Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
A situação cambial e a relação entre a dívida externa brasileira e o PIB do país em 2015 escancaram a superioridade dos governos Lula e Dilma sobre o governo FHC e desmontam a falácia de que o país esteja atravessando hoje uma crise pior do que há 13 anos.
Nesta quinta-feira (1/10), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou que as exportações brasileiras superaram as importações em US$ 2,944 bilhões em setembro. E que, com isso, a balança comercial teve o melhor mês de setembro desde 2011, quando somou US$ 3,074 bilhões.
Mais: no saldo acumulado de janeiro a setembro, a exportações superam as importações em US$ 10,246 bilhões, o maior valor para o período desde 2012, quando foi de US$ 15,695 bilhões.
Os dados recentes, aliados ao montante de reservas cambiais que o país tem, geram uma situação de tranquilidade. O Brasil, hoje, dispõe de um “colchão cambial” de 370 bilhões de dólares, que, combinado com forte redução do peso da dívida externa ao longo dos governos Lula e Dilma, desestimulam ataques especulativos contra a nossa economia.
Para começar a entender a diferença de situação da economia sob Dilma Rousseff e sob Fernando Henrique Cardoso, há que começar pelo nível de reservas cambiais que o país tinha há 12 anos e o que tem hoje.
Abaixo, dados do Banco Central sob a situação das reservas cambiais deixadas por FHC e as que o país tem hoje.
Saldo de 2002
Saldo de 2015
A nova situação das reservas de divisas do país desestimula ataques especulativos. Mas o que é um ataque especulativo? Basicamente, é uma tentativa do mercado de elevar o valor da moeda americana ante o real através de forte aumento de compradores.
Sem reservas, o país não pode oferecer ao mercado a quantidade de dólares que está requerendo e, assim, a busca pela moeda aumenta geometricamente, de modo que a lei da oferta e da procura faz o preço do dólar disparar.
Sem reservas, o país não tem como dar garantia de que quem colocar dinheiro no país consiga tirar. Desse modo, o país passa a ter dificuldades para importar – fornecedores do exterior passam a só aceitar pagamentos antecipados – e não consegue financiar suas exportações.
É um círculo vicioso.
Além disso, outro fator contribui para a credibilidade e a solidez econômica do país: o peso da dívida externa sobre a economia.
No gráfico abaixo, o leitor pode conferir a evolução do PIB e a importância de nossa economia no cenário internacional. Em 1995, quando FHC assumiu a Presidência, o Brasil era a 8ª economia do mundo; em 2002, quando deixou o governo, era a 13ª. Hoje, é a 7ª.
A dívida externa brasileira cresceu ao longo dos últimos doze anos e tanto porque a economia como um todo cresceu, mas essa dívida cresceu muito menos nesse período, enquanto o país construía seu “colchão cambial”.
Segundo dados do Banco Central, o país tinha uma dívida externa bruta de US$ 235 bilhões ao fim do governo FHC e, hoje, tem uma dívida de US$ 714 bilhões. Porém, por estranho que pareça, a dívida externa, hoje, pesa muito menos do que a de 12 anos e pouco atrás.
O problema é que o valor nominal da dívida e do dólar permite à grande mídia enganar o público ao divulgar que os US$ 235 bi de dívida em 2002 pesam tanto quanto os US$ 714 bi de hoje e que o dólar a 4 reais de hoje equivale ao de 3,99 reais de 2002.
O economista Alexandre Cabral, da NeoValue Investimentos, fez um cálculo de quanto seriam hoje os 3.99 reais que custavam um dólar em 2002 e concluiu que, se for considerado o IGP-M (índice de inflação calculado pela FGV) e o CPI (índice de preços norte-americano), o valor nominal do dólar hoje teria que ser equivalente a R$ 7,46 para ser igual ao de 12 anos e tanto atrás.
Usando os parâmetros desse economista, fica interessante fazer um cálculo sobre a solidez da economia brasileira hoje em relação à situação de 2002.
Como se vê, a dívida externa legada por FHC batia em 118,03% do PIB enquanto que, hoje, e só após as recentes altas do dólar, ela subiu a meros 51,74% do PIB. Ou seja, é como se você ganhasse R$ 1.000,00 reais e devesse R$ 1.180,30 em 2002 e, hoje, ganhasse R$ 1.000,00 mas devesse R$ 510,74.
Some-se a tudo isso a notícia sobre o avanço das exportações e à volta do acumulo de reservas possibilitado pela balança comercial positiva e o que se obtém é que não há maiores motivos para a economia brasileira não voltar a avançar.
O problema, basicamente, é uma crise de confiança por conta da situação política. Se o país equilibrar receita e despesa e puser fim a delírios golpistas, nossa economia tende a retomar o ritmo em breve, com efeitos positivos inevitáveis sobre nível de emprego e valor dos salários.
Trocando em miúdos: se pararem de sabotar o Brasil, tudo se ajeita.
