Por Altamiro Borges
Sem qualquer pudor nacionalista, a Folha colonizada publicou uma curiosa notinha nesta sexta-feira (2): "O apresentador Marcelo Tas virou assunto de e-mails trocados por assessores de Hillary Clinton com a então secretária de Estado em 2011. O motivo? Tas repassou, em sua conta no Twitter, uma mensagem do então assessor de Hillary para Inovação, Alec Ross. Ross narrou o feito em e-mail de agosto de 2011 a Thomas Shannon, então embaixador dos EUA. 'Você já me ouviu falar sobre como devemos cultivar 'influenciadores de mídias sociais' com o objetivo de validar e amplificar a nossa mensagem', disse Ross".
"Influenciadores de mídias sociais" poderiam ser encarados como porta-vozes de luxo das políticas do império. Mas a Folha não faz qualquer reparo e ainda acrescenta: "O assessor [Ross] conta então que Marcelo Tas foi convidado para um 'café' por iniciativa da embaixada meses antes durante uma visita ao Brasil. 'Nesta manhã, publiquei algo sobre Síria no meu Twitter. Tas pegou, reescreveu em português e então o disseminou para os seus quase 2 milhões de seguidores no Twitter', disse. 'O mais importante é que eles não pensam que isso seja algo que o governo dos EUA está colocando, mas sim o Marcelo Tas', completou. A troca de e-mails chegou a Hillary, que celebrou: 'É um bom exemplo'".
De fato, um baita "influenciador de mídias sociais" e, tudo indica, sem remuneração. Ainda segundo a Folha, Marcelo Tas tem hoje 8 milhões de seguidores no Twitter. Ele garante que "Alec Ross não lhe pediu para publicar nada. 'A gente conversou sobre mídias sociais, assunto em que ele é especialista'. A celebração de seu tuíte por assessores é 'normal', diz o apresentador. 'A novidade é o Estado americano me achar relevante', afirma". Além de influenciador de mídias sociais, o rapaz é modesto! No seu tempo de chefão do CQC, na Band, ele também era bastante comedido nas suas críticas ao chamado "lulopetismo", que tanto desagrada o império ianque nas suas relações internacionais.
*****
Leia também:
... o inimigo mora ao lado...
ResponderExcluirA quem estes sujeitos influenciam? Ora, àqueles tem preguiça mental e detestam pensar por si mesmos. Quais indivíduos jogam para baixo o nível do próprio raciocínio e entregam a sua mente a "deformadores" de opiniões, de nível rasteiro de consciência e pensamento ralo? Os que estão cegos pelo consumismo e não querem ir além daquilo que outros lhes ditam.
ResponderExcluirO império precisa dominar as mentes e impedir que o povo se instrua ou, se o fizer, siga o chamado efeito manada. Dois milhões de seguidores nas redes sociais sem qualquer conteúdo que preste ? Que porcaria!!!