Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Não me esqueço dos “politicamente corretos” que, nas manifestações de 2013, me criticaram por dizer que o rapaz que se tornava conhecido como “Batman do Leblon” (na verdade, morador do subúrbio de Bento Ribeiro) tinha algum problema sério de comportamento.
Desculpem-me estes, certamente de boa-fé, mas o Brasil desenvolve um processo de imbecilização em massa que deixa aquela história dos “15 minutos de glória” do Andy Wharol parecendo de uma antiquadíssima discrição.
O espaço dado pela mídia aos patetas – e aos patéticos – não é só um acaso e nem mesmo, como na deprimente “matéria” da Globo sobre o “protesto” da menina por “não poder” ir imediatamente à Disney, uma exploração barata antigoverno.
Dispensa comentários a questão de mandar crianças à Disney ou não – programinha que, embora besta, nunca deixou sequelas permanentes no cérebro de ninguém – mas exige muita reflexão o que se está construindo na cabeça de uma geração de adultos infantilizados, que tratam a vida como “eu quero, me dá, é meu” e de fantasias imbecis nas quais enfiam seus filhos para realiza-las.
Isso, sim, deixa sequelas permanentes, porque crescem fisicamente tendo como modelos e referências aqueles que não cresceram mentalmente, o que é a tragédia dos imbecis.
Afinal, viver é conviver com conquistas e frustrações – independente onde ocorram , se profissionais, se afetivas, se existenciais – e o contrário é a própria loucura, que é se enquistar num mundo imaginário, cuja inexistência é, mais que irrelevante, inaceitável.
E o papel dos meios de comunicação (chamavam-na de social, lembram-se?) certamente não é o de, para usar o jargão popular, “bater palmas para maluco dançar”.
Não é preciso fazer demagogia dizendo que outros meninos e meninas não tem o que comer, o que vestir, escola para estudar ou médico para cuidar, nem dizer da saudade do “você não vai deixar isso no prato com tanta gente sem ter o que comer”.
Basta pensar no jornalista como qualquer outro profissional, um engenheiro, um médico, um motorista de ônibus ou caminhão: sim, reflita sobre o que você faz, porque pode prejudicar pessoas.
Mais ou menos como a gente ensina às crianças a terem responsabilidade.
Não me esqueço dos “politicamente corretos” que, nas manifestações de 2013, me criticaram por dizer que o rapaz que se tornava conhecido como “Batman do Leblon” (na verdade, morador do subúrbio de Bento Ribeiro) tinha algum problema sério de comportamento.
Desculpem-me estes, certamente de boa-fé, mas o Brasil desenvolve um processo de imbecilização em massa que deixa aquela história dos “15 minutos de glória” do Andy Wharol parecendo de uma antiquadíssima discrição.
O espaço dado pela mídia aos patetas – e aos patéticos – não é só um acaso e nem mesmo, como na deprimente “matéria” da Globo sobre o “protesto” da menina por “não poder” ir imediatamente à Disney, uma exploração barata antigoverno.
Dispensa comentários a questão de mandar crianças à Disney ou não – programinha que, embora besta, nunca deixou sequelas permanentes no cérebro de ninguém – mas exige muita reflexão o que se está construindo na cabeça de uma geração de adultos infantilizados, que tratam a vida como “eu quero, me dá, é meu” e de fantasias imbecis nas quais enfiam seus filhos para realiza-las.
Isso, sim, deixa sequelas permanentes, porque crescem fisicamente tendo como modelos e referências aqueles que não cresceram mentalmente, o que é a tragédia dos imbecis.
Afinal, viver é conviver com conquistas e frustrações – independente onde ocorram , se profissionais, se afetivas, se existenciais – e o contrário é a própria loucura, que é se enquistar num mundo imaginário, cuja inexistência é, mais que irrelevante, inaceitável.
E o papel dos meios de comunicação (chamavam-na de social, lembram-se?) certamente não é o de, para usar o jargão popular, “bater palmas para maluco dançar”.
Não é preciso fazer demagogia dizendo que outros meninos e meninas não tem o que comer, o que vestir, escola para estudar ou médico para cuidar, nem dizer da saudade do “você não vai deixar isso no prato com tanta gente sem ter o que comer”.
Basta pensar no jornalista como qualquer outro profissional, um engenheiro, um médico, um motorista de ônibus ou caminhão: sim, reflita sobre o que você faz, porque pode prejudicar pessoas.
Mais ou menos como a gente ensina às crianças a terem responsabilidade.
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