Por Altamiro Borges
A revista "Veja", obrada pela famiglia Civita, nunca escondeu o seu amor quase carnal por Fernando Henrique Cardoso, o "príncipe da Sorbonne" que impôs o receituário neoliberal no Brasil - com a sua política de desmonte do Estado, da nação e do trabalho. Nas campanhas eleitorais de 1994 e 1998, ela deu apoio explícito ao candidato do PSDB e fez de tudo para satanizar o operário Lula. Já no início do seu triste reinado, FHC apareceu na capa da revista com trajes militares, num elogio a sua decisão de acionar as tropas do Exército para esmagar a greve da Petrobras, em maio de 1995. Durante seus oito anos de mandato, a "Veja" apoiou explicitamente a privataria das estatais, a retirada dos direitos trabalhistas e a subserviência do tucano diante dos EUA.
A revista "Veja", obrada pela famiglia Civita, nunca escondeu o seu amor quase carnal por Fernando Henrique Cardoso, o "príncipe da Sorbonne" que impôs o receituário neoliberal no Brasil - com a sua política de desmonte do Estado, da nação e do trabalho. Nas campanhas eleitorais de 1994 e 1998, ela deu apoio explícito ao candidato do PSDB e fez de tudo para satanizar o operário Lula. Já no início do seu triste reinado, FHC apareceu na capa da revista com trajes militares, num elogio a sua decisão de acionar as tropas do Exército para esmagar a greve da Petrobras, em maio de 1995. Durante seus oito anos de mandato, a "Veja" apoiou explicitamente a privataria das estatais, a retirada dos direitos trabalhistas e a subserviência do tucano diante dos EUA.
Nesta semana, a famiglia Civita voltou a explicitar o seu amor por FHC, que hoje comanda a cruzada golpista para depor ou sangrar a presidenta Dilma. Ele é novamente capa na revista do esgoto! Desta vez, o motivo da bajulação é o lançamento do livro "Diários da Presidência", uma coletânea em que o vaidoso ex-presidente se jacta dos seus feitos. Na propaganda promocional da edição, a "Veja" quase vai ao orgasmo: "Nunca na história deste país, se sentiu tanta falta de um ex-presidente". Até parece uma homenagem fúnebre a um ente querido que morreu ou foi esquecido e rejeitado pela sociedade.
A revista sequer dá destaque para algumas confissões tardias e reveladoras do ex-presidente. Num dos trechos do livro, FHC admite explicitamente que sabia do esquema de corrupção na Petrobras e que nada fez para estancar a roubalheira. Como já ironizou Helena Sthephanowitz, do blog Amigos do presidente Lula, "o livro Diários da Presidência precisa ser anexado aos autos da Operação Lava-Jato. Entre outras revelações, o ex-presidente relata ter sido alertado, em 16 de outubro de 1996, de que ocorria um 'escândalo' dentro da Petrobras. Quem o alertou foi o dono da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, nomeado por FHC para o Conselho de Administração da estatal". Neste sentido, o livro confirma: FHC é o pai do petrolão!
Sobre o amor carnal da "Veja" pelo neoliberal FHC não é preciso gastar muita munição. No futuro, a linha editorial partidarizada da revista do esgoto será motivo de inúmeros estudos acadêmicos sobre a perda de credibilidade e a falência da publicação da famiglia Civita. Já sobre as revelações do ex-presidente, vale conferir o corrosivo artigo de Leandro Fortes, postado em sua página no Facebook:
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Confissões tardias
Por Leandro Fortes
Esses tais “Diários da Presidência” foram bolados para que Fernando Henrique Cardoso possa, ainda em vida, usar o espaço decrépito da velha mídia para tentar se projetar como estadista – e não como o triste golpista cercado de reacionários em que se transformou.
Mas, apesar de os quatros livros anunciados se anunciarem, também, como lengalengas intermináveis sobre o cotidiano de FHC, alguma aventura há de se extrair das elucubrações do velho ex-presidente do PSDB.
A primeira delas, referente à confissão de que, em 1996, FHC soube dos esquemas de corrupção da Petrobras, mas nada fez, é extremamente emblemática.
Eu era repórter, à época, do saudoso Jornal do Brasil, cujo alinhamento com o governo era permanente, mas sutil. Diferentemente de O Globo, por exemplo, que só faltava detalhar as partes íntimas das autoridades federais, a fim de excitar os idólatras que lhes frequentavam as páginas.
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Confissões tardias
Por Leandro Fortes
Esses tais “Diários da Presidência” foram bolados para que Fernando Henrique Cardoso possa, ainda em vida, usar o espaço decrépito da velha mídia para tentar se projetar como estadista – e não como o triste golpista cercado de reacionários em que se transformou.
Mas, apesar de os quatros livros anunciados se anunciarem, também, como lengalengas intermináveis sobre o cotidiano de FHC, alguma aventura há de se extrair das elucubrações do velho ex-presidente do PSDB.
A primeira delas, referente à confissão de que, em 1996, FHC soube dos esquemas de corrupção da Petrobras, mas nada fez, é extremamente emblemática.
Eu era repórter, à época, do saudoso Jornal do Brasil, cujo alinhamento com o governo era permanente, mas sutil. Diferentemente de O Globo, por exemplo, que só faltava detalhar as partes íntimas das autoridades federais, a fim de excitar os idólatras que lhes frequentavam as páginas.