A situação cambial e a relação entre a dívida externa brasileira e o PIB do país em 2015 escancaram a superioridade dos governos Lula e Dilma sobre o governo FHC e desmontam a falácia de que o país esteja atravessando hoje uma crise pior do que há 13 anos.
Nesta quinta-feira (1/10), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou que as exportações brasileiras superaram as importações em US$ 2,944 bilhões em setembro. E que, com isso, a balança comercial teve o melhor mês de setembro desde 2011, quando somou US$ 3,074 bilhões.
Mais: no saldo acumulado de janeiro a setembro, a exportações superam as importações em US$ 10,246 bilhões, o maior valor para o período desde 2012, quando foi de US$ 15,695 bilhões.
Os dados recentes, aliados ao montante de reservas cambiais que o país tem, geram uma situação de tranquilidade. O Brasil, hoje, dispõe de um “colchão cambial” de 370 bilhões de dólares, que, combinado com forte redução do peso da dívida externa ao longo dos governos Lula e Dilma, desestimulam ataques especulativos contra a nossa economia.
Para começar a entender a diferença de situação da economia sob Dilma Rousseff e sob Fernando Henrique Cardoso, há que começar pelo nível de reservas cambiais que o país tinha há 12 anos e o que tem hoje.
Abaixo, dados do Banco Central sob a situação das reservas cambiais deixadas por FHC e as que o país tem hoje.
Saldo de 2002
Saldo de 2015
A nova situação das reservas de divisas do país desestimula ataques especulativos. Mas o que é um ataque especulativo? Basicamente, é uma tentativa do mercado de elevar o valor da moeda americana ante o real através de forte aumento de compradores.
Sem reservas, o país não pode oferecer ao mercado a quantidade de dólares que está requerendo e, assim, a busca pela moeda aumenta geometricamente, de modo que a lei da oferta e da procura faz o preço do dólar disparar.
Sem reservas, o país não tem como dar garantia de que quem colocar dinheiro no país consiga tirar. Desse modo, o país passa a ter dificuldades para importar – fornecedores do exterior passam a só aceitar pagamentos antecipados – e não consegue financiar suas exportações.
É um círculo vicioso.
Além disso, outro fator contribui para a credibilidade e a solidez econômica do país: o peso da dívida externa sobre a economia.
No gráfico abaixo, o leitor pode conferir a evolução do PIB e a importância de nossa economia no cenário internacional. Em 1995, quando FHC assumiu a Presidência, o Brasil era a 8ª economia do mundo; em 2002, quando deixou o governo, era a 13ª. Hoje, é a 7ª.
A dívida externa brasileira cresceu ao longo dos últimos doze anos e tanto porque a economia como um todo cresceu, mas essa dívida cresceu muito menos nesse período, enquanto o país construía seu “colchão cambial”.
Segundo dados do Banco Central, o país tinha uma dívida externa bruta de US$ 235 bilhões ao fim do governo FHC e, hoje, tem uma dívida de US$ 714 bilhões. Porém, por estranho que pareça, a dívida externa, hoje, pesa muito menos do que a de 12 anos e pouco atrás.
O problema é que o valor nominal da dívida e do dólar permite à grande mídia enganar o público ao divulgar que os US$ 235 bi de dívida em 2002 pesam tanto quanto os US$ 714 bi de hoje e que o dólar a 4 reais de hoje equivale ao de 3,99 reais de 2002.
O economista Alexandre Cabral, da NeoValue Investimentos, fez um cálculo de quanto seriam hoje os 3.99 reais que custavam um dólar em 2002 e concluiu que, se for considerado o IGP-M (índice de inflação calculado pela FGV) e o CPI (índice de preços norte-americano), o valor nominal do dólar hoje teria que ser equivalente a R$ 7,46 para ser igual ao de 12 anos e tanto atrás.
Usando os parâmetros desse economista, fica interessante fazer um cálculo sobre a solidez da economia brasileira hoje em relação à situação de 2002.
Como se vê, a dívida externa legada por FHC batia em 118,03% do PIB enquanto que, hoje, e só após as recentes altas do dólar, ela subiu a meros 51,74% do PIB. Ou seja, é como se você ganhasse R$ 1.000,00 reais e devesse R$ 1.180,30 em 2002 e, hoje, ganhasse R$ 1.000,00 mas devesse R$ 510,74.
Some-se a tudo isso a notícia sobre o avanço das exportações e à volta do acumulo de reservas possibilitado pela balança comercial positiva e o que se obtém é que não há maiores motivos para a economia brasileira não voltar a avançar.
O problema, basicamente, é uma crise de confiança por conta da situação política. Se o país equilibrar receita e despesa e puser fim a delírios golpistas, nossa economia tende a retomar o ritmo em breve, com efeitos positivos inevitáveis sobre nível de emprego e valor dos salários.
Trocando em miúdos: se pararem de sabotar o Brasil, tudo se ajeita.
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