Por Renato Rovai, em seu blog:
É nas dificuldades que se conhece as pessoas ou é nas dificuldades que que surgem as oportunidades. Esses são dois ditados populares bastante usados em momentos duros.
Há gente que chama isso de sabedoria popular. Outros entendem essas frases mais na linha da auto-ajuda ou do senso comum.
Seja como for, ambas valem para Dilma e para o seu governo.
Chegou o momento em que a presidenta vai poder saber quem de fato está com ela ou está no golpe.
E ao mesmo tempo surge uma oportunidade de ouro para que se saia da encalacrada em que Dilma se meteu quando rompeu com o seu programa de campanha que a levou à reeleição.
Os próximos dias não serão fáceis nem para o país e muito menos para o governo. Mas serão muito mais interessantes dos que se desenhavam se porventura o PT fechasse um acordo com Cunha para livrá-lo da investigação.
Aquilo era apenas uma negociação espúria.
Agora há um jogo a ser jogado.
E neste sentido, o presidente do PT, Rui Falcão, merece elogios por ter tido o tempo todo uma postura mais próxima da base do partido do que de alguns luas brancas que se acham gênios por operar essa política canhestra e pequena dos bastidores de Brasília.
E para vencer este jogo, Dilma terá de pensar grande.
E ver com que aliados conta e como pode construir um cenário diferente para os três anos que lhe restarão caso supere esta grande dificuldade.
É neste momento que há uma possibilidade de virada.
Em 2005, no mensalão, Lula rearticulou sua base política e social e foi à luta. E terminou seu segundo mandato com 87% de aprovação.
Mesmo tendo condições objetivas mais complicadas, Dilma ganhou essa oportunidade no momento em que Cunha assinou o aceite do impeachment.
A frase do ministro Jacques Wagner ilustra bem o que pode vir pela frente: “agora é ele contra ela”.
E esta é a melhor disputa que Dilma poderia esperar.
Ela tem um patrimônio pessoal muito maior do que o de Cunha. Entre outras coisas por nunca ter sido acusada de envolvimento em nenhum ilícito, mas também porque foi votada por mais de 54 milhões de brasileiros.
Já Cunha é apenas uma aberração do sistema político nacional. Aquele tipo de político que age nas sombras e vive do que há de podre na política. É um tipo de urubu que prolifera em Brasília, mas que em geral não costuma estar no centro do poder.
Se Dilma quiser derrotá-lo não só por derrotá-lo, tem que usar esse recorte como definidor do jogo.
Terá que buscar aliados que se pareçam mais com ela do que com ele. Não só para derrotá-lo, mas para governar com ela. Essa é a chave da disputa e da reinvenção necessária deste mandato.
Há políticos conservadores decentes, há empresários decentes, há muitíssimos líderes sindicais e populares decentes, há aos montes prefeitos corretos. Ou seja, é hora de chamar essa gente e dizer: eu não faço mais aliança com gente espúria. Quero a turma do Cunha do lado de lá. E quero terminar esse governo com quem respeita a coisa pública.
Pode parecer ingênuo, pode parecer difícil, mas seria o que melhor Dilma poderia entregar ao Brasil ao final do seu mandato.
Ao mesmo tempo, teria que sinalizar um governo, mesmo na crise, de caráter popular. E pra isso é preciso dizer de forma clara que ao finalizar essa etapa do ajuste o governo vai mudar sua rota, invertendo o sinal da política econômica.
Se Dilma fizer isso, terminará esse mandato com uma aprovação talvez apenas regular. Mas não desmoralizada. E melhor que isso, permitirá que o campo progressista continue se articulando nas ruas para disputar os rumos do país.
Sem isso, com impeachment ou sem ele, a desmoralização será o nome do final desta saga. E Dilma não poderá sair na rua nem para passear com o seu labrador depois que deixar o Palácio do Planalto.
Dimaa ganhou uma chance. E seria muito bom para o país se não a desperdiçasse.
Há gente que chama isso de sabedoria popular. Outros entendem essas frases mais na linha da auto-ajuda ou do senso comum.
Seja como for, ambas valem para Dilma e para o seu governo.
Chegou o momento em que a presidenta vai poder saber quem de fato está com ela ou está no golpe.
E ao mesmo tempo surge uma oportunidade de ouro para que se saia da encalacrada em que Dilma se meteu quando rompeu com o seu programa de campanha que a levou à reeleição.
Os próximos dias não serão fáceis nem para o país e muito menos para o governo. Mas serão muito mais interessantes dos que se desenhavam se porventura o PT fechasse um acordo com Cunha para livrá-lo da investigação.
Aquilo era apenas uma negociação espúria.
Agora há um jogo a ser jogado.
E neste sentido, o presidente do PT, Rui Falcão, merece elogios por ter tido o tempo todo uma postura mais próxima da base do partido do que de alguns luas brancas que se acham gênios por operar essa política canhestra e pequena dos bastidores de Brasília.
E para vencer este jogo, Dilma terá de pensar grande.
E ver com que aliados conta e como pode construir um cenário diferente para os três anos que lhe restarão caso supere esta grande dificuldade.
É neste momento que há uma possibilidade de virada.
Em 2005, no mensalão, Lula rearticulou sua base política e social e foi à luta. E terminou seu segundo mandato com 87% de aprovação.
Mesmo tendo condições objetivas mais complicadas, Dilma ganhou essa oportunidade no momento em que Cunha assinou o aceite do impeachment.
A frase do ministro Jacques Wagner ilustra bem o que pode vir pela frente: “agora é ele contra ela”.
E esta é a melhor disputa que Dilma poderia esperar.
Ela tem um patrimônio pessoal muito maior do que o de Cunha. Entre outras coisas por nunca ter sido acusada de envolvimento em nenhum ilícito, mas também porque foi votada por mais de 54 milhões de brasileiros.
Já Cunha é apenas uma aberração do sistema político nacional. Aquele tipo de político que age nas sombras e vive do que há de podre na política. É um tipo de urubu que prolifera em Brasília, mas que em geral não costuma estar no centro do poder.
Se Dilma quiser derrotá-lo não só por derrotá-lo, tem que usar esse recorte como definidor do jogo.
Terá que buscar aliados que se pareçam mais com ela do que com ele. Não só para derrotá-lo, mas para governar com ela. Essa é a chave da disputa e da reinvenção necessária deste mandato.
Há políticos conservadores decentes, há empresários decentes, há muitíssimos líderes sindicais e populares decentes, há aos montes prefeitos corretos. Ou seja, é hora de chamar essa gente e dizer: eu não faço mais aliança com gente espúria. Quero a turma do Cunha do lado de lá. E quero terminar esse governo com quem respeita a coisa pública.
Pode parecer ingênuo, pode parecer difícil, mas seria o que melhor Dilma poderia entregar ao Brasil ao final do seu mandato.
Ao mesmo tempo, teria que sinalizar um governo, mesmo na crise, de caráter popular. E pra isso é preciso dizer de forma clara que ao finalizar essa etapa do ajuste o governo vai mudar sua rota, invertendo o sinal da política econômica.
Se Dilma fizer isso, terminará esse mandato com uma aprovação talvez apenas regular. Mas não desmoralizada. E melhor que isso, permitirá que o campo progressista continue se articulando nas ruas para disputar os rumos do país.
Sem isso, com impeachment ou sem ele, a desmoralização será o nome do final desta saga. E Dilma não poderá sair na rua nem para passear com o seu labrador depois que deixar o Palácio do Planalto.
Dimaa ganhou uma chance. E seria muito bom para o país se não a desperdiçasse.
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