sábado, 12 de dezembro de 2015

Coxinhas votarão na "musa do impeachment"?

Por Altamiro Borges

A coluna de celebridades do site de fofocaS F5, da Folha, informou nesta sexta-feira (11) que Juliana Isen, "conhecida como 'musa do impeachment' após tirar a roupa em uma manifestação na Avenida Paulista, agora quer usar a sua popularidade para conseguir mais que uma capa de revista masculina. A empresária se prepara para lançar a sua candidatura a vereadora de São Paulo em 2016, pelo PHS. Ela ainda não fala sobre os projetos para o futuro mandato, mas cultiva um sonho: ser eleita com mais votos que Tiririca. 'Quero ter mais votos que o Tiririca. Vou ser uma vereadora séria, mas jamais deixarei de ser sexy', foi a declaração de Juliana ao F5'". Oportunista e modesta a moça!

A "empresária" Juliana Isen ganhou os holofotes da mídia na marcha golpista de março passado. Ao lado de torturadores, de defensores da volta dos militares ao poder, de fundamentalistas religiosos e de famílias aristocráticas de São Paulo, ela foi paparicada, posou para selfies e deu autógrafos. Logo na sequência, aproveitando-se da fama, ela foi capa da tradicionalíssima revista "Sexy" - a bíblia dos cruzados com Deus, pela Família e pela Propriedade. Em novembro passado, ela também foi a estrela num show numa boate no interior de Goiás, com direito a um sugestivo outdoor nas ruas da cidade.

Como "musa do impeachment", Juliana Isen deu entrevistas para jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê, demonstrando o seu vasto conhecimento da política nacional. Em todas as ocasiões, ela fez questão de atacar os governos Dilma e Lula, o PT e as forças de esquerda - para a alegria dos seus admiradores da mídia "privada", nos dois sentidos da palavra. Numa destas entrevistas, ao portal IG, a "empresária baiana de 36 anos" jurou que era "tímida" e que sua nudez na marcha foi espontânea:

"'Me deu aquela coisa… Vi os policiais, coloquei os adesivos [nos mamilos] e tirei [a blusa]. Quando olhei ao redor, vi um monte de fotógrafos, um monte de gente e pensei: ‘é agora que vou mandar meu recado’. Gritei que queria liberdade, um país melhor, fora PT, fora Dilma, fora Lula. Chega, já deu'. Ela garante que não premeditou a nudez em busca de fama. 'Fui movida pelo calor da emoção. Não achei que ia causar polêmica. Nem imaginei aquele monte de fotógrafos. Fui verdadeira, espontânea. E faria de novo', conta". De fato, nas marchas familiares de abril e agosto ela voltou a tirar a roupa.

Ainda segundo o perfil traçado pelo IG, "a empresária Juliana Isen, que é sócia do ex-marido em uma revenda de suplementos para atletas, virou neocelebridade e conquistou o posto de musa dos atos antigoverno... Eleitora do tucano Aécio Neves no primeiro e no segundo turno nas eleições do ano passado, ela se define como uma pessoa alinhada com os ideais pregados pela ala direita da política. Ainda que pontuado por uma confusão na hora de se explicar, o entendimento de Juliana sobre direita e esquerda derruba qualquer teoria política vigente. 'Ser direita é não gostar do PT, se enquadra assim?', pergunta com ar de dúvida durante a entrevista". 

O humorista Tiririca deve estar bastante preocupado com a candidatura da "musa do impeachment". Será que os "coxinhas" paulistas vão garantir o recorde de votos para Juliana Isen? A conferir!

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Um comentário:

  1. Lamentável em todos os sentidos. Em uma sociedade machista e com índices alarmantes de violência contra a mulher, valer-se da nudez (ainda que parcial) para projetar-se na "política" é, no mínimo, falta de bom senso. Agora a expressão "Ser de direita é não gostar do PT" é uma pérola que merece ser patenteada, não só nas "patentes" do Brasil, mas de em todas as "patentes" do mundo.

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