Por Altamiro Borges
Duas notinhas publicadas nesta quarta-feira (4) na coluna de fofocas políticas da revista “Época” confirmam que não é nada fácil a construção de partidos no Brasil – principalmente numa fase em que a mídia promove a escandalização da política e a negação das ações coletivas, numa iniciativa que abre brechas para a fascistização do Brasil. As matérias são assinadas pelo jornalista Marcelo Sperandio e apontam as dificuldades do PSOL, que tenta se apresentar à sociedade como uma sigla “pura” e avessa às disputas puramente eleitorais:
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PSOL não convida Randolfe para os fóruns nacionais há um ano
Principal político do PSOL no país, o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, não é convidado para os fóruns nacionais do partido há um ano. Apesar do exílio forçado, Randolfe se recusa a deixar o PSOL neste ano. Os aliados do senador dizem que a melhor estratégia, para ele, é esperar a convenção do partido, em dezembro. Apostam que a ala mais radical do PSOL assumirá o comando e, em seguida, o expulsará da legenda. Por quê? Porque Randolfe retirou sua candidatura ao Planalto no ano passado.
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Prefeito de Macapá pode trocar do PSOL para o PT
O PSOL só tem dois prefeitos no Brasil: Clécio Luís, do Macapá (AP), e Gelsimar Gonzaga, de Itaocara (RJ). O partido está prestes a ficar com um só. Clécio Luís está perto de trocar o PSOL pelo PT.
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Em meados de maio, a direção nacional da legenda já havia expulsado das suas fileiras o deputado federal Cabo Daciolo, eleito no ano passado após liderar uma greve dos bombeiros no Rio de Janeiro. Com isso, a bancada do PSOL caiu de cinco para quatro parlamentares – perdendo, inclusive, algumas prerrogativas no Congresso Nacional. A difícil decisão teve 53 votos favoráveis e apenas um contra. Em outra votação, por 31 a 24, a legenda optou por não requerer o mandato do parlamentar junto à Justiça Eleitoral.
Entre outras críticas, o deputado foi acusado de contrariar o programa partidário ao propor a mudança do parágrafo primeiro da Constituição Federal, substituindo "todo poder emana do povo" por "todo o poder emana de Deus". Para o deputado Chico Alencar (RJ), líder da bancada do PSOL na Câmara Federal, a proposta era insustentável. "Colidiu com um ponto fundamental do nosso partido, que é a defesa do Estado laico. Respeitamos todas as crenças, mas o discurso fundamentalista religioso não pode ser tolerado".
Em outras ocasiões, o parlamentar – que é evangélico e militar – já havia indignado a militância da sigla. Ele se desgastou ao posar para foto com o deputado fascista Jair Bolsonaro e ao defender a libertação dos 12 policiais que participaram do assassinato do pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, no Rio Janeiro.
Duas notinhas publicadas nesta quarta-feira (4) na coluna de fofocas políticas da revista “Época” confirmam que não é nada fácil a construção de partidos no Brasil – principalmente numa fase em que a mídia promove a escandalização da política e a negação das ações coletivas, numa iniciativa que abre brechas para a fascistização do Brasil. As matérias são assinadas pelo jornalista Marcelo Sperandio e apontam as dificuldades do PSOL, que tenta se apresentar à sociedade como uma sigla “pura” e avessa às disputas puramente eleitorais:
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PSOL não convida Randolfe para os fóruns nacionais há um ano
Principal político do PSOL no país, o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, não é convidado para os fóruns nacionais do partido há um ano. Apesar do exílio forçado, Randolfe se recusa a deixar o PSOL neste ano. Os aliados do senador dizem que a melhor estratégia, para ele, é esperar a convenção do partido, em dezembro. Apostam que a ala mais radical do PSOL assumirá o comando e, em seguida, o expulsará da legenda. Por quê? Porque Randolfe retirou sua candidatura ao Planalto no ano passado.
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Prefeito de Macapá pode trocar do PSOL para o PT
O PSOL só tem dois prefeitos no Brasil: Clécio Luís, do Macapá (AP), e Gelsimar Gonzaga, de Itaocara (RJ). O partido está prestes a ficar com um só. Clécio Luís está perto de trocar o PSOL pelo PT.
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Em meados de maio, a direção nacional da legenda já havia expulsado das suas fileiras o deputado federal Cabo Daciolo, eleito no ano passado após liderar uma greve dos bombeiros no Rio de Janeiro. Com isso, a bancada do PSOL caiu de cinco para quatro parlamentares – perdendo, inclusive, algumas prerrogativas no Congresso Nacional. A difícil decisão teve 53 votos favoráveis e apenas um contra. Em outra votação, por 31 a 24, a legenda optou por não requerer o mandato do parlamentar junto à Justiça Eleitoral.
Entre outras críticas, o deputado foi acusado de contrariar o programa partidário ao propor a mudança do parágrafo primeiro da Constituição Federal, substituindo "todo poder emana do povo" por "todo o poder emana de Deus". Para o deputado Chico Alencar (RJ), líder da bancada do PSOL na Câmara Federal, a proposta era insustentável. "Colidiu com um ponto fundamental do nosso partido, que é a defesa do Estado laico. Respeitamos todas as crenças, mas o discurso fundamentalista religioso não pode ser tolerado".
Em outras ocasiões, o parlamentar – que é evangélico e militar – já havia indignado a militância da sigla. Ele se desgastou ao posar para foto com o deputado fascista Jair Bolsonaro e ao defender a libertação dos 12 policiais que participaram do assassinato do pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, no Rio Janeiro.
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