quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Atentado fortalece o fascismo europeu

Por Altamiro Borges

O atentado terrorista à sede da revista Charlie Hebdo, na manhã desta quarta-feira (7), em Paris, gera ainda maiores temores sobre o futuro do velho continente. A onda fascista que contagiou a Europa nos últimos anos, em decorrência da grave crise econômica, tende a ganhar maior impulso – com o fortalecimento de organizações racistas e xenófobas, o crescimento de grupos paramilitares e as vitórias eleitorais dos partidos da direita. Ainda sem a confirmação da autoria dos responsáveis pelo crime, a acusação já recai sobre os grupos fundamentalistas islâmicos. A perseguição à comunidade mulçumana, numa região já contaminada pelo ódio e o preconceito, deve crescer. O fascismo ronda a Europa.

A agonia da Editora Abril

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A retirada do busto de Victor Civita do saguão da sede da editora Abril neste começo de janeiro é um capítulo dramático do declínio acelerado daquela que foi uma das maiores empresas de jornalismo.

A Abril está morrendo.

Victor Civita foi abatido porque a Abril já não tinha mais como bancar o aluguel do megalomaníaco prédio da Marginal de Pinheiros.

A concentração da mídia e a democracia

Por Josué Franco Lopes, no site do FNDC:

A predominância do sistema privado comercial na comunicação eletrônica brasileira, fortalecido pelo sistema de concessão sem regulação e concentrado na mão de uma meia dúzia de famílias, privatiza o direito de liberdade de expressão, tornando homogênico o processo de formação da opinião subordinado a um projeto liberal conservador.

Um ataque à imprensa e aos muçulmanos

Foto: Joel Saget/AFP
Por Gilberto Maringoni, no Blog da Boitempo:

O terrível, injustificável e indefensável atentado contra a redação do Charlie Hebdo não pode ser visto apenas como a ação de muçulmanos alucinados que, contrariados com alguns cartuns, resolveram mostrar suas insatisfações através de rajadas de AKs-47.

A teia de processos e acontecimentos que desembocou no sangrento episódio possui profundas raízes na cena política francesa.

O dia em que a vaca tossiu

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Ao trabalho, amigos e amigas.

Estou levando à sério minha ideia de iniciar um processo de afastamento definitivo da nossa mídia como fonte de informação.

Vamos discutir assuntos a partir de fontes primárias.

Eliminando os “atravessadores”, reduziremos de maneira extraordinária o custo da nossa informação.

Qual é, afinal, a agenda da oposição?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Por absoluta falta de assunto, a imprensa e as oposições em geral poderiam dar férias coletivas aos seus colaboradores. Cada vez que termino de ler o tedioso noticiário do dia, lembro-me da célebre frase do filósofo Ronald Golias, um gênio que faz muita falta nos dias atuais: "A humanidade não está se comportando bem..."

Dilma e o jornalismo Cafuringa

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Desde que foram anunciados os nomes dos novos ministros da área econômica, os principais jornais do país se esforçam para decifrar o que pode mudar no segundo mandato de Dilma Rousseff. Mas, se o leitor atento e crítico revisitar as primeiras páginas publicadas desde a última semana de dezembro, vai encontrar uma grande fartura de contradições, como resultado de apostas e conjecturas fabricadas nas redações.

O fim da televisão como a conhecemos

Por Ignacio Ramonet, no site Carta Maior:

A televisão continua mudando rapidamente. Essencialmente, pelas novas práticas de acesso aos conteúdos audiovisuais que observamos sobretudo entre as gerações jovens. Todos os estudos realizados sobre as novas práticas de uso da televisão nos EUA e na Europa indicam uma mudança acelerada. Os jovens telespectadores passam do consumo “linear” da TV para um consumo de programas gravados e “à la carte” em uma “segunda tela” (computador, tablet, smartphone). De receptores passivos, os cidadãos estão passando a ser, mediante o uso massivo das redes sociais, “produtores-difusores”, ou produtores-consumidores (prosumers).

A vocação de mosca de O Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O mundo vive a maior tensão econômica desde 2008, com a queda de braço entre os produtores de petróleo convencional e o “fracking” do xisto que ameaça romper o equilíbrio energético do planeta.

O que está acontecendo com esta indústria, que só não quebrou porque seus contratos de hedge aliviam sua situação por algum tempo, tem as proporções de hecatombe, não só na economia mas no meio ambiente, porque torna inviável financeiramente a produção de energia limpa, que é cara.

Lava-Jato banhou Eduardo Cunha?

Por Altamiro Borges

A Folha publicou nesta quarta-feira (7) uma matéria que deve acirrar ainda mais a inflamável disputa pela presidência da Câmara Federal. Segundo o jornalão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de investigação contra o deputado Eduardo Cunha por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Em seu twitter, o líder do PMDB – que na semana passada bombardeou a proposta de regulação da mídia apresentada pelo novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini – desmentiu a acusação e atacou o jornal. "Fazer manchete baseado numa citação de que ouvi dizer, sem prova, é um verdadeiro absurdo".

A greve contra a chantagem da Volks

Assembleia na Volks. Foto: Paulo de Souza / SMABC
Por Altamiro Borges

Em assembleia realizada nesta terça-feira (6), os metalúrgicos da Volkswagen de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado contra as 800 demissões impostas pela empresa – que usou o período das férias coletivas do final do ano para comunicar o covarde facão. Após auferir lucros recordes com a expansão do mercado automobilístico no Brasil – inclusive com a inestimável ajuda do Palácio do Planalto, que isentou de impostos as montadoras de veículos – a multinacional alemã investe contra os trabalhadores com o nítido propósito de chantagear o governo para obter novas vantagens econômicas.