Por Altamiro Borges
Com o processo de judicialização da política no país, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão na mira – não apenas dos holofotes midiáticos, mas também dos grupelhos golpistas em sua cruzada para derrubar a presidenta Dilma. Segundo relata Nonato Viegas, em postagem no site da revista Época nesta terça-feira (15), “não foi apenas Eduardo Cunha e seus aliados que tiveram de acordar por volta das 6h da manhã. Ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin também. A diferença é que, em vez da Polícia Federal, foram manifestantes de três movimentos pró-impeachment os responsáveis por acordá-lo. Eles fizeram um apitaço na porta do prédio onde mora Fachin, na Asa Sul”.
Pelo jeito, a provocação fascista deu resultados. Na semana passada, o ministro havia suspendido a instalação da comissão do impeachment imposta pelo lobista Eduardo Cunha, ainda presidente da Câmara Federal. Já na tarde desta terça-feira (16), após a madrugada barulhenta, Edson Fachin recou na sua posição e manteve o voto secreto na composição da comissão. “Em seu voto, ele entendeu também que a presidenta não tem direito à defesa prévia antes da decisão individual do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deflagrou o impeachment, e que o Senado não pode arquivar o processo se a Câmara decidir pela abertura”, relata o Jornal do Brasil. A mudança de posição deve ter alegrado os grupos fascistas que promoveram o tal apitaço na madrugada.
Ela também foi bastante festejada pelo Blog do Fucs, hospedado no site da revista Época, da famiglia Marinho: “Com seu voto hoje no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Edson Fachin, que assumiu seu posto sob fortes suspeitas da oposição, por ter feito campanha para Dilma e apoiado o PT nas eleições de 2014, conseguiu expurgar os seus pecados políticos – ou, ao menos, boa parte deles. Contra as previsões dos mais céticos, ele derrubou, um a um, os pontos levantados pelo PCdoB no recurso apresentado ao STF para contestar a aceitação do processo de impeachment da presidente Dilma pela Câmara dos Deputados e a vitória da chapa da oposição que deverá compor a Comissão Especial que analisará a questão... Para quem assumiu seu posto no STF sob a desconfiança da oposição, Fachin ganhou pontos preciosos e teve uma atuação irrepreensível do ponto de vista jurídico”.
A tática dos golpistas
A tática dos grupos fascistas de acuar os membros do Poder Judiciário já é aplicada há algum tempo. Em meados de setembro, um casal de provocadores entrou no plenário do TSE e deixou flores e um bilhete para a ministra Luciana Lóssio, pressionando-a para que devolvesse o processo de cassação da chapa de Dilma e Michel Temer, do qual pediu vista. Eles passaram despercebidos pela segurança da corte. Pouco depois, o Movimento Brasil Livre (MBL), uma das seitas golpistas mais ativas, postou a foto das flores em seu Facebook. Nos comentários, a ministra foi xingada e ameaçada e o grupo ainda recomendou que seus seguidores a abordassem na rua. Assustada, Luciana Lóssio pediu providência ao presidente do TSE, ministro Dias Toffoli. “Não é admissível um juiz sofrer este tipo de constrangimento”, afirmou a ministra. Foi aberta uma sindicância interna para investigar o caso. Nada, porém, foi feito até hoje.
Já em outubro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski – um dos principais alvos dos fascistas mirins –, passou por constrangimentos ao visitar o Tribunal de Justiça de Alagoas, onde recebeu uma comenda. Cerca de 20 pessoas, pertencentes ao chamado Movimento Brasil – o mesmo que criou o boneco “Pixuleco” –, ocuparam o plenário. Os provocadores estavam vestidos com camisetas estampadas com a imagem do juiz Sergio Moro e carregavam miniaturas do “Pixuleco”. De forma raivosa, eles protestaram contra a decisão do STF de fatiar a Operação Lava-Jato. Com o recuo inexplicável do ministro Luiz Fachin, após uma noite mal dormida, este tipo de provocação deve se radicalizar ainda mais. Será que os ministros do STF têm sangue de barata?
