico’, ou melhor, não consegue aceitar que pobre tenha acesso aos mesmos serviços e direitos que antes eram da elite... Se eu li um texto tão preconceituoso antes, eu não me lembro. Envergonho-me em ter em nossa sociedade pessoas (nem sei se podemos chamar de pessoas) que pensam de tal forma. O que me envergonha, ainda mais, é um jornal de repercussão publicar o texto... Lamento, Silvia, que você seja um ser que não consegue conviver com o outro enquanto humano, e é apenas um acaso informativo de má qualidade e que precisa de reconhecimento para poder aparecer na mídia”.
Outras "calunistas" pensam da mesma forma
Já o imperdível blog “Diário do Centro do Mundo” tentou entender melhor a mentalidade elitista da blogueira e reproduziu seu perfil, postado no próprio jornal O Globo: “Silvia Pilz não conhece meio termo. Dona do blog Zona de Desconforto, a jornalista é do tipo que não mede palavras antes de expressar o que pensa. Ela diz que sempre foi assim, desde criancinha, e que não saberia ser diferente. O assunto pode ser tanto masturbação feminina quanto uma festinha infantil. São grandes doses de sinceridade sobre a natureza humana. Silvia escreve sobre cotidiano de uma forma que faz pensar e, às vezes, pode até incomodar... ‘Prefiro parar carro em vaga de deficiente, sem me sentir culpada’ – dispara a ex-aluna do Colégio Teresiano”.
De fato, a jornalista Silvia Pilz, que “gosta de atenção”, conseguiu atrair os holofotes. Levou uma canelada até do ex-craque e atual senador Romário. O pior é que tem muito “calunista” do jornal O Globo e de outros veículos da mídia “privada” – nos dois sentidos da palavra – que pensam exatamente como ela! Só não têm coragem de falar estes absurdos em público. Preferem os restaurantes e as festas luxuosas dos ricaços. São mais experientes do que a dondoca mimada!
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