Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O Brasil tornou-se um país tão anormal que as conspirações nem sequer cuidam de andar pela sombra.
Hoje, na Folha, o título é escancarado: “Cunha e oposição estudam driblar decisão do STF sobre impeachment”.
A primeira burla já está definida:
“Uma primeira ação discutida entre a oposição e Cunha é aprovar um projeto de resolução, já apresentado pelo DEM, incluindo no regimento interno da Câmara a possibilidade de chapas avulsas para compor comissões. Um dos pontos barrados pelo STF foi justamente esse: o fato de a comissão do impeachment ser formada por uma chapa concorrente à indicada por líderes partidários.”
Calhorda e primário, porque só se o plenário do Supremo fosse composto apenas por Gilmar Mendes e Dias Tóffoli para aprovar-se uma barbaridade destas, feita em evidente fraude a uma decisão judicial.
Vão manipular-se os prazos, paralisar decisões, apostar no caos econômico, fazer todo o tipo de manobra protelatória, legítimas ou ilegítimas.
E, no rasgo de desfaçatez que une Cunha aos demistas e tucanos de bico de fora, o presidente da Câmara “tentará evitar colocar suas digitais nas articulações.”
Tudo, claro, devidamente permitido pelo fato de o Supremo ter, lenientemente, deixado para “depois do Carnaval” o já tardio pedido da Procuradoria Geral da República para que afastasse Cunha do cargo.
Até lá, todo poder aos conspiradores.
O Brasil tornou-se um país tão anormal que as conspirações nem sequer cuidam de andar pela sombra.
Hoje, na Folha, o título é escancarado: “Cunha e oposição estudam driblar decisão do STF sobre impeachment”.
A primeira burla já está definida:
“Uma primeira ação discutida entre a oposição e Cunha é aprovar um projeto de resolução, já apresentado pelo DEM, incluindo no regimento interno da Câmara a possibilidade de chapas avulsas para compor comissões. Um dos pontos barrados pelo STF foi justamente esse: o fato de a comissão do impeachment ser formada por uma chapa concorrente à indicada por líderes partidários.”
Calhorda e primário, porque só se o plenário do Supremo fosse composto apenas por Gilmar Mendes e Dias Tóffoli para aprovar-se uma barbaridade destas, feita em evidente fraude a uma decisão judicial.
Vão manipular-se os prazos, paralisar decisões, apostar no caos econômico, fazer todo o tipo de manobra protelatória, legítimas ou ilegítimas.
E, no rasgo de desfaçatez que une Cunha aos demistas e tucanos de bico de fora, o presidente da Câmara “tentará evitar colocar suas digitais nas articulações.”
Tudo, claro, devidamente permitido pelo fato de o Supremo ter, lenientemente, deixado para “depois do Carnaval” o já tardio pedido da Procuradoria Geral da República para que afastasse Cunha do cargo.
Até lá, todo poder aos conspiradores.
Quousque tandem abutere oposição patientia nostra
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