Padrão semelhante se espalhava por todas os demais veículos de comunicação, à exceção honrosa da CartaCapital – que, por isso mesmo, era mantida à distância de verbas oficiais de publicidade, porque é assim a “democracia” tucana.
Havia, portanto, uma blindagem geral em relação ao governo federal, tanta e de tal monta, que em um dos famosos grampos do BNDES, pelos quais foi possível entender como o PSDB montou o esquema criminoso de privatização de estatais, FHC mostrava-se assustado com tanto apoio.
Em uma das fitas dos grampos, o então ministro das Comunicações, Mendonça de Barros, diz a FHC:
“A imprensa está muito favorável, com editoriais”.
Do outro lado da linha, o presidente tucano responde, galhofeiro:
“Está demais, né? Estão exagerando, até”.
E bota exagero nisso. Nessa mesma época, a TV Globo mandou para o exílio europeu a jornalista Miriam Dutra, supostamente grávida de FHC, uma estratégia que iria deixar o presidente da República, até o último dia de seu segundo mandato, refém absoluto da família Marinho.
Mais tarde, o mundo ficaria sabendo que o filho da jornalista sequer era de Fernando Henrique.
O tucano fora vítima de uma fraude, um golpe da barriga ao contrário.
Mas é ainda confiante nessa blindagem, nesse descaramento editorial que se transferiu integralmente com os tucanos para a oposição, que FHC se dá ao desfrute de confessar absurdos como este, da Petrobras.
Sabe que, apesar de ter admitido um fato criminoso e moralmente inaceitável, terá o noticiário a seu lado, nem que seja por omissão.
Mas, dessa inusitada confissão, surge um questionamento moral e ético mais profundo.
Em abril, em nota amplamente divulgada na imprensa, FHC mostrou-se apoplético com declarações da presidenta Dilma Rousseff sobre, justamente, acusações de delatores da Operação Lava Jato dando conta da corrupção na Petrobras, durante os governos tucanos.
Exatamente o que, agora, Fernando Henrique confessa, em seus diários.
Assim escreveu FHC:
“Trata-se [a corrupção na Petrobras] de um processo sistemático que envolve os governos da presidente Dilma (que ademais foi presidente do Conselho de Administração da empresa e ministra de Minas e Energia) e do ex-presidente Lula. Foram eles ou seus representantes na Petrobras que nomearam os diretores da empresa ora acusados de, em conluio com empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do partido, de desviar recursos em benefício próprio ou para cofres partidários”.
Ou seja, escreveu isso mesmo sabendo que os esquemas tinham sido iniciados no governo dele. E, ainda assim, nada fez.
Foi um covarde.
E, agora, ao revelar-se como tal, tornou-se um hipócrita.
Por isso, algo me diz que esses diários irão, muito em breve, para o lixo da História.
Como, de resto, o próprio FHC.
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Havia, portanto, uma blindagem geral em relação ao governo federal, tanta e de tal monta, que em um dos famosos grampos do BNDES, pelos quais foi possível entender como o PSDB montou o esquema criminoso de privatização de estatais, FHC mostrava-se assustado com tanto apoio.
Em uma das fitas dos grampos, o então ministro das Comunicações, Mendonça de Barros, diz a FHC:
“A imprensa está muito favorável, com editoriais”.
Do outro lado da linha, o presidente tucano responde, galhofeiro:
“Está demais, né? Estão exagerando, até”.
E bota exagero nisso. Nessa mesma época, a TV Globo mandou para o exílio europeu a jornalista Miriam Dutra, supostamente grávida de FHC, uma estratégia que iria deixar o presidente da República, até o último dia de seu segundo mandato, refém absoluto da família Marinho.
Mais tarde, o mundo ficaria sabendo que o filho da jornalista sequer era de Fernando Henrique.
O tucano fora vítima de uma fraude, um golpe da barriga ao contrário.
Mas é ainda confiante nessa blindagem, nesse descaramento editorial que se transferiu integralmente com os tucanos para a oposição, que FHC se dá ao desfrute de confessar absurdos como este, da Petrobras.
Sabe que, apesar de ter admitido um fato criminoso e moralmente inaceitável, terá o noticiário a seu lado, nem que seja por omissão.
Mas, dessa inusitada confissão, surge um questionamento moral e ético mais profundo.
Em abril, em nota amplamente divulgada na imprensa, FHC mostrou-se apoplético com declarações da presidenta Dilma Rousseff sobre, justamente, acusações de delatores da Operação Lava Jato dando conta da corrupção na Petrobras, durante os governos tucanos.
Exatamente o que, agora, Fernando Henrique confessa, em seus diários.
Assim escreveu FHC:
“Trata-se [a corrupção na Petrobras] de um processo sistemático que envolve os governos da presidente Dilma (que ademais foi presidente do Conselho de Administração da empresa e ministra de Minas e Energia) e do ex-presidente Lula. Foram eles ou seus representantes na Petrobras que nomearam os diretores da empresa ora acusados de, em conluio com empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do partido, de desviar recursos em benefício próprio ou para cofres partidários”.
Ou seja, escreveu isso mesmo sabendo que os esquemas tinham sido iniciados no governo dele. E, ainda assim, nada fez.
Foi um covarde.
E, agora, ao revelar-se como tal, tornou-se um hipócrita.
Por isso, algo me diz que esses diários irão, muito em breve, para o lixo da História.
Como, de resto, o próprio FHC.
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Eu não vou comprar essa bosta de houseorgan do psdb. Por isso pergunto: ele contou qto. pagou para se reeleger e de onde veio o dinheiro?
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