Um dos efeitos do clima de golpismo deslavado é a falta cada vez mais intensa de decoro da chamado imprensa chapa branca.
O caso da TV Cultura é exemplar, especialmente com o Roda Viva, transformado num palanque. Vide o programa com Eduardo Cunha, em que todos os entrevistadores estavam interessados apenas em saber o que o presidente da Câmara iria fazer depois de depôr Dilma - com destaque para João Dória Jr, que deu um show constrangedor de desinformação e esperteza ao contrário.
No domingo, 22, a Cultura foi além e exibiu um especial chamado Dia Mundial da Água - Uma Reflexão para o Futuro. A ideia era falar de variações climáticas, de como recursos hídricos podiam ser mais bem geridos etc.
Entre os especialistas, havia Carlos Alberto Nobre, doutor em ecologia e mudanças globais, Joaquim Guedes Filho, superintendente da Agência Nacional de Águas, ANA - e Geraldo Alckmin.
Sim, Alckmin, responsável por uma das maiores crises hídricas na história de São Paulo. O governador que não tem a menor noção do que faz e que deixa isso claro em cada declaração que dá. Mentiu para os eleitores durante a campanha e continua mentindo.
Chamar Alckmin para falar de água é como convocar Idi Amin Dada para dissertar sobre Direitos Humanos. De maneira inversa, o sujeito sabe tudo do assunto.
O aparelhamento da Cultura levou a absurdos como esse, pagos pelo contribuinte. Achava-se que o fim da picada já havia sido a transmissão ao vivo da posse de Geraldo comentada por Marco Antonio Villa, o historiador pitbull. Na ocasião, Villa usou seu tempo no ar em sua mono obsessão: detonar o governo federal. Villa, veja que coincidência, é o comentarista do principal telejornal da emissora. Ninguém acha estranho o fulano dando pitacos na entronização do chefe.
A cara dura é do mesmo tamanho que a da Istoé. Nesta semana, a revista que publicou as pesquisas mais absurdas durante as eleições, em que Aécio aparecia com 790 pontos à frente, traz uma entrevista com o senador mineiro.
É provável que a Istoé tenha seguido o protocolo aecista: tudo combinado. Não que fosse necessário, já que a intenção de fazer uma entrevista de verdade parecia não estar em questão.
Na quinzena em que Aécio Neves foi citado pelo doleiro Youssef num depoimento, poucos dias após um deputado tucano pedir cinicamente a extinção de partidos envolvidos em corrupção, o que se viu foi um espetáculo de levantamento de bola.
A primeira pergunta: “Multidões protestam contra o governo, as investigações da Lava Jato trazem novas revelações todos os dias e o ministro da Educação, Cid Gomes, foi demitido depois de dizer que mais de 300 parlamentares são achacadores. O que está acontecendo com o Brasil?”
A segunda: “Qual é a saída para a crise?”
Neste momento a conversa teve de ser interrompida por um coro de passarinhos carregando uma faixa com o nome dele, o homem, o mito, o cavaleiro da esperança, o cara: Aécio Neves.
O caso da TV Cultura é exemplar, especialmente com o Roda Viva, transformado num palanque. Vide o programa com Eduardo Cunha, em que todos os entrevistadores estavam interessados apenas em saber o que o presidente da Câmara iria fazer depois de depôr Dilma - com destaque para João Dória Jr, que deu um show constrangedor de desinformação e esperteza ao contrário.
No domingo, 22, a Cultura foi além e exibiu um especial chamado Dia Mundial da Água - Uma Reflexão para o Futuro. A ideia era falar de variações climáticas, de como recursos hídricos podiam ser mais bem geridos etc.
Entre os especialistas, havia Carlos Alberto Nobre, doutor em ecologia e mudanças globais, Joaquim Guedes Filho, superintendente da Agência Nacional de Águas, ANA - e Geraldo Alckmin.
Sim, Alckmin, responsável por uma das maiores crises hídricas na história de São Paulo. O governador que não tem a menor noção do que faz e que deixa isso claro em cada declaração que dá. Mentiu para os eleitores durante a campanha e continua mentindo.
Chamar Alckmin para falar de água é como convocar Idi Amin Dada para dissertar sobre Direitos Humanos. De maneira inversa, o sujeito sabe tudo do assunto.
O aparelhamento da Cultura levou a absurdos como esse, pagos pelo contribuinte. Achava-se que o fim da picada já havia sido a transmissão ao vivo da posse de Geraldo comentada por Marco Antonio Villa, o historiador pitbull. Na ocasião, Villa usou seu tempo no ar em sua mono obsessão: detonar o governo federal. Villa, veja que coincidência, é o comentarista do principal telejornal da emissora. Ninguém acha estranho o fulano dando pitacos na entronização do chefe.
A cara dura é do mesmo tamanho que a da Istoé. Nesta semana, a revista que publicou as pesquisas mais absurdas durante as eleições, em que Aécio aparecia com 790 pontos à frente, traz uma entrevista com o senador mineiro.
É provável que a Istoé tenha seguido o protocolo aecista: tudo combinado. Não que fosse necessário, já que a intenção de fazer uma entrevista de verdade parecia não estar em questão.
Na quinzena em que Aécio Neves foi citado pelo doleiro Youssef num depoimento, poucos dias após um deputado tucano pedir cinicamente a extinção de partidos envolvidos em corrupção, o que se viu foi um espetáculo de levantamento de bola.
A primeira pergunta: “Multidões protestam contra o governo, as investigações da Lava Jato trazem novas revelações todos os dias e o ministro da Educação, Cid Gomes, foi demitido depois de dizer que mais de 300 parlamentares são achacadores. O que está acontecendo com o Brasil?”
A segunda: “Qual é a saída para a crise?”
Neste momento a conversa teve de ser interrompida por um coro de passarinhos carregando uma faixa com o nome dele, o homem, o mito, o cavaleiro da esperança, o cara: Aécio Neves.
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