Por Mú Adriano, no site da UJS:
O Brasil vive um paradoxo, após treze anos de governos populares e progressistas no governo central do país, o sufrágio universal consagrou nas urnas o congresso mais conservador desde 1964, podendo, dada as devidas ponderações, o título de um dos piores da história republicana brasileira.
Esse fato é derivado do acumulo de forças dos campos ideológicos que disputam o projeto de nação brasileira, facilitado pelo sistema político adotado por nós, um tanto quanto confuso e que facilita esse tipo de anomalia, onde o executivo e o legislativo são eleitos separadamente e a correlação de forças no congresso, não é necessariamente a mesma do executivo.
Ainda tem um fato que se sobressai e eu fico com a impressão de ser um fator preponderante que contribui para essa situação. Existe uma crescente despolitização no Brasil, setores da grande mídia, jogam todos os políticos na mesma vala comum, todos os políticos são ladrões, o governo não funciona e existe apenas para sugar impostos do povo de bem, trabalhador, não é difícil escutar de pessoas mais humildes até as mais “esclarecidas” que “se chegassem lá, também roubariam”, afinal todo mundo rouba!
Com esse discurso que se perpetualiza, o tal de “rouba, mas faz”, abrindo margem para se personificar os indivíduos que estão na representação em especial parlamentar, que agem segundo os interesses mais escusos que podem existir, transformando nosso congresso nacional em um verdadeiro balcão de negócios, esse é o chamado lobby, uma das principais fontes de corrupção no país.
Essa opção de setores brasileiros de afastar o seu João a dona Maria, o menino José e a jovem Mariana é uma opção clara de mais e mais empobrecer o debate político nacional, no período eleitoral aqueles candidatos que se preocupam em defender ideias e não oferecer vantagens materiais aos eleitores são vistos como os Et’s, coisa típica da esquerda sonhadora, e quanto mais isso acontece, menos mudanças significativas ocorrem na estrutura do Estado, sendo esse ainda elitista e atrasado, mesmo o Brasil tendo o seu maior período de democracia ininterrupta, ainda resta muito o que se avançar.
Reequilibrar essa balança é necessário e urgente, porém é uma situação das mais complexas, construir uma nova hegemonia na sociedade é algo que requer determinação, vontade política e tempo. Este último junto com o segundo me parece o mais difícil, a proibição ao financiamento privado me parece um bom começo para dar uma depurada ainda que superficial no legislativo brasileiro, mas é necessário uma virada de postura em relação a mídia e a mobilização social. Não basta encarar essa mobilização apenas do ponto de vista “adesista” é sobretudo necessário que ela seja propositiva e transformadora.
O Brasil vive um paradoxo, após treze anos de governos populares e progressistas no governo central do país, o sufrágio universal consagrou nas urnas o congresso mais conservador desde 1964, podendo, dada as devidas ponderações, o título de um dos piores da história republicana brasileira.
Esse fato é derivado do acumulo de forças dos campos ideológicos que disputam o projeto de nação brasileira, facilitado pelo sistema político adotado por nós, um tanto quanto confuso e que facilita esse tipo de anomalia, onde o executivo e o legislativo são eleitos separadamente e a correlação de forças no congresso, não é necessariamente a mesma do executivo.
Ainda tem um fato que se sobressai e eu fico com a impressão de ser um fator preponderante que contribui para essa situação. Existe uma crescente despolitização no Brasil, setores da grande mídia, jogam todos os políticos na mesma vala comum, todos os políticos são ladrões, o governo não funciona e existe apenas para sugar impostos do povo de bem, trabalhador, não é difícil escutar de pessoas mais humildes até as mais “esclarecidas” que “se chegassem lá, também roubariam”, afinal todo mundo rouba!
Com esse discurso que se perpetualiza, o tal de “rouba, mas faz”, abrindo margem para se personificar os indivíduos que estão na representação em especial parlamentar, que agem segundo os interesses mais escusos que podem existir, transformando nosso congresso nacional em um verdadeiro balcão de negócios, esse é o chamado lobby, uma das principais fontes de corrupção no país.
Essa opção de setores brasileiros de afastar o seu João a dona Maria, o menino José e a jovem Mariana é uma opção clara de mais e mais empobrecer o debate político nacional, no período eleitoral aqueles candidatos que se preocupam em defender ideias e não oferecer vantagens materiais aos eleitores são vistos como os Et’s, coisa típica da esquerda sonhadora, e quanto mais isso acontece, menos mudanças significativas ocorrem na estrutura do Estado, sendo esse ainda elitista e atrasado, mesmo o Brasil tendo o seu maior período de democracia ininterrupta, ainda resta muito o que se avançar.
Reequilibrar essa balança é necessário e urgente, porém é uma situação das mais complexas, construir uma nova hegemonia na sociedade é algo que requer determinação, vontade política e tempo. Este último junto com o segundo me parece o mais difícil, a proibição ao financiamento privado me parece um bom começo para dar uma depurada ainda que superficial no legislativo brasileiro, mas é necessário uma virada de postura em relação a mídia e a mobilização social. Não basta encarar essa mobilização apenas do ponto de vista “adesista” é sobretudo necessário que ela seja propositiva e transformadora.
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