Por Valter Pomar, em seu blog:
Última chance?
Em editorial publicado na primeira página, o jornal Folha de S.Paulo fez neste domingo 13 de setembro uma chantagem explicita contra a presidenta Dilma Rousseff.
Segundo a Folha, a presidenta Dilma deve tomar "medidas extremas", a saber: "cortes nos gastos terão de ser feitos com radicalidade sem precedentes", concentrando-se em "benefícios perdulários da Previdência", " subsídios a setores específicos da economia" e "desembolsos para parte dos programas sociais", "desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação" e contenção nos "salários para o funcionalismo".
A Folha considera que - se Dilma tomar tais medidas extremas - o governo então terá crédito para demandar "alguma elevação da já obscena carga tributária, um fardo a ser repartido do modo mais justo possível entre as diversas camadas da população".
A Folha reconhece que "serão imensas (...) as resistências da sociedade a iniciativas desse tipo. O país, contudo, não tem escolha. A presidente Dilma Rousseff tampouco: não lhe restará, caso se dobre sob o peso da crise, senão abandonar suas responsabilidades presidenciais e, eventualmente, o cargo".
A Folha mente.
O país e a presidenta tem outra escolha.
Esta outra escolha é simples: cumprir o programa vencedor nas eleições de 2014.
Resumidamente: reduzir a taxa de juros, alongar o pagamento da dívida pública, impor controle de câmbio, lançar mão das reservas internacionais, tributar as grandes fortunas e compreender que o caminho para superar a crise passa pelo crescimento e o crescimento exige ampliar --e não cortar-- os investimentos públicos e sociais.
Além de mentiroso, o editorial da Folha omite as consequências da escolha que defende.
O que a Folha defende é que a presidenta Dilma rasgue a Constituição de 1988 e promova um auto-golpe, no qual ela derruba a si mesma, em favor do programa derrotado nas eleições de 2014.
Este caminho levaria a uma ruptura entre a presidenta, seu Partido, sua real base de apoio e seu eleitorado. E a transformaria numa marionete do sistema financeiro, marionete que será descartada tão logo julguem necessário.
Numa palavra: o editorial da Folha é, mais que chantagista, golpista. O título é muito claro: "última chance". Ou seja: caso Dilma não aceite destruir os direitos sociais, eles destruirão Dilma.
Mais uma vez fica evidente que, para defender a democracia, o governo precisa mudar a política econômica.
Cabe ao PT dizer à presidenta que conte conosco, caso decida responder ao ultimato implementando o programa e exercendo o mandato que as urnas lhe concederam em outubro de 2014.
Última chance?
Em editorial publicado na primeira página, o jornal Folha de S.Paulo fez neste domingo 13 de setembro uma chantagem explicita contra a presidenta Dilma Rousseff.
Segundo a Folha, a presidenta Dilma deve tomar "medidas extremas", a saber: "cortes nos gastos terão de ser feitos com radicalidade sem precedentes", concentrando-se em "benefícios perdulários da Previdência", " subsídios a setores específicos da economia" e "desembolsos para parte dos programas sociais", "desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação" e contenção nos "salários para o funcionalismo".
A Folha considera que - se Dilma tomar tais medidas extremas - o governo então terá crédito para demandar "alguma elevação da já obscena carga tributária, um fardo a ser repartido do modo mais justo possível entre as diversas camadas da população".
A Folha reconhece que "serão imensas (...) as resistências da sociedade a iniciativas desse tipo. O país, contudo, não tem escolha. A presidente Dilma Rousseff tampouco: não lhe restará, caso se dobre sob o peso da crise, senão abandonar suas responsabilidades presidenciais e, eventualmente, o cargo".
A Folha mente.
O país e a presidenta tem outra escolha.
Esta outra escolha é simples: cumprir o programa vencedor nas eleições de 2014.
Resumidamente: reduzir a taxa de juros, alongar o pagamento da dívida pública, impor controle de câmbio, lançar mão das reservas internacionais, tributar as grandes fortunas e compreender que o caminho para superar a crise passa pelo crescimento e o crescimento exige ampliar --e não cortar-- os investimentos públicos e sociais.
Além de mentiroso, o editorial da Folha omite as consequências da escolha que defende.
O que a Folha defende é que a presidenta Dilma rasgue a Constituição de 1988 e promova um auto-golpe, no qual ela derruba a si mesma, em favor do programa derrotado nas eleições de 2014.
Este caminho levaria a uma ruptura entre a presidenta, seu Partido, sua real base de apoio e seu eleitorado. E a transformaria numa marionete do sistema financeiro, marionete que será descartada tão logo julguem necessário.
Numa palavra: o editorial da Folha é, mais que chantagista, golpista. O título é muito claro: "última chance". Ou seja: caso Dilma não aceite destruir os direitos sociais, eles destruirão Dilma.
Mais uma vez fica evidente que, para defender a democracia, o governo precisa mudar a política econômica.
Cabe ao PT dizer à presidenta que conte conosco, caso decida responder ao ultimato implementando o programa e exercendo o mandato que as urnas lhe concederam em outubro de 2014.
A Folha esqueceu de citar que a Presidenta também precisa cortar gastos em publicidades veiculadas em jornais, revistas e Tvs de baixa ou nenhuma credibilidade como, por exemplo, Folha de São Paulo, Estadão, Globo, Época, Veja,... é bom a folha avisar o Alckimin que, se quiser colocar propaganda na revista caviar, use o dinheiro dele!
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