Por Altamiro Borges
A Editora Abril, que publica a asquerosa revista Veja, está definhando. Nesta sexta-feira (11), o grupo herdado pelos três filhos de Roberto Civita confirmou que vai transferir dez dos seus títulos – Aventuras na História, Bons Fluidos, Manequim, Máxima, Minha Casa, Minha Novela, Recreio, Sou+Eu, Vida Simples e Viva Mais – para a Editora Caras. Segundo o comunicado oficial, os jornalistas destas redações migrarão aos poucos, até dezembro deste ano, para a nova empresa – mas há quem desconfie que muitos deles serão demitidos neste processo “gradativo”.
Pelo acordo firmado, a Editora Caras será responsável pela produção de conteúdo e venda de anúncios das revistas. Já os serviços de assinatura, gráfica e distribuição continuarão sendo prestados pelo Grupo Abril. Dos dez títulos transferidos, três têm tiragem superior a 100 mil exemplares por edição: Manequim, Minha Casa e Máxima, segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC). Mas, como aponta o jornal Valor, “a média de circulação das revistas tem caído nos últimos meses. A transferência das revistas faz parte dos planos do Grupo Abril de reestruturar as suas operações para tornar sua estrutura mais enxuta e eficiente e mais concentrada nas áreas de educação e logística”.
Esta linguagem empresarial, toda empolada, esconde a grave crise que afeta o império da famiglia Civita. Outros títulos já foram extintos e vários profissionais foram sumariamente demitidos. No final de 2013, a Abril também se desfez da MTV, transferida ao grupo Spring. O boato que circulou no “mercado editorial” é que o grupo concentraria suas energias na Abril Educação, o braço empresarial de ensino e livros didáticos – que controla as editoras Ática e Scipione e é dona do Anglo e das escolas de idiomas Wise up. Em junho último, porém, 20% das suas ações foram vendidas ao grupo Tarpon, gestora de fundos da Gerdau, Cyrela e Marisa, entre outras empresas. O negócio rendeu R$ 600 milhões aos filhos de Bob Civita.
Ao que parece, os herdeiros não estão muito interessados na manutenção do império familiar. Talvez queiram curtir suas fortunas. Eles inclusive apareceram no ranking de bilionários da revista Forbes. Estão desanimados com a violenta crise da mídia impressa, que afeta jornais e revistas no mundo inteiro, e descontentes com os rumos do país. Daí o ódio visceral estampado semanalmente nas capas da revista Veja. Uma vitória nas eleições de outubro de Aécio Neves, o cambaleante presidencial do PSDB, talvez refizesse os planos da famiglia, que sempre contou com uma ajudinha dos tucanos em São Paulo – com generosos anúncios publicitários e a aquisição de encalhes das suas revistas.
Neste caso, a famiglia inclusive já contaria com um importante interlocutor no Palácio do Planalto. O jornalista Otávio Cabral, editor-executivo da revista Veja, foi nomeado em junho para a coordenação da campanha do PSDB. Autor do livro “Dirceu, a Biografia”, que já foi ridicularizado por suas falsidades e erros grosseiros contra o ex-ministro do presidente Lula, o jagunço da Veja tornou-se um dos responsáveis pela comunicação da campanha de Aécio Neves. Só mesmo uma vitória eleitoral para reanimar os filhos ricaços e mimados de Bob Civita. Do contrário, a Abril seguirá definhando. Sobrará, respirando por aparelhos, a panfletária revista Veja por razões meramente políticas!
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Leia também:
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A Editora Abril, que publica a asquerosa revista Veja, está definhando. Nesta sexta-feira (11), o grupo herdado pelos três filhos de Roberto Civita confirmou que vai transferir dez dos seus títulos – Aventuras na História, Bons Fluidos, Manequim, Máxima, Minha Casa, Minha Novela, Recreio, Sou+Eu, Vida Simples e Viva Mais – para a Editora Caras. Segundo o comunicado oficial, os jornalistas destas redações migrarão aos poucos, até dezembro deste ano, para a nova empresa – mas há quem desconfie que muitos deles serão demitidos neste processo “gradativo”.
Pelo acordo firmado, a Editora Caras será responsável pela produção de conteúdo e venda de anúncios das revistas. Já os serviços de assinatura, gráfica e distribuição continuarão sendo prestados pelo Grupo Abril. Dos dez títulos transferidos, três têm tiragem superior a 100 mil exemplares por edição: Manequim, Minha Casa e Máxima, segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC). Mas, como aponta o jornal Valor, “a média de circulação das revistas tem caído nos últimos meses. A transferência das revistas faz parte dos planos do Grupo Abril de reestruturar as suas operações para tornar sua estrutura mais enxuta e eficiente e mais concentrada nas áreas de educação e logística”.
Esta linguagem empresarial, toda empolada, esconde a grave crise que afeta o império da famiglia Civita. Outros títulos já foram extintos e vários profissionais foram sumariamente demitidos. No final de 2013, a Abril também se desfez da MTV, transferida ao grupo Spring. O boato que circulou no “mercado editorial” é que o grupo concentraria suas energias na Abril Educação, o braço empresarial de ensino e livros didáticos – que controla as editoras Ática e Scipione e é dona do Anglo e das escolas de idiomas Wise up. Em junho último, porém, 20% das suas ações foram vendidas ao grupo Tarpon, gestora de fundos da Gerdau, Cyrela e Marisa, entre outras empresas. O negócio rendeu R$ 600 milhões aos filhos de Bob Civita.
Ao que parece, os herdeiros não estão muito interessados na manutenção do império familiar. Talvez queiram curtir suas fortunas. Eles inclusive apareceram no ranking de bilionários da revista Forbes. Estão desanimados com a violenta crise da mídia impressa, que afeta jornais e revistas no mundo inteiro, e descontentes com os rumos do país. Daí o ódio visceral estampado semanalmente nas capas da revista Veja. Uma vitória nas eleições de outubro de Aécio Neves, o cambaleante presidencial do PSDB, talvez refizesse os planos da famiglia, que sempre contou com uma ajudinha dos tucanos em São Paulo – com generosos anúncios publicitários e a aquisição de encalhes das suas revistas.
Neste caso, a famiglia inclusive já contaria com um importante interlocutor no Palácio do Planalto. O jornalista Otávio Cabral, editor-executivo da revista Veja, foi nomeado em junho para a coordenação da campanha do PSDB. Autor do livro “Dirceu, a Biografia”, que já foi ridicularizado por suas falsidades e erros grosseiros contra o ex-ministro do presidente Lula, o jagunço da Veja tornou-se um dos responsáveis pela comunicação da campanha de Aécio Neves. Só mesmo uma vitória eleitoral para reanimar os filhos ricaços e mimados de Bob Civita. Do contrário, a Abril seguirá definhando. Sobrará, respirando por aparelhos, a panfletária revista Veja por razões meramente políticas!
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1 comentários:
Os Civita devem ser tratados como criminosos que são, e seus crimes jamais serão perdoados...
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