Por Altamiro Borges
Nesta terça-feira (13), na Praça do Patriarca, região central de São Paulo, vários movimentos sociais e entidades ambientalistas, reunidas no Coletivo de Luta pela Água, realizam uma singela homenagem ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Na ocasião será entregue ao tucano o "Prêmio Falta de Água", como uma resposta irreverente à decisão da Câmara Federal de agraciar o "picolé de chuchu" com o Prêmio Lúcio Costa, concedido "por seus méritos na gestão da crise hídrica em São Paulo". O ato terá início às 16 horas e servirá para mostrar a revolta da população com a grave crise do setor.
De fato, a premiação do "picolé de chuchu" - sempre tão blindado pela mídia chapa-branca - merece total repúdio. Os manifestantes até poderiam levar umas caixas-d'água ao protesto. Na mesma semana em que Geraldo Alckmin foi premiado pelos nobres deputados - sem qualquer senso de ridículo -, a Sabesp informou que atrasaria a entrega dos 25 mil reservatórios às famílias de baixa renda mais afetadas pelo racionamento. A estatal havia prometido a entrega até junho, mas estendeu o prazo para março de 2016. Os moradores até montaram estruturas para receber as caixas d'água, mas seguirão em dificuldade para fazer comida, lavar roupa, tomar banho e outras necessidades básicas.
Nesta terça-feira (13), na Praça do Patriarca, região central de São Paulo, vários movimentos sociais e entidades ambientalistas, reunidas no Coletivo de Luta pela Água, realizam uma singela homenagem ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Na ocasião será entregue ao tucano o "Prêmio Falta de Água", como uma resposta irreverente à decisão da Câmara Federal de agraciar o "picolé de chuchu" com o Prêmio Lúcio Costa, concedido "por seus méritos na gestão da crise hídrica em São Paulo". O ato terá início às 16 horas e servirá para mostrar a revolta da população com a grave crise do setor.
Para os organizadores do protesto, a premiação de Geraldo Alckmin "é um profundo desrespeito à população da região metropolitana e de muitas outras cidades do Estado que diariamente e por longas horas se vê privada do acesso ao bem mais primordial para a vida que é a água. Faltou bom senso à Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara de Deputados ao premiar o principal responsável pela maior crise hídrica pela qual já passou o Estado de São Paulo, conforme análises da Agência Nacional de Águas, do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público... A infeliz indicação do deputado federal João Paulo Papa (PSDB-SP), ex-alto funcionário da Sabesp, precisa de revisão urgente. Não é possível distorcer a realidade de forma que algo se transforme em seu oposto".
De fato, a premiação do "picolé de chuchu" - sempre tão blindado pela mídia chapa-branca - merece total repúdio. Os manifestantes até poderiam levar umas caixas-d'água ao protesto. Na mesma semana em que Geraldo Alckmin foi premiado pelos nobres deputados - sem qualquer senso de ridículo -, a Sabesp informou que atrasaria a entrega dos 25 mil reservatórios às famílias de baixa renda mais afetadas pelo racionamento. A estatal havia prometido a entrega até junho, mas estendeu o prazo para março de 2016. Os moradores até montaram estruturas para receber as caixas d'água, mas seguirão em dificuldade para fazer comida, lavar roupa, tomar banho e outras necessidades básicas.
Revoltado com o descaso do governo, o pedreiro José Damião Teodósio, morador de Itaquera, na zona leste da capital, ironiza o prêmio concedido ao tucano Geraldo Alckmin. "Quem merece prêmio somos nós que ficamos o dia inteiro sem água. Ele ganha prêmio e a gente ganha o quê? Aumento [na conta de água]. A gente não tem água e a conta vem alta, vai entender", reclamou à Folha. A exemplo de muitos paulistas - cerca de 5 milhões são abastecidos pelo "volume morto" do Sistema Cantareira - as torneiras da casa do pedreiro ficam secas várias horas por dia ou vários dias na semana.
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O nome mais apropriado seria "Prêmio Volume Morto"
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