Por Carolina de Assis e Dodô Calixto, no site Opera Mundi:
"Nesse contexto de preocupação sobre o turismo sexual, vimos algumas publicações fazerem piadas sobre turistas indo para praia apenas pelo desejo de olhar o 'bumbum' das mulheres brasileiras. Acreditamos que esse tipo de caso ajuda a configurar o esteriótipo que as mulheres brasileiras estão disponíveis, o que não é nada aceitável como algo que possa ser considerado sexy”, analisa.
Hardie destaca que o trabalho desenvolvido pela ONG Object não tem como objetivo fazer campanha contra a liberdade sexual ou o sexo em si. "Nossa campanha é para que possamos olhar a mídia e entender as relações de poder e as representações da mulher. Como sempre digo, a representação da mulher na mídia é uma parte do corpo da mulher que tem sido usado fora de controle. Em alguns casos mais extremos, podemos ver imagens que podem sugerir o uso da força ou degradação contra mulheres. É preocupante que esse tipo de conteúdo apareça em nossa mídia. Então é importante que a mídia pense em se comportar de outras maneiras possíveis", conclui.
A exploração da imagem de mulheres na mídia é uma das preocupações da pesquisadora Roz Hardie, diretora da ONG britânica Object. Para a feminista, que participou do I Seminário Internacional Cultura da Violência contra Mulheres, a circulação de conteúdo que representa o feminino como objeto nos meios de comunicação favorece a proliferação de ideias que mulheres "desejam ou merecem violência".
"Não diríamos que objetificação sexual seja a causa da violência contra mulheres. Mas o que nós acreditamos de fato é que quando você começa a ver as mulheres como objetos, que servem simplesmente para o sexo, fica mais fácil justificar abusos e violências contra elas e pensar que isso de alguma maneira está correto", critica.
Nos meses que antecederam a Copa do Mundo de 2014, Roz Hardie pesquisou como as mulheres brasileiras eram representadas nos veículos de comunicação do Reino Unido. Em meio à preocupação com turismo sexual e abuso de crianças, relembra Hardie, aconteceram várias publicações que usaram representações estereotipadas das mulheres brasileiras, reforçando a ideia de que elas estariam "disponíveis aos turistas".
"Não diríamos que objetificação sexual seja a causa da violência contra mulheres. Mas o que nós acreditamos de fato é que quando você começa a ver as mulheres como objetos, que servem simplesmente para o sexo, fica mais fácil justificar abusos e violências contra elas e pensar que isso de alguma maneira está correto", critica.
Nos meses que antecederam a Copa do Mundo de 2014, Roz Hardie pesquisou como as mulheres brasileiras eram representadas nos veículos de comunicação do Reino Unido. Em meio à preocupação com turismo sexual e abuso de crianças, relembra Hardie, aconteceram várias publicações que usaram representações estereotipadas das mulheres brasileiras, reforçando a ideia de que elas estariam "disponíveis aos turistas".
"Nesse contexto de preocupação sobre o turismo sexual, vimos algumas publicações fazerem piadas sobre turistas indo para praia apenas pelo desejo de olhar o 'bumbum' das mulheres brasileiras. Acreditamos que esse tipo de caso ajuda a configurar o esteriótipo que as mulheres brasileiras estão disponíveis, o que não é nada aceitável como algo que possa ser considerado sexy”, analisa.
Hardie destaca que o trabalho desenvolvido pela ONG Object não tem como objetivo fazer campanha contra a liberdade sexual ou o sexo em si. "Nossa campanha é para que possamos olhar a mídia e entender as relações de poder e as representações da mulher. Como sempre digo, a representação da mulher na mídia é uma parte do corpo da mulher que tem sido usado fora de controle. Em alguns casos mais extremos, podemos ver imagens que podem sugerir o uso da força ou degradação contra mulheres. É preocupante que esse tipo de conteúdo apareça em nossa mídia. Então é importante que a mídia pense em se comportar de outras maneiras possíveis", conclui.
Um aspecto surreal se dá por conta dessa subcelebridade de 41 anos que se torna um dos "objetos sexuais" promovidos pela grande mídia machista. Ela é considerada uma das "musas desejáveis" (sic) por um portal das Organizações Globo:
ResponderExcluirhttp://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2015/10/empinando-o-bumbum-solange-gomes-e-carregada-por-tres-homens.html
Pasmem, há quem diga que "musas" desse porte são "feministas" só porque elas não tem maridos...