Por Altamiro Borges
Em meados de setembro, um caso gravíssimo de corrupção chocou os adoradores do capitalismo. A poderosa multinacional alemã Volkswagen confessou que fraudou o sistema de controle de emissões de poluentes de milhões de veículos. O escândalo virou manchete na mídia internacional. No Brasil, o caso também não teve como ser abafado. Mas o escarcéu durou pouco tempo e o assunto já virou notinha nos noticiários. A mídia comercial, que adora estigmatizar os serviços públicos como locus da corrupção, evita ao máximo falar da corrupção que campeia na iniciativa privada. Até porque ela depende de seus bilionários anúncios. Ou seja: não há independência na imprensa venal, corrompida!
Segundo a agência de notícias Reuters, a multinacional inclusive deve apresentar em breve um plano de recall de todos os seus veículos a diesel "numa tentativa de responder ao escândalo envolvendo a fraude dos testes de emissão de poluentes... A companhia está sob enorme pressão para enfrentar sua maior crise corporativa em 78 anos de história". Estima-se que apenas nos EUA a montadora sofrerá multa de US$ 18 bilhões e terá de desembolsar mais US$ 7 bilhões para cobrir os custos com o recall.
Em meados de setembro, um caso gravíssimo de corrupção chocou os adoradores do capitalismo. A poderosa multinacional alemã Volkswagen confessou que fraudou o sistema de controle de emissões de poluentes de milhões de veículos. O escândalo virou manchete na mídia internacional. No Brasil, o caso também não teve como ser abafado. Mas o escarcéu durou pouco tempo e o assunto já virou notinha nos noticiários. A mídia comercial, que adora estigmatizar os serviços públicos como locus da corrupção, evita ao máximo falar da corrupção que campeia na iniciativa privada. Até porque ela depende de seus bilionários anúncios. Ou seja: não há independência na imprensa venal, corrompida!
Conforme admitiu a própria montadora, que é dona de 12 marcas de veículos, cerca de 11 milhões de carros fabricados por suas filiais tiveram o software do controle de poluentes adulterado para reduzir os custos. A descoberta do esquema criminoso provocou fortes quedas nas ações da multinacional e resultou em vários processos judiciais. Ela também causou a demissão do presidente da companhia, Martin Winterkorn, que ainda poderá ser preso. Na semana retrasada, promotores alemães iniciaram uma investigação sobre fraude e todo o esforço é para limpar a imagem do corrupto setor privado.
Segundo a agência de notícias Reuters, a multinacional inclusive deve apresentar em breve um plano de recall de todos os seus veículos a diesel "numa tentativa de responder ao escândalo envolvendo a fraude dos testes de emissão de poluentes... A companhia está sob enorme pressão para enfrentar sua maior crise corporativa em 78 anos de história". Estima-se que apenas nos EUA a montadora sofrerá multa de US$ 18 bilhões e terá de desembolsar mais US$ 7 bilhões para cobrir os custos com o recall.
Ainda de acordo com a reportagem, dos 11 milhões de veículos equipados com o software malicioso, 5 milhões são da própria Volks e outros 2,1 milhões são da luxuosa marca Audi - objeto de desejo das elites no mundo inteiro. Será que algum "coxinha" brasileiro, tão indignado com a corrupção, fará protestos na sua requintada revendedora de automóvel? Até hoje os falsos moralistas não se indignaram com as denúncias de sonegação do HSBC ou da fraude fiscal da Operação Zelotes, que envolvem os ricaços - inclusive vários donos da mídia. Mas agora mexeram no seu carro, no bem mais precioso da civilização do automóvel. Algum "coxinha" vai acordar?
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E o caso da volkswagen é apenas a ponta do iceberg.
ResponderExcluirOs governos Sarney e FHC apesar de, não eram uma entidade privada. Mas até hoje a mídia venal acoberta como se fosse. Deve ser vazamento de intenções.
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