Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Lobão não faz nada que preste em música há décadas, se é que algum dia fez.
Mas nas horas vagas do ativismo político de direita obtusa ele continua tentando.
A música na qual ele aposta agora - divulgada com estrondo pela Veja chama-se A Posse dos Impostores.
Não consegui ouvi-la inteira, mas li a letra.
Um trecho:
Há uma sobra de fúria na impostora eleita
Rodeada de castrados com a nossa receita
Com sua pompa vulgar de botijão de gás.
Eis Dilma, segundo Lobão. Botijão de gás é uma referência – vulgar, vulgaríssimo, para pegar emprestado o adjetivo de Lobão – ao vestido que Dilma usou na posse.
A nova música deverá ser o destaque do show que Lobão fará em São Paulo no próximo dia 6 de maio.
Tudo isso não mereceria sequer menção, não fosse por um detalhe: o espetáculo é patrocinado pelo Banco do Brasil.
Na internet, o patrocínio do BB – ainda que indireto – a alguém que vive de insultar a impostora eleita, de quem pede a derrubada obsessivamente – viralizou.
No Twitter, um seguidor do DCM escreveu: “Isso é muito hilário. A cada dia que passa, maior é a minha impressão de que estou vivendo numa paródia mal feita da realidade.”
Outro seguidor foi menos filosófico: “Esse governo tem mais que se fxxxx mesmo. Gasto meu tempo defendendo esses imbecis e eles dando grana a golpistas.”
Um terceiro notou a ideologia de Lobão. “A ideologia de seres abjetos como Lobão começa e termina no bolso.”
Alguém notou o slogan “pátria educadora” no cartaz. “Fico imaginando as lições que ele vai lecionar no show.”
Lobão, a certa altura, aderiu ao debate no twitter do DCM.
Em caixa alta, gritando portanto, ele disse que não é patrocinado pelo BB.
Mas não era isso que se dizia. O que se notava é que o espetáculo, sim, é.
Num mundo menos imperfeito, Lobão recusaria qualquer coisa patrocinada pelo BB.
E o BB evitaria associar seu nome a alguém que move uma campanha feroz contra o governo que o administra.
Mas este em que vivemos está longe de ser um mundo perfeito.
E então, sob os auspícios do BB e da pátria educadora, os paulistanos poderão ouvir Lobão cantar sua ode à “impostora eleita”.
Como notou um tuiteiro, podemos todos imaginar as lições que Lobão dará à sua plateia nos intervalos das músicas que executará.
Mas nas horas vagas do ativismo político de direita obtusa ele continua tentando.
A música na qual ele aposta agora - divulgada com estrondo pela Veja chama-se A Posse dos Impostores.
Não consegui ouvi-la inteira, mas li a letra.
Um trecho:
Há uma sobra de fúria na impostora eleita
Rodeada de castrados com a nossa receita
Com sua pompa vulgar de botijão de gás.
Eis Dilma, segundo Lobão. Botijão de gás é uma referência – vulgar, vulgaríssimo, para pegar emprestado o adjetivo de Lobão – ao vestido que Dilma usou na posse.
A nova música deverá ser o destaque do show que Lobão fará em São Paulo no próximo dia 6 de maio.
Tudo isso não mereceria sequer menção, não fosse por um detalhe: o espetáculo é patrocinado pelo Banco do Brasil.
Na internet, o patrocínio do BB – ainda que indireto – a alguém que vive de insultar a impostora eleita, de quem pede a derrubada obsessivamente – viralizou.
No Twitter, um seguidor do DCM escreveu: “Isso é muito hilário. A cada dia que passa, maior é a minha impressão de que estou vivendo numa paródia mal feita da realidade.”
Outro seguidor foi menos filosófico: “Esse governo tem mais que se fxxxx mesmo. Gasto meu tempo defendendo esses imbecis e eles dando grana a golpistas.”
Um terceiro notou a ideologia de Lobão. “A ideologia de seres abjetos como Lobão começa e termina no bolso.”
Alguém notou o slogan “pátria educadora” no cartaz. “Fico imaginando as lições que ele vai lecionar no show.”
Lobão, a certa altura, aderiu ao debate no twitter do DCM.
Em caixa alta, gritando portanto, ele disse que não é patrocinado pelo BB.
Mas não era isso que se dizia. O que se notava é que o espetáculo, sim, é.
Num mundo menos imperfeito, Lobão recusaria qualquer coisa patrocinada pelo BB.
E o BB evitaria associar seu nome a alguém que move uma campanha feroz contra o governo que o administra.
Mas este em que vivemos está longe de ser um mundo perfeito.
E então, sob os auspícios do BB e da pátria educadora, os paulistanos poderão ouvir Lobão cantar sua ode à “impostora eleita”.
Como notou um tuiteiro, podemos todos imaginar as lições que Lobão dará à sua plateia nos intervalos das músicas que executará.
Como sempre é o próprio governo que enche a barriga dos seus algozes, é hilário e uma falta de respeito por parte do governo com quem o defende.
ResponderExcluirConcordo em gênero e número
ExcluirLOBOBÃO
ResponderExcluirRonaldo Garcia
Venham, vejam
O factoide do bobão
Que a veja repercute
A ira do falastrão
Roqueiro que perdeu o norte e o tom
O bobo da corte do Leblon!
Venham ouçam
O uivar do lobão
Desconstruir o autor da construção
Clamar por novas marchas da família, pela tortura e a repressão.
Vejam, ouçam
A baba boba do bobão
Bombando na televisão
Que a globo engoliu o lobo,
Se havia, no garotão
E cuspiu cordeiro em pele de lobão.
O problema é a lei de incentivo a cultura, que incentiva somente artistas famosos que não precisam de lei cultura e transforma a cultura em simples marketing do Banco do Brasil. Na verdade o BB não tem patrocinar Lobão, ou Skank, ou Maria Bethânia, tem de usar a lei de incentivo a cultura para incentivar a cultura de gente pequena que não tem acesso a nada.
ResponderExcluirO PROBLEMA É A LEI DE CULTURA!!