Por Renato Rovai, em seu blog:
O ex-ministro Guido Mantega foi xingado e expulso de uma área comum no Hospital Albert Einstein, enquanto acompanhava sua esposa que faz tratamento de um câncer na Instituição.
Ao invés de anunciar a abertura de uma investigação e deixar claro que iria apurar quem foram os agressores, a direção do hospital publicou uma nota lacônica afirmando que: “recebe igualmente a todos, pacientes ou não”. Lastimável, principalmente por se tratar de um hospital da comunidade judaica, que sabe exatamente onde esse tipo de intolerância pode chegar.
Seria legítimo que o ex-ministro enfrentasse seus agressores e não se deixasse ser expulso daquele recinto? Ou ele só tinha a opção de ir embora engolindo a vergonha e a dor de ser tratado de forma tão violenta?
Não é incomum ver gays, lésbicas, mulheres, negros, travestis e pessoas que não professam os ideias de um certo segmento da população que costuma se intitular como “gente de bem que paga seus impostos” serem agredidos e humilhados em lugares públicos.
Essa “gente de bem” precisa ser desmoralizada e confrontada, porque eles estão ultrapassando todos os sinais da sensatez, da civilidade, do respeito ao próximo e da democracia.
E aceitar seu radicalismo e suas ações bárbaras como algo comum pode nos levar ao pior dos mundos.
O legítimo direito de defesa democrático permitiria ao ex-ministro Mantega partir para cima dos seus agressores com um litro de água e sabão exigindo que eles lavassem a boca para se referir a ele. E se aos berros o ex-ministro exigisse uma retratação e chamasse a segurança do hospital para que a polícia fosse acionada contra os autores das agressões, estaria mais do que certo.
Ninguém é obrigado a levar desaforo para casa. Não se pode mais em nome de não arrumar confusão deixar que os fascistas sigam fazendo seu trabalho de humilhação e de desconstrução dos direitos civis e políticos conquistados nesses país a duras penas.
Fascistas como os que xingaram Mantega no Hospital Albert Einsten não são a maioria. E não são assim tão fortes como imaginam. Por isso mesmo não se deve deixar que pareçam estar ganhando todas.
Por esse motivo, os sindicalistas que se defenderam e partiram para cima daqueles que foram agredi-los e provocá-los no ato em defesa da Petrobras não podem ser condenados pelos seus atos.
Não é olho por olho e dente por dente, mas também não se pode achar que oferecendo a outra face é que se vai conseguir convencer essa “gente do bem”.
Se fizermos isso, eles vão nos massacrar.
O ex-ministro Guido Mantega foi xingado e expulso de uma área comum no Hospital Albert Einstein, enquanto acompanhava sua esposa que faz tratamento de um câncer na Instituição.
Ao invés de anunciar a abertura de uma investigação e deixar claro que iria apurar quem foram os agressores, a direção do hospital publicou uma nota lacônica afirmando que: “recebe igualmente a todos, pacientes ou não”. Lastimável, principalmente por se tratar de um hospital da comunidade judaica, que sabe exatamente onde esse tipo de intolerância pode chegar.
Seria legítimo que o ex-ministro enfrentasse seus agressores e não se deixasse ser expulso daquele recinto? Ou ele só tinha a opção de ir embora engolindo a vergonha e a dor de ser tratado de forma tão violenta?
Não é incomum ver gays, lésbicas, mulheres, negros, travestis e pessoas que não professam os ideias de um certo segmento da população que costuma se intitular como “gente de bem que paga seus impostos” serem agredidos e humilhados em lugares públicos.
Essa “gente de bem” precisa ser desmoralizada e confrontada, porque eles estão ultrapassando todos os sinais da sensatez, da civilidade, do respeito ao próximo e da democracia.
E aceitar seu radicalismo e suas ações bárbaras como algo comum pode nos levar ao pior dos mundos.
O legítimo direito de defesa democrático permitiria ao ex-ministro Mantega partir para cima dos seus agressores com um litro de água e sabão exigindo que eles lavassem a boca para se referir a ele. E se aos berros o ex-ministro exigisse uma retratação e chamasse a segurança do hospital para que a polícia fosse acionada contra os autores das agressões, estaria mais do que certo.
Ninguém é obrigado a levar desaforo para casa. Não se pode mais em nome de não arrumar confusão deixar que os fascistas sigam fazendo seu trabalho de humilhação e de desconstrução dos direitos civis e políticos conquistados nesses país a duras penas.
Fascistas como os que xingaram Mantega no Hospital Albert Einsten não são a maioria. E não são assim tão fortes como imaginam. Por isso mesmo não se deve deixar que pareçam estar ganhando todas.
Por esse motivo, os sindicalistas que se defenderam e partiram para cima daqueles que foram agredi-los e provocá-los no ato em defesa da Petrobras não podem ser condenados pelos seus atos.
Não é olho por olho e dente por dente, mas também não se pode achar que oferecendo a outra face é que se vai conseguir convencer essa “gente do bem”.
Se fizermos isso, eles vão nos massacrar.
Sem ser político de carreira, porém, passei por isso em uma clínica particular em Itabuna-Ba. Estavam falando do governo e do PT e eu propositadamente entrei na conversa numa sala de espera cheia de pacientes. Defendi o Governo Lula/Dilma e o PT. Falei dos acertos dos últimos 12 anos e disse: possuo 36 sobrinhos e primos todos na Universidade, 03 fazendo doutorado, 06 mestrados e a maioria empregados e emprego bom. Aí se calaram. Então completei: é porque o governo vem ajudando os pequeninos, os pobres, os quilombolas, os índios, os sem-terra. É por isso que o Estado brasileiro atual não presta....
ResponderExcluirEu até entendo a indignação do escritor, mas temos que entender que o Ministro tinha que garantir a sua segurança, era claro que ele estava em desvantagem. O mais engraçado de tudo é que se tratar de um elemento das elites paulistanas. Já imaginou se não fosse, um Ministro da Integração Racial, por exemplo.
ResponderExcluir