domingo, 24 de maio de 2015

“Veja” demite 49 jornalistas. É a crise!

Por Altamiro Borges

Se dependesse da revista “Veja”, com seu famoso complexo de vira-lata, o Brasil já teria sido extinto do mapa mundial. Nas suas “reporcagens” e capas assustadoras, é só desgraça. Nada presta. É caos econômico, corrupção desenfreada, incompetência hereditária e tudo de mau. De tanto esbravejar sobre a desgraceira do país, porém, parece que o Grupo Abril, que edita o panfleto terrorista, é quem está falindo. Já extinguiu inúmeros títulos, vendeu o filão da editora de livros e demitiu centenas de funcionários. Nesta semana, para agravar ainda mais o cenário, a empresa da famiglia Civita anunciou o facão sumário de 45 profissionais da intocável revista “Veja”, algo inédito na história recente.

Surpreso com as dispensas, o Portal dos Jornalistas informou: “Nas várias reestruturações efetivadas pela Editora Abril nos últimos dez ou 20 anos, um único núcleo da empresa manteve-se praticamente intacto e imune às crises de qualquer natureza: a revista Veja, menina dos olhos de Roberto Civita, que nunca deixou chegar à publicação cortes mais profundos. Com a morte dele e o agravamento da crise do mercado editorial, particularmente no segmento de revistas, essa blindagem perdeu vigor e a revista, após anos de certa segurança, sofreu este ano cortes importantes, como o anunciado semanas atrás, com várias demissões e o fechamento das Vejinhas BH e DF”. O relato dramático prossegue:

“Agora, nos últimos dias, discretamente a revista negociou também as saídas das editoras executivas Vilma Gryzinski, que cuidava dos núcleos de comportamento, estilo e moda, e Isabela Boscov, que ali começou em setembro de 1999, respondendo inicialmente pela parte de cinema, e que, a partir de 2010, também acumulou as funções de editora executiva. Além delas, também saiu a editora Karina Pastore, do núcleo de saúde, e o colunista Leonel Kaz... Dois outros editores executivos haviam saído numa fase anterior: Carlos Graieb, quando foi convidado a assumir a direção de redação da Veja.com, e Jaime Klintowitz, que exatamente um ano atrás se aposentou”.

Dos cinco editores executivos que a revista possuía até 2012, resta agora apenas Diogo Xavier Schelp. Ainda segundo o portal, as mudanças ainda “não chegaram a andar de cima, preservando a direção de redação (Eurípedes Alcântara) e os redatores-chefes Fábio Altman, Lauro Jardim, Policarpo Júnior (Brasília) e Thaís Oyama. Embora tenham sido passos discretos, estima-se que o corte total, ao longo das últimas semanas, atingiu 32 pessoas em São Paulo e 49 em todo o Brasil. A revista também negociou uma redução da ordem de 10% nos frees de vários de seus colunistas”. Será que Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes e outros pitbulls da revista também foram prejudicados nos seus salários. Até agora eles não postaram nenhuma matéria venenosa sobre a grave crise... da “Veja”.

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