Por Altamiro Borges
A Defensoria Pública de São Paulo decidiu nesta semana apurar o corte orçamentário efetuado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no programa "Viva Leite". Antes, ele beneficiava crianças de seis meses a seis anos e 11 meses de idade. A partir de 1º de julho, a Secretaria de Desenvolvimento Social anunciou que ele passaria a atender apenas as crianças de um ano a cinco anos e 11 meses. O drástico corte foi denunciado até pela Folha tucana, gerou duras críticas nas redes sociais e rebateu na Defensoria Pública. Diante do risco de desgaste político, o "picolé de chuchu" – que já está em plena campanha para a disputa presidencial de 2018 – decidiu anular temporariamente a medida impopular.
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A Defensoria Pública de São Paulo decidiu nesta semana apurar o corte orçamentário efetuado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no programa "Viva Leite". Antes, ele beneficiava crianças de seis meses a seis anos e 11 meses de idade. A partir de 1º de julho, a Secretaria de Desenvolvimento Social anunciou que ele passaria a atender apenas as crianças de um ano a cinco anos e 11 meses. O drástico corte foi denunciado até pela Folha tucana, gerou duras críticas nas redes sociais e rebateu na Defensoria Pública. Diante do risco de desgaste político, o "picolé de chuchu" – que já está em plena campanha para a disputa presidencial de 2018 – decidiu anular temporariamente a medida impopular.
A Folha desta quinta-feira (9) informa que o "governo Geraldo Alckmin recuou da decisão de cortar a entrega de leite para crianças carentes na faixa até um ano de idade. Conforme revelado no sábado, a gestão fez um corte no programa Viva Leite que afetou 9.922 crianças de até um ano e 27.164 acima de seis anos. Agora, a intenção de Alckmin é fornecer leite para 20 mil crianças entre seis meses e um ano. Para isso, o governador recorrerá a um programa da Secretaria de Estado da Saúde. A mudança foi confirmada nesta terça (7). Para as crianças acima de seis anos, porém, o corte no fornecimento de leite permanece. Segundo o governo, elas já recebem alimentação suplementar nas escolas".
Ainda segundo o jornalão, em matéria assinada pelo repórter Venceslau Borlina, "um dos principais motivos para o recuo foi a repercussão negativa para o governo". O programa atende atualmente 353 mil crianças em todo o Estado de São Paulo, garantindo a entrega de 15 litros de leite por mês. Para obter o produto, a família deve ter renda per capita de um quarto de salário mínimo (R$ 197) e deve manter o cadastro atualizado no Centro de Referência em Assistência Social do município. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a decisão de cortar as verbas do programa seria um crime:
"As crianças são carentes, a desnutrição está presente, e o leite é fonte de vitaminas e, principalmente, de cálcio e proteínas. Ele ajuda no crescimento, na formação óssea e no desenvolvimento cognitivo", explica o pediatra Tadeu Fernandes. Ainda de acordo com o médico, a criança com mais de cinco anos precisa tomar dois copos (de 200 ml cada um) por dia de leite. Para crianças menores de cinco, o ideal são três copos. Já as pequenas, abaixo de dois anos, precisam ingerir quatro copos diariamente. O programa Viva Leite, do governo tucano, é limitado, mas é indispensável para as famílias carentes.
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Não houve diminuição de crianças atendidas, e sim uma readequação dos critérios. O Governo do Estado anunciou na terça-feira que vai dobrar para 20 mil crianças entre 6 meses e 1 ano de idade o número de beneficiados nessa faixa etária do Projeto Vivaleite. O aumento ocorrerá com a integração do programa ao “Primeiríssima Infância”, da Secretaria Estadual da Saúde, ampliando de 41 para 100 cidades atendidas.
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