Por Dennis de Oliveira, no blog Quilombo:
Passado mais de um mês da chacina que vitimou dezenove jovens em Osasco e Barueri, as investigações continuam em marcha lenta. Todos os indícios, admitidos até mesmo pelos órgãos governamentais, apontam para a participação de policiais militares neste caso de homicídio múltiplo. Um policial está detido, porém a produção de provas ainda é fraca, e mesmo com a visibilidade do caso e até mesmo a cobrança da mídia hegemônica, não se percebe um empenho na elucidação deste caso.
O que observa nestes casos de chacinas – esta foi a décima quinta neste ano – é que elas funcionam como elementos de “contenção” da periferia. Vários moradores das regiões onde ocorreram esta chacina declaram que a população vive com medo, que há um toque de recolher nos locais. Este mecanismo de “contenção” das periferias se adéqua perfeitamente a uma concepção elitista de cidade, inspirado no modelo Casa Grande e Senzala, em que os integrantes da senzala (periferia) só podem ir à Casa Grande (centro) para o trabalho. E uma forma de demonstrar força é a dissuasão pela violência que se transforma na única “política pública” na periferia.
Os comportamentos distintos de pessoas que apoiam teses conservadoras e progressistas demonstram isto. Enquanto que o secretário de segurança pública, Alexandre Moraes e policiais militares foram recebidos calorosamente por participantes das manifestações que pediam o impeachment da presidenta, inclusive com “selfies”; alunos da Faculdade Direito, do movimento estudantil, ocuparam a aula que o secretário ministrava no dia 24 de agosto para exigir a apuração da chacina.
No dia 12 de setembro, um grupo de manifestantes fez um protesto na Avenida Paulista para exigir a apuração deste caso.
O que chama a atenção é que se este caso, que tem uma enorme visibilidade, tem a sua apuração feita a passos de tartaruga, imaginem os vários homicídios pontuais praticados por matadores e policiais que ocorrem cotidianamente nas periferias… Por isto, fica evidente que 30 anos após a democratização do país, a democracia ainda não chegou na periferia. Práticas típicas da ditadura – execuções extrajudiciais, torturas, invasões de domicílio sem mandado e prisões ilegais que conformam uma política de controle pelo medo – continuam sendo realizadas na periferia.
Passado mais de um mês da chacina que vitimou dezenove jovens em Osasco e Barueri, as investigações continuam em marcha lenta. Todos os indícios, admitidos até mesmo pelos órgãos governamentais, apontam para a participação de policiais militares neste caso de homicídio múltiplo. Um policial está detido, porém a produção de provas ainda é fraca, e mesmo com a visibilidade do caso e até mesmo a cobrança da mídia hegemônica, não se percebe um empenho na elucidação deste caso.
O que observa nestes casos de chacinas – esta foi a décima quinta neste ano – é que elas funcionam como elementos de “contenção” da periferia. Vários moradores das regiões onde ocorreram esta chacina declaram que a população vive com medo, que há um toque de recolher nos locais. Este mecanismo de “contenção” das periferias se adéqua perfeitamente a uma concepção elitista de cidade, inspirado no modelo Casa Grande e Senzala, em que os integrantes da senzala (periferia) só podem ir à Casa Grande (centro) para o trabalho. E uma forma de demonstrar força é a dissuasão pela violência que se transforma na única “política pública” na periferia.
Os comportamentos distintos de pessoas que apoiam teses conservadoras e progressistas demonstram isto. Enquanto que o secretário de segurança pública, Alexandre Moraes e policiais militares foram recebidos calorosamente por participantes das manifestações que pediam o impeachment da presidenta, inclusive com “selfies”; alunos da Faculdade Direito, do movimento estudantil, ocuparam a aula que o secretário ministrava no dia 24 de agosto para exigir a apuração da chacina.
No dia 12 de setembro, um grupo de manifestantes fez um protesto na Avenida Paulista para exigir a apuração deste caso.
O que chama a atenção é que se este caso, que tem uma enorme visibilidade, tem a sua apuração feita a passos de tartaruga, imaginem os vários homicídios pontuais praticados por matadores e policiais que ocorrem cotidianamente nas periferias… Por isto, fica evidente que 30 anos após a democratização do país, a democracia ainda não chegou na periferia. Práticas típicas da ditadura – execuções extrajudiciais, torturas, invasões de domicílio sem mandado e prisões ilegais que conformam uma política de controle pelo medo – continuam sendo realizadas na periferia.
O picolé de chuchu, passará para a estòria(história?) de Sampa como o governador das chacinas, alem de outras perversidades.
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