Com o processo de judicialização da política no país, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão na mira – não apenas dos holofotes midiáticos, mas também dos grupelhos golpistas em sua cruzada para derrubar a presidenta Dilma. Segundo relata Nonato Viegas, em postagem no site da revista Época nesta terça-feira (15), “não foi apenas Eduardo Cunha e seus aliados que tiveram de acordar por volta das 6h da manhã. Ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin também. A diferença é que, em vez da Polícia Federal, foram manifestantes de três movimentos pró-impeachment os responsáveis por acordá-lo. Eles fizeram um apitaço na porta do prédio onde mora Fachin, na Asa Sul”.
Pelo jeito, a provocação fascista deu resultados. Na semana passada, o ministro havia suspendido a instalação da comissão do impeachment imposta pelo lobista Eduardo Cunha, ainda presidente da Câmara Federal. Já na tarde desta terça-feira (16), após a madrugada barulhenta, Edson Fachin recou na sua posição e manteve o voto secreto na composição da comissão. “Em seu voto, ele entendeu também que a presidenta não tem direito à defesa prévia antes da decisão individual do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deflagrou o impeachment, e que o Senado não pode arquivar o processo se a Câmara decidir pela abertura”, relata o Jornal do Brasil. A mudança de posição deve ter alegrado os grupos fascistas que promoveram o tal apitaço na madrugada.
Ela também foi bastante festejada pelo Blog do Fucs, hospedado no site da revista Época, da famiglia Marinho: “Com seu voto hoje no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Edson Fachin, que assumiu seu posto sob fortes suspeitas da oposição, por ter feito campanha para Dilma e apoiado o PT nas eleições de 2014, conseguiu expurgar os seus pecados políticos – ou, ao menos, boa parte deles. Contra as previsões dos mais céticos, ele derrubou, um a um, os pontos levantados pelo PCdoB no recurso apresentado ao STF para contestar a aceitação do processo de impeachment da presidente Dilma pela Câmara dos Deputados e a vitória da chapa da oposição que deverá compor a Comissão Especial que analisará a questão... Para quem assumiu seu posto no STF sob a desconfiança da oposição, Fachin ganhou pontos preciosos e teve uma atuação irrepreensível do ponto de vista jurídico”.
A tática dos golpistas
A tática dos grupos fascistas de acuar os membros do Poder Judiciário já é aplicada há algum tempo. Em meados de setembro, um casal de provocadores entrou no plenário do TSE e deixou flores e um bilhete para a ministra Luciana Lóssio, pressionando-a para que devolvesse o processo de cassação da chapa de Dilma e Michel Temer, do qual pediu vista. Eles passaram despercebidos pela segurança da corte. Pouco depois, o Movimento Brasil Livre (MBL), uma das seitas golpistas mais ativas, postou a foto das flores em seu Facebook. Nos comentários, a ministra foi xingada e ameaçada e o grupo ainda recomendou que seus seguidores a abordassem na rua. Assustada, Luciana Lóssio pediu providência ao presidente do TSE, ministro Dias Toffoli. “Não é admissível um juiz sofrer este tipo de constrangimento”, afirmou a ministra. Foi aberta uma sindicância interna para investigar o caso. Nada, porém, foi feito até hoje.
Já em outubro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski – um dos principais alvos dos fascistas mirins –, passou por constrangimentos ao visitar o Tribunal de Justiça de Alagoas, onde recebeu uma comenda. Cerca de 20 pessoas, pertencentes ao chamado Movimento Brasil – o mesmo que criou o boneco “Pixuleco” –, ocuparam o plenário. Os provocadores estavam vestidos com camisetas estampadas com a imagem do juiz Sergio Moro e carregavam miniaturas do “Pixuleco”. De forma raivosa, eles protestaram contra a decisão do STF de fatiar a Operação Lava-Jato. Com o recuo inexplicável do ministro Luiz Fachin, após uma noite mal dormida, este tipo de provocação deve se radicalizar ainda mais. Será que os ministros do STF têm sangue de barata?
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O pior de tudo foi verificar que esse senhor, senhos Fachin, se deixou intimidar. Que pena...parece que é o barbosa da Presidenta!